A multa aplicada ao Flamengo pelo Banco Central por negociações irregulares de jogadores pode atingir até 100 milhões, segundo a avaliação de membros da diretoria. Isso porque o montante de R$ 38,367 milhões é o “valor histórico”, termo que significa que não foi aplicada a correção monetária. Mas dirigentes rubro-negros avaliam que têm boas chances de reduzir o débito em ação na Justiça Federal.
Em 2004, o BC aplicou a multa ao clube por conta da falta de registro nas transferências de atletas durante o período de 1990 a 1998. O presidente rubro-negro na maior parte do tempo era Kléber Leite, que fez uma série de transações incluindo a contratação do atacante Romário.
Sem nenhum registro das operações, o Banco Central multou o clube no valor integral de todas as operações, como determina a lei. Desde a aplicação da sanção, corre um processo administrativo que resultou em decisão final de punir o time rubro-negro em fevereiro de 2014.
Assim, haverá uma aplicação de correção monetária por dez anos. Por isso que um cartola do clube que acompanhou o processo avalia que o valor final ficará entre R$ 80 milhões e R$ 100 milhões. Esse cálculo não é preciso.
A avaliação é de que este tipo de sanção, embora legalmente amparado, é desproporcional para a infração. Por isso, acredita-se que é possível uma redução considerável no valor total.
Será importante obter uma redução porque uma multa no valor total representaria um acréscimo na dívida do Flamengo de um percentual entre 10% e 12%. Afinal, o passivo geral do clube ao final de 2013 era de R$ 825 milhões, como registrado no balanço do clube.
Fonte: Blog do Rodrigo Mattos