Sentado no banco de reservas, Carlos Eduardo acompanhou de longe a derrota do Flamengo na estreia da Copa Libertadores na última quarta, no México. A cena no estádio Nou Camp, em León, reforçou que o ano que deveria ser de esperança não deverá passar de uma repetição de 2013. Longe da melhor forma e sem a confiança de comissão técnica e torcida mais uma vez, o meia contratado com status de craque e camisa 10 novamente não será aproveitado como planejado inicialmente.
E o quadro desanimador já contagia a diretoria, que “escutou” a mobilização dos torcedores de fazer uma contagem regressiva pela saída do atleta. Enquanto a turma da arquibancada faz graça na internet, criando um site que informa quanto tempo falta para o fim do contrato do meia, a cúpula rubro-negra já calcula o prejuízo e conta os dias para se desfazer de Carlos Eduardo.
A decisão já está sacramentada: com um gasto total de aproximadamente R$ 9,3 milhões com o meia em salários até o final do contrato e sem o retorno em campo esperado, o Flamengo irá devolver o jogador ao Rubin Kazan, da Rússia, que detém os direitos econômicos do atleta.
Diante de inúmeras críticas e sem qualquer moral com diretoria, torcida e comissão técnica, Carlos Eduardo não se preocupa. E diz ter se empenhado para fazer o melhor.
“Eu fico tranquilo, sei que tentei fazer o que poderia. Criticam muito, mas precisam lembrar que eu fui campeão da Copa do Brasil jogando, ajudando o time”, se defendeu o meia, que já admite o pensamento de voltar ao futebol russo.
“Penso nisso [em ficar], mas se tiver que sair, vou ficar tranquilo. Sempre me entreguei e trabalhei aqui. Tenho mais quatro anos de contrato na Rússia e vou cumprir, caso não continue no Flamengo”.
A ideia do Flamengo é liberar espaço em sua folha salarial para conseguir um reforço de peso na janela de meio do ano. Após contratações tímidas e realizadas com a parceria de empresários, o Rubro-negro pretende contratar pelo menos dois grandes nomes para o segundo semestre de 2014.
Em 2013, Carlos Eduardo foi o principal nome na janela de início de ano. No entanto, a demora na recuperação de duas cirurgias no joelho, a forma física longe do ideal e a falta de confiança em campo fizeram com que o jogador nunca rendesse o esperado.
Em pouco mais de um ano no clube, o meia disputou 46 jogos (36 como titular) e marcou apenas um gol. E com Carlos Eduardo perdendo cada vez mais espaço para os Lucas Mugni, Everton e Elano, tal número não deverá aumentar tanto até o final do contrato.
Fonte: UOL