Fonte: Gazeta Esportiva
A permanência de Cristóvão Borges como técnico do Flamengo é algo que não pode ser totalmente garantido pela diretoria. É neste clima de incerteza que o clube amanheceu nesta segunda-feira. O Rubro-Negro convive com um dilema que pode acabar gerando ainda mais turbulências em uma semana de duas partidas muito complicadas. Na quarta-feira o adversário será o Internacional, às 22h (de Brasília), no Estádio Beira-Rio, em Porto Alegre (RS), pela 12ª rodada do Campeonato Brasileiro. No domingo, às 16h (de Brasília), o duelo será diante do Corinthians, no Maracanã.
Após a derrota de 2 a 1 para o Figueirense, de virada, no domingo à noite, o diretor-executivo do departamento de futebol Rodrigo Caetano foi muito questionado sobre a situação do treinador. Isso porque antes da vitória de 1 a 0 sobre o Joinville, no meio da semana passada, a demissão de Cristóvão era dada como certa em caso de tropeço, que não aconteceu. Com derrota na partida seguinte o clima voltou a pesar e o dirigente disse que a tendência é que ele permaneça, mas que não há 100% de certeza.
“A ideia da diretoria do Flamengo é que o Cristóvão permaneça, pois não é uma campanha ruim dele e sim do Flamengo. A gente não esperava resultados ruins, como esse contra o Figueirense, quando inclusive merecíamos uma melhor sorte. O Cristóvão só vai sair se for consenso na diretoria que esse é o melhor caminho, mas não existe nada agendado para se discutir esse tema “, disse Rodrigo Caetano.
Realmente o Flamengo não pretende demitir o treinador antes do duelo contra o Internacional. Isso porque a esperança é que o grupo mais uma vez se mobilize como visitante para salvar a pele do treinador, a exemplo do que aconteceu contra o Joinville.
Porém a situação é preocupante. Em 11 jogos, o Flamengo conseguiu apenas três vitórias, um empate e sete derrotas. Somando dez pontos, a equipe só não integra a zona de rebaixamento por ter uma vitória a mais que Santos e Goiás.
“A campanha realmente não é das melhores, mas quando o time perde e se troca o treinador a imprensa é a primeira a reclamar. Portanto, o Flamengo sempre trabalha dentro de suas convicções e entendemos que progressos estão acontecendo”, afirmou o diretor executivo de futebol do clube.
Outro fator que pesa para se prolongar a permanência de Cristóvão é a multa rescisória que o clube terá que pagar se demitir o treinador, o que tornaria ainda mais pesada a folha salarial. Isso sem falar que um novo profissional precisaria ser contratado e de preferência com nome e experiência para aguentar o clima pesado. Nomes com esse perfil costumam ser caros.
Existe ainda quem defenda a nova efetivação de Jayme de Almeida, que está como auxiliar de Cristóvão e foi o treinador campeão no Campeonato Carioca do ano passado e na Copa do Brasil de 2013. Essa ideia, porém, é mal vista pelo presidente Eduardo Bandeira de Mello. Nesta terça-feira a delegação segue para a capital gaúcha.