Paulo Pelaipe, diretor executivo de futebol do Flamengo, afirmou que o preço dos ingressos nos jogos do clube são caros por causa da meia entrada.
“De 70% a 80% dos ingressos vendidos no Maracanã são meia entrada”, afirmou Pelaipe. “Além disso, há uma média de oito mil pessoas que entram de graça nos jogos no Maracanã”.
Segundo borderô dos jogos do clube, esse percentual revelou ser, na verdade, de quase 60%. De qualquer maneira, um percentual altíssimo e que ultrapassa o determinado por lei.
Ao colocar ingressos entre R$ 100,00 e R$ 300,00 para o decisivo jogo desta noite contra o León (México) pela última rodada da fase de grupos da Libertadores (o Flamengo precisa vencer para se classificar), o clube sabe, segundo Pelaipe, que na verdade a maioria desses ingressos custará entre R$ 50,00 a R$ 150,00.
Em dezembro do ano passado, a presidente Dilma Rousseff aprovou lei que dá direito a ingresso de meia entrada a espetáculos esportivos e culturais para estudantes, idosos, deficientes (inclusive para seu acompanhante [sic]) e pessoas entre 15 e 29 anos que têm renda mensal de até dois salários mínimos. Mas esses ingressos, segundo a lei aprovada, não podem ultrapassar a 40% da carga colocada à venda.
No Rio de Janeiro, no entanto, não há qualquer controle na venda dos ingressos de meia entrada. É só pedir um ingresso desse tipo que o comprador é atendido. Não se pede carteirinha ou qualquer outro documento no momento da venda e muito menos no ato da entrada no Maracanã.
Ao aprovar lei desta natureza, o que o governo federal faz é caridade com o dinheiro alheio. Ou seja: faz média com a população usando o dinheiro dos outros.
Os clubes deveriam reagir a isso. Deveriam exigir que o governo arque com esta diferença. Que essa diferença fosse deduzida, a cada partida, da altíssima dívida dos clubes com o governo federal.
Fica a sugestão.
Fonte: Blog do Sormani