Globo Esporte – O anúncio de que o Flamengo será o anfitrião, pela segunda vez seguida, das finais da Liga das Américas foi bastante comemorado, especialmente por conta do pensamento interno de que se trata dos confrontos mais equilibrados de toda a história do torneio. Dos quatro finalistas, três já levantaram o caneco: Flamengo (2014), Peñarol (07/08 e 09/10) e Pioneros de Quintana Roo (2012). Para completar, o quarto elemento é o estrelado Bauru, invicto na competição, atual campeão da Liga Sul-Americana e líder do NBB 7.
Para abrigar as partidas Bauru x Peñarol e Flamengo x Pioneros (sábado), e as disputas de terceiro lugar e a grande decisão (domingo), a diretoria rubro-negra optou, mais uma vez, por mandar os jogos no Maracanãzinho, mesmo local onde o time de José Neto foi campeão no ano passado. Diferentemente de 2014, nesta temporada, os cariocas teriam a possibilidade de levar o Final Four à Arena da Barra, palco da conquista da Copa Intercontinental de Clubes. Contudo, a escolha pelo Ginásio Gilberto Cardoso, que sairá mais cara e dará mais trabalho para a montagem do evento, passa por sua localização mais central e pela facilidade para que o torcedor compareça e seja o sexto jogador.
– A gente poderia ter levado (o Final Four) para a Arena, mas preferiu o Maracanãzinho por conta da logística do torcedor. É um lugar melhor, por ser mais central, mesmo que do ponto de vista de trabalho e financeiro seja mais caro e pior – disse Alexandre Póvoa, vice-presidente de esportes olímpicos do clube.
Com um Maracanãzinho sem placar apropriado, piso, tabelas e geradores, além de outros detalhes, a diretoria terá que pôr a mão no bolso para montar o cenário, além de custear toda a logística dos demais concorrentes (hotel, transporte, alimentação). O montante gira na casa dos US$ 250 mil (cerca de R$ 745 mil).
– Estamos viabilizando isso (a quantia) a partir do que vamos receber de bilheteria, venda de placas, patrocínios (pontuais) e uma série de coisas para reduzir os custos. Além disso, tínhamos uma sobra de caixa separada para isso – explicou Póvoa.
Desbancando Mar del Plata e Bauru na concorrência para sediar a fase final, o dirigente diz entender que o sucesso de organização da edição passada e da Copa Intercontinental foi fundamental para o retorno à Cidade Maravilhosa um ano depois.
– Sempre falo isso, o Flamengo tem que pensar grande. Toda a vez que o Flamengo chegar para brigar pelo título, ele tem que lutar para sediar, é time grande e tem que pensar grande. Ainda mais para esse time de basquete, que atingiu tal nível internacional, uma projeção muito grande. Fazemos mais do que a nossa obrigação. O fato de termos feito um evento muito bom no ano passado nos ajudou, não só o que fizemos na Liga das Américas, mas também na Copa Intercontinental.
Diferentemente do ano anterior, quando as partidas foram disputadas na sexta à noite e no sábado, a expectativa rubro-negra é de que o ginásio fique lotado nos dois dias, já que agora os duelos ocorrerão sábado e domingo, justamente no “quadrangular” definido como “o mais acirrado de todos os tempos”.
– Tecnicamente, este (Final Four) é mais forte do que o do ano passado. Tem o Flamengo, que é campeão, o Pioneros, que já foi campeão, e o Peñarol, que também venceu por duas vezes. O outro time é o Bauru, time mais forte tecnicamente, que tem jogado muito bem e é líder da Liga. Jogando em casa, com o apoio da torcida, que já se acostumou a torcer pelo basquete e será nosso sexto jogador, teremos uma força muito grande. A torcida nos levou a ganhar do Maccabi (Tel Aviv) na Copa Intercontinental, nos ajudou contra o Pinheiros na final do ano passado, e os jogadores sabem disso. Estamos felizes, mas até a bola ser lançada para o alto – completou Póvoa.
Só Flamengo e Peñarol venceram como mandantes
Além do apoio de seu torcedor, o Flamengo tem um motivo a mais para entrar no Final Four otimista em conquistar o bicampeonato. Das sete edições da Liga das Américas disputadas até hoje, apenas o clube carioca e o Peñarol, da Argentina, levantaram a taça como mandantes da fase decisiva da competição.
Se os rubro-negros comemoraram o título no Rio de Janeiro na temporada passada, com uma vitória diante do então campeão Pinheiros, em 2009 os argentinos sagraram-se bicampeões, em casa, em cima dos venezuelanos do Espartanos.
A informação pegou os rubro-negros de surpresa. Nem Olivinha, um dos jogadores mais antenados à internet e às redes sociais, tinha conhecimento desse fato. Para o ala-pivô, a única vantagem do Flamengo é enfrentar um quadrangular tão equilibrado com o apoio de sua torcida.
– Acredito que o anfitrião do Final Four tem uma vantagem de ter a torcida a favor e de jogar em uma quadra que conhece. Essas são as vantagens que vejo. Acredito que o quadrangular desse ano esteja mais equilibrado do que o do ano passado. Das quatro equipes classificadas, três já foram campeãs e Bauru montou uma equipe forte para conquistar o título pela primeira vez – afirmou Olivinha.
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