Se dentro de campo a participação na Libertadores foi a pior da história – com três eliminados na fase de grupos – ao menos nas arquibancadas os brasileiros deram show. Com média geral de 28.616 pagantes e R$ 1,3 milhão arrecadados por jogo, nenhum clube ficou abaixo dos 50% no índice de ocupação dos estádios*.
*Considerando o Maracanã um caso à parte, onde os não-pagantes muitas vezes beiram 20% do público total.
Clube por clube, as médias de público, renda e ticket médio foram as seguintes:
Público pagante
Embora a torcida do Flamengo esteja habituada a liderar estatísticas de público, a verdade é que na Libertadores não costumava ser assim. Análise do Blog Teoria dos Jogos referente à edição 2012, revelou um Flamengo apenas em quarto lugar, atrás de Corinthians, Internacional e até do Fluminense. Em 2014, finalmente a torcida rubro-negra abriu os olhos para a dimensão do torneio continental, comparecendo em número médio de 41.922. Infelizmente, o desempenho da equipe desonrou a força da torcida nas arquibancadas.
Cruzeiro (35.947), Grêmio (34.505) e Botafogo (33.529) denotam equilíbrio na luta pela liderança que mineiros e gaúchos ainda podem atingir. Embora os números tenham caído ao longo da competição, fica impossível não fazer uma menção honrosa à torcida do Alvinegro. Flamengo, Cruzeiro e Grêmio possuem em torno de 50% da torcida em suas cidades-sede (ou mais do que isso). O Botafogo – que fez frente a eles – é o único a possuir menos de 20%.
Completam a lista os dois Atléticos – Mineiro e Paranaense – limitados pela baixa capacidade de seus estádios. No entanto, apenas o Furacão utilizou um tão pouco lucrativo por completa (e temporária) falta de opção. Maior público da 1ª fase: Flamengo 2 x 3 León (53.230 pagantes). Menor público: Atlético-PR 3 x 0 Universitário (8.991 pagantes).
Renda
Embora o Rubro-Negro já detivesse a melhor renda média entre os brasileiros, os R$ 3 milhões arrecadados na última partida encheram os cofres da Gávea e mostraram o tamanho do prejuízo pela eliminação. Neste quesito, inclusive, o Rio fez bonito. O Botafogo foi o segundo, com arrecadação média superior aos R$ 1,7 milhão – quase nada acima do Grêmio. Cruzeiro (R$ 1,3 milhão) e Atlético-MG (R$ 836 mil) vem a seguir.
A falta de lucratividade da Vila Capanema – citada no tópico anterior – se reflete nos R$ 197 mil arrecadados pelo Furacão por jogo. Trata-se de um faturamento onze vezes inferior ao do líder da estatística. A menor renda entre os brasileiros foi lá: R$ 158.064,78, em Atlético 1 x 3 Vélez Sarsfield.
Ticket Médio
O equilíbrio persiste: Flamengo (R$ 54), Atlético-MG (R$ 53), Botafogo (R$ 52) e Grêmio (R$ 49) formam uma escadinha no ranking de ticket médios da Libertadores. Os números do Galo evidenciam a escassez de assentos do Independência – dando indícios de que se deva majorar ainda mais os preços. Cruzeiro (R$ 36) e Atlético-PR (R$ 19) completam a lista. Maior ticket da primeira fase: Fla 2 x 3 León (R$ 58,07). Menor ticket: Atlético-PR 1 x 3 Vélez (R$ 13,64).
Fonte: Teoria dos Jogos