O Flamengo tentará o bloqueio judicial das próximas vendas de jogadores do Grêmio, além da receita gerada pelo Quadro Social. Tudo para se ressarcir na negociação que envolveu o ex-jogador Rodrigo Mendes, em 2003.
Conforme Bernardo Aciolly, diretor jurídico do Flamengo, a penhora já foi autorizada pelo Tribunal de Justiça do Rio e poderá ser feita mesmo sem a ação ter transitado em julgado.
– Com base na decisão da vara de origem, vamos buscar qualquer tipo de construção de receita. A ordem já foi dada – informa o advogado.
O diretor jurídico do Grêmio, Thiago Brunetto, esclarece que o clube poderá recorrer ao STF (Superior Tribunal Federal). Até agora, o Grêmio foi derrotado em primeira e segunda instâncias e também teve decisão desfavorável também no Superior Tribunal de Justiça (STJ).
– O Flamengo pode ter outro entendimento, mas ainda há etapas por serem vencidas. Ele já tentou a penhora em outras fases do processo, mas não conseguiu – afirma Brunetto.
O Flamengo alega não ter recebido sua parte quando o Grêmio, em 2003, vendeu Rodrigo Mendes ao Oita Trinita do Japão. Sustenta que a negociação não poderia ter sido feita, por ser o detentor dos direitos do jogador. As teses são rechaçadas pelo clube gaúcho.
Conforme Bernardo Aciolly, a dívida é atualizada mensalmente e hoje já alcança os R$ 12 milhões. O advogado se diz consciente da impossibilidade de bloquear as bilheterias da Arena, já que elas não são administradas pelo Grêmio. Por isso, a estratégia é penhorar a arrecadação do Quadro Social.
– Vamos tentar o bloqueio de tudo o que conseguirmos, avisa.
Outro objetivo do Flamengo é penhorar parte dos 6,5 milhões de euros que o Bayer Leverkusen-ALE pagará pelo lateral esquerdo Wendell. Também estão na mira os recursos que poderão ser gerados pela futura venda do meio Luan.
Fonte: Clic RBS