Os clubes de futebol, desde sua existência, vivem em busca do melhor elenco, formação e entrosamento. E a profissão, diferente de muitas outras do mercado, não possui um valor de salário fixado, sendo este composto por uma série de fatores que resultam no montante final.
Dentro de campo são usados alguns critérios: idade, gols, desempenho, técnica, condicionamento fisico e histórico de contusões. Além disso, em alguns casos, avalia-se tambem liderança, temperamento e comportamento com os demais da equipe. Sem contar que, para ter valor, um atleta deve gerar dinheiro fora das quatro linhas.
Na hora de contratar, os clubes também colocam na balança o retorno que este jogador pode trazer com sua imagem. Quanto mais aceito pela torcida e cobiçado por patrocinadores pessoais, mais valor agrega ao salário a ser definido. No decorrer de sua vida profissional, as conquistas são utilizadas como parâmetro na definição do salário e multa rescisória. Toda contratação, por mais analisada, debatida e indicada, sempre terá o percentual de risco.
Como em todo investimento, há um planejamento para que se tenha lucro a fim de compensar a aposta feita. Não é a primeira vez que um clube se depara com um jogador no qual a performance não atende às expectativas, principalmente da torcida. A grande questão é: o que fazer diante do alto investimento? O Rubro-Negro segue driblando a situação do jogador Carlos Eduardo, e continua a acreditar na capacidade desse jogador. No entanto, sem colocar em risco resultados finais.
Hoje o clube possui plantel que permite não apenas insistir na escalação do meia como titular. Agora pode também substituí-lo quando necessário. É o que pode ser feito diante do investimento realizado, do risco assumido e vigência do contrato. Neste momento a responsabilidade de manter-se valorizado cabe apenas ao jogador, que tem 5 meses pela frente para mostrar, finalmente, a experiência que acumulou ao longo de sua trajetória.
Casos como este são recorrentes. Um exemplo recente foi o valioso R10, que a peso de ouro foi um investimento desastroso, e logo em seguida, uma aposta bem mais suave e rentável para o galo mineiro. Faz parte do risco, do investimento e da aposta. É necessário seguir esta linha em definir tetos salariais, e não realizar engenharias impossíveis na hora de trazer um jogador para o clube. Aqueles que não obtiverem o rendimento desejado, que tenham um outro destino ao término de seus contratos.
O Mais Querido vem dando excelentes exemplos de modelo de contratação, com um time que tem performado de forma compensadora. Parece ser este o caminho.
Fonte: Falando de Flamengo