Na primeira parte da entrevista concedida pelo vice de Marketing do Flamengo ao site Magia Rubro-Negra, BAP fez questão de exaltar as conquistas da atual diretoria, tal como os sucessos com o Programa de Sócio-torcedores e a arrecadação com bilheterias, chegando a comparar o seu primeiro ano de gestão com os três de Patrícia Amorim no cargo.
– No começo do ano a gente não tinha um programa de sócio-torcedor, e hoje nós temos o terceiro do Brasil em número de sócios e o maior em arrecadação. O Flamengo da Patrícia Amorim arrecadou R$ 50 milhões em bilheterias durante seus três anos e ficou com R$ 20 de renda líquida. O Flamengo da gente arrecadou R$ 50 milhões em um ano e ficou com R$ 21 de renda líquida. Então, nós fizemos em um ano o que ela fez em três. E nós ainda teremos expansões de lojas com produtos do Flamengo, teremos um ano inteiro pra vender carnê com ingressos no Maracanã.
Luiz Eduardo Baptista aproveitou a oportunidade para responder indiretamente as acusações sofridas pelo alto valor no ingresso para a final da Copa do Brasil. Segundo ele, apareceram diversos jornalistas para comentar o caso com opiniões banalizadas, mas fazendo questão de destacar a capacidade de cada um dos membros da diretoria.
– O que eu acho graça é que uma porção de gente na vida não ganha dinheiro marcando preço, mas tem opiniões profundas sobre isso. Quando você está com problemas de saúde você vai ao médico ou ao advogado? E quando você quer discutir um aspecto legal você vai ao médico ou ao advogado? O que eu acho é o seguinte: está cheio de jornalistas que não são médicos e nem advogado, mas cheio de opiniões sobre causas trabalhistas, sobre saúde, sobre a operação que você tem que fazer… No futebol, todo mundo tem uma opinião banalizada. Hoje no Flamengo não tem nenhum brincalhão, alguém fazendo o que não sabe fazer. O Tostes cuida de finanças por que será? Ele trabalha com isso há 20 anos. Por quê eu cuido do Marketing? Porque eu faço isso há 30 anos. Então, não é a toa que as pessoas fazem o que fazem. Agora, eu não dou palpite na área do Tostes. Eu não dou palpite para Pedro na área de TI… Mas todo mundo dá e todo mundo acha que pode dar palpites.
Ele ainda revelou trabalhar de graça para o Flamengo já que considera o Clube a segunda maior paixão, e explicou as falhas ocorridas na venda de ingressos, que para ele, é algo normal no futebol brasileiro e que infelizmente ainda não existe solução.
– Eu trabalho de graça para o Flamengo, eu não ganho nada do Flamengo, mas vou fazer o meu melhor para o Flamengo. E fazendo o que eu faço pro Flamengo eu já sou um cara de sucesso, reconhecido. Num dia normal de jogo você vende mil ingressos por dia, numa final você vende vinte mil, e todo mundo acha um absurdo dar problema. Vocês acham que existe uma máquina pronta no futebol brasileiro pra vender vinte mil ingressos pra alguém em um dia? Mas todo mundo acha que no outro dia quando for comprar terá que funcionar perfeitamente e que não irá dar problemas. Eu também gostaria que funcionasse perfeitamente, mas infelizmente não é como as pessoas acham que seriam. Vem fazer meu irmão, falar é mais fácil.
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Matéria redigida por Eduardo El Khouri.