O protesto feito por parte da torcida do Flamengo no desembarque dos jogadores é compreensível, mas desnecessário. Pela maneira como o time ingressou nas oitavas de finais da Copa do Brasil, era de se esperar uma campanha pífia, tal qual se verificou na Libertadores e no Campeonato Brasileiro, mas, de forma surpreendente, o Rubro-Negro carioca chegou entre os quatro melhores.
A maneira como se deu a eliminação do Fla chama a atenção. O time jogou a pior partida temporada e, totalmente acuado, sofreu quatro gols e se despediu da torneio de forma melancólica. Durante esta quinta-feira (06), os torcedores tiveram que aguentar as gozações dos rivais e, tal qual a equipe não produziu em campo, eles também não tiveram muitos argumentos para rebater as piadas.
Essa é a sensação que levou aqueles trinta torcedores a protestar contra os jogadores no aeroporto. Contudo, não era necessário agir assim, sobretudo neste momento. Os atletas que entraram em campo não pediram para atuar no Flamengo, mas foram contratados para isso e tentaram cumprir sua profissão da melhor maneira possível. Só que os do Atlético-MG também e, mais bem preparados, foram superiores.
O protesto deveria ser direcionado a quem os colocou lá, ou seja, a diretoria. De 2012 para cá, o Galo teve três treinadores, o mesmo número de técnicos que o Fla teve apenas em 2014. A falta de continuidade no trabalho é corriqueira no time da Gávea e isso, infelizmente, foi refletido no Mineirão. Se Matheus e Élton tiveram que entrar e não renderam, a culpa é não é só deles e nem apenas de Vanderlei Luxemburgo, mas também e principalmente da diretoria que não contrata jogadores com mais capacidade de honrar o manto do Flamengo. A atitude da atual gestão em privilegiar a redução das dívidas do clube é louvável e não pode ser abandonada, mas o time dentro das quatro linhas também precisa ser reforçado para a próxima temporada e isso não deve ser feito com jogadores medianos, como neste ano.
Fonte: Lanceativo