Fonte: Lancenet
O Clássico dos Milhões deste domingo vai proporcionar um encontro entre dois treinadores que assumiram Vasco e Flamengo há pouco tempo. Com personalidades opostas, Celso Roth e Cristovão Borges precisam do sucesso para suas equipes respirarem ares – pelo menos um pouco – mais tranquilos no Campeonato Brasileiro. A necessidade é a mesma, as características pessoais e do trabalho de cada um são completamente diferentes, mas existe proximidade entre os dois.
– Cristovão foi meu jogador na época em que eu era preparador físico do Grêmio, em 1987, para vocês verem como estou velho (risos). Me dou muito bem com ele, o conheço bem. Fico feliz de vê-lo trabalhando, iniciando de forma muito boa a carreira, com grande possibilidade de sedimentá-la. Por esta circunstância do próprio futebol, é um grande prazer encontrá-lo. Mas ele que cuide da equipe dele – brincou o comandante cruz-maltino, que assumiu o time há seis dias, enquanto o treinador rubro-negro está no cargo há, aproximadamente, duas semanas.
Apesar de Roth ser um treinador já veterano e Cristovão ocupar a função desde 2011 somente, as idades são parelhas. O vascaíno tem 57 anos, um a mais que o rubro-negro. Sobre títulos, o comandante do time de São Januário tem a Copa Libertadores de 2010 como o mais importante, enquanto o técnico a equipe da Gávea ainda busca o sua primeira taça após a carreira de atleta.
Roth grita mais, Cristovão fala mais ao pé do ouvido e calmamente. A fama de um é de retranqueiro, e do outro de tentar o mais moderno. As características são diferentes, mas ambos, cada um ao seu modo, vão tentar explorar o conhecimento que têm um do outro.
– Cada um tem sua personalidade, um jeito de ser, mas o objetivo é o mesmo: de querer treinar bem a equipe e ter as informações para que as coisas aconteçam da melhor forma possível. São vários os treinadores com estilos e características bem distintas, mas sempre acreditando no que fazem. Assim somos eu e o Roth – explica Cristovão Borges.
Desde que trocou de treinador, o Flamengo têm duas vitórias e três derrotas em cinco jogos. Após 15 pontos perdidos nas últimas cinco partidas, nada melhor para o Vasco que o novo técnico estreie com vitória. Amizade à parte.