O goleiro Felipe tem contrato com o Flamengo até 2015, mas não tem espaço no Rubro-Negro. O que já ficou evidente no Campeonato Brasileiro foi reforçado pelo técnico Vanderlei Luxemburgo em entrevista ao “SporTV News”. Ao explicar a escolha por Paulo Victor, o treinador deixou claro que mantém o pensamento em relação a Felipe e sugeriu ao jogador que procure um novo destino para a próxima temporada.
– Ele vinha 17 ou 20 e poucos dias sem jogar e jogou contra o Inter, e não jogou bem. E o Paulo Victor eu já conhecia. Falei: tenho que fazer alguma coisa, mudar a cara. Optei pelo Paulo Victor, que foi bem. Então, automaticamente, o Felipe foi ficando esquecido, e aí vai ter que buscar outro clube, faz parte do futebol – disse Luxemburgo.
Na partida citada por Luxa, o técnico ainda era Ney Franco e o Flamengo perdeu por 4 a 0, no Beira-Rio. Após a goleada, Ney Franco foi demitido e Luxa chegou com a missão de salvar o clube do rebaixamento – o time ocupava a lanterna, com 21,20% de aproveitamento. Uma das primeiras mudanças foi trocar o goleiro: Felipe foi afastado e Paulo Victor entrou para não mais sair.
Após quatro meses de silêncio, Felipe concedeu entrevista ao Globosporte.com e à TV Globo, na qual admitiu ter ficado chateado não apenas com o afastamento, mas com o tratamento que tem recebido do clube na negociação para tratar do futuro. Certo é que ele não faz parte dos planos do clube e não tem vaga no time, como declarou Luxemburgo, que renovou o contrato até o final de 2015.
Rubro-Negro, Luxemburgo não esconde que aceitou voltar ao clube por amor, após ter feito planos de ficar um ano parado, para curtir a família. Depois de cumprir a missão de livrar o time do rebaixamento e fazer mais do que isso (o time terminou em 10º lugar no Brasileiro), o treinador comemora o resultado, considerando o cenário que encontrou, mas diz que o Rubro-Negro merece mais.
– Estou feliz que o Flamengo saiu da confusão, era muito difícil, é muito pesado para o Flamengo. Eu quero estar disputando a elite do futebol, quero estar entre as cinco primeiras equipes do Campeonato Brasileiro. Então, é uma felicidade que não é completa, a felicidade completa é aquela que você chega no final do ano disputando o título – disse o técnico, que deseja ter mais o que comemorar em 2015.
Fonte: SporTV