O Flamengo está livre, leve e solto.

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Futebol, a gente sabe, muda a cada minuto e boas previsões podem cair por terra. Mas o Flamengo deste início de ano promete muito à torcida. Não por simples resultados contra os pequenos do Rio, mas pelo novo ambiente que vive o futebol na Gávea. Jayme de Almeida, pelo menos por um bom tempo, ficará à vontade para impor o seu estilo simples e eficiente, um tipo de liderança que os jogadores adoram e basta ver a entrevista de Negueba após a partida com o Macaé para se perceber isso.
O elenco teve perda séria, a de Elias, mas ficou com o sistema defensivo reforçado, a contratação de Elano tem tudo para dar certo e Hernane promete continuar fazendo gols. Léo Moura pode ser um ótimo exemplo desse Flamengo alegre e forte. Voltou das férias e em poucos dias estava jogando como se estivesse no meio da temporada. A Libertadores vai dar uma visão mais clara desse Flamengo que renasceu com Jayme, mas a tendência é toda positiva. E, nos bastidores, a política se acalmou e há até boas possibilidades de trazer mais reforços.
Comando fraco
O Botafogo já não tem bom elenco e tudo é agravado por certa arrogância do comando do seu futebol, que se fecha em soluções equivocadas e se encaminha para um buraco sem dar o braço a torcer. A política de escalar reservas no Estadual tem sido um fiasco e o time perdeu três jogos em uma semana! Em 2013, foram necessários seis meses para isso. Hungaro anda perdido, lança garotos no fogo e o time é lento e pesado. Há um rastilho queimando perto do barril de pólvora.
Até quando?
O presidente do Corinthians, Mario Gobbi, deu entrevista dizendo que o clube é instituição esportiva e não agente de repressão, comprometendo-se a não travar mais diálogo com organizadas. Será? Até hoje só se ouviram promessas em todos os clubes, jamais cumpridas por medo, covardia, necessidade política ou o que seja. Enquanto houver relação espúria entre torcedores profissionais e cartolas, o futebol brasileiro, fora de campo, continuará a ser de quarto mundo.
O redentor
O episódio do goleiro nesta fase vascaína é curiosa e pode até entrar na história.Após um ano de sofrimento em que todos concordavam, de forma cruel, mas real, de que os três goleiros do clube não formavam um, eis que a contratação de Martín Silva trouxe alívio só pelo fato de ser estrangeiro e com algum currículo. Em poucos jogos, não levou um gol e, mesmo sem grandes defesas, tem mostrado segurança e passado tranquilidade. Pode ser o marco nessa recuperação do Vasco.
Total razão
Renato Gaúcho pôs a boca no trombone com toda a razão. Falou da desorganização do Estadual, do calendário, dos estádios sem condições, dos gramados ruins, dos horários inadequados ao calor e disse que o torcedor não podia cobrar muito a essa altura da guerra. Quando se vê o bom time do Fluminense se arrastando naquele gramado de Moça Bonita, pode até dar pena dos profissionais, mas também raiva de dirigentes irresponsáveis que tratam o futebol de forma amadora.
Super Bowl é exemplo de organização esportiva
As finais do futebol americano deviam corar de vergonha os cartolas brasileiros. Não tem mau tempo, nevasca ou milhares de carros juntos que impeçam a fluidez perfeita do público, o show que cerca os jogos e a magnífica junção da publicidade e da TV com mensagens inéditas que valorizam o evento. Não podemos chegar a tanto, mas aturar o Rubinho por aqui também já é demais…
Fonte: Blog do Márcio Guedes
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