Cinquenta mil rubro-negros deram, no domingo passado, uma lição de futebol à diretoria do Flamengo. Jogando no Maracanã (e não excursionando Brasil afora) e com preços razoáveis (e não os extorsivos que vinham sendo praticados), a maior torcida do mundo é capaz de empurrar o time, por pior que ele seja. É, no momento, a melhor arma possível para tentar fugir do rebaixamento.
Não precisava ser gênio pra saber disso. Bastava ter vivência no esporte e no clube, além de um pouco de bom-senso, ao invés de tanta arrogância. Como os atuais dirigentes não são do ramo (embora achem que são), foi preciso um movimento de ex-presidentes e beneméritos para fazê-los enxergar o óbvio.
A vitória no clássico contra o Botafogo veio no grito da torcida e no renovado espírito de luta dos jogadores. O jogo, em si, foi tecnicamente ruim — algo compreensível quando se vê as duas escalações. O triunfo rubro-negro, entretanto, pode ser o ponto de partida para uma recuperação que permita um sono um pouco mais tranquilo, na reta final do campeonato.
Mais que isso, só se Canteros e Eduardo da Silva entrarem muito bem no time, ou os cartolas conseguirem, enfim, contatar algum reforço, realmente, bom. Melhor não alimentar grandes expectativas…
Papo com o Galinho
O jornalista Raul Quadros media hoje entrevista com Zico, no restaurante Quadrifoglio, do Lagoon, na Lagoa Rodrigo de Freitas. O evento é promovido pelo Bank of América e estará em pauta a situação atual do Flamengo e do próprio futebol brasileiro, após os 7 a 1 diante da Alemanha.
Fonte: Blog do Renato Maurício Prado