Dizem por aí nas arquibancadas rubro-negras que “time grande não cai”. Eu discordo, muito, e espero não ter que vê-los convencidos do contrário em dezembro. Mas na real, se há uma tese a ser desenvolvida sobre isso talvez seja que “o Flamengo não cai”, mesmo tendo flertado tantas vezes, e porque não cai.
Como não cai?
É repetitivo falar da torcida dos caras e isso revolta tricolores, botafoguenses e vascainos. Óbvio, é o ponto pouco discutível de uma lenda criada, mantida e hoje comprovada sobre a tal “força da nação”.
Não me diga que não é verdade, menos ainda que não faz tanta diferença. Estamos na rodada 14, os caras estão na lanterna. Qualquer um estaria fazendo protestos e só juntando cacos pra empurrar nas rodadas finais e desesperadoras.
Eles se anteciparam. Estão lá ao dobro do valor do ingresso cobrado pelo Flu, também carioca, vice líder até domingo.
Não é promoção, nem futebol, menos ainda pelo nível do adversário. Não me diga que é “flapress”, fica até desagradável.
São os donos das ruas, comemoram não a vitória, mas a grande atuação que tiveram.
Não o time. Eles mesmos!
É raro, talvez único. Mas rubro-negros avaliam seu desempenho após o jogo como se fossem um jogador.
E não são?
Quem cruzou aquela bola ontem? Quem empurrou de cabeça? Quem não desistiu mesmo merecendo vaias e empurrou como se merecessem aplausos aos 40 do segundo tempo?
Era dia dos pais. Todo rubro-negro tinha todos os motivos do mundo pra não estar lá.
Mas enquanto todo mundo acorda e pergunta “porque ir ao Maracanã”, o rubro-negro se pergunta “porque não”?
Fonte: Blog do Rica Perrone
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