Três tons de azul e uma cadeira. O que esperar da eleição no Flamengo?

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Fonte: UOL

A guerra política está deflagrada no Flamengo a pouco mais de quatro meses da eleição presidencial. Vitoriosa no pleito de 2012, a Chapa Azul está dividida em três correntes para apenas uma cadeira. A gestão colegiada já não existe e aliados se transformaram em desafetos. O processo eleitoral se faz presente nos corredores da Gávea e promete ser o mais disputado dos últimos anos.

Na ponta da corrida estão o presidente Eduardo Bandeira de Mello e o vice de patrimônio Wallim Vasconcellos. Antes inseparáveis, cada um buscou o próprio caminho para dirigir o Rubro-negro no triênio 2016/17/18.

A disputa tem origem na formação da Chapa Azul. Como Wallim teve a candidatura impugnada por impedimentos estatutários, Bandeira de Mello foi escolhido para representar o grupo. As decisões colegiadas surgiram como a temática do processo e os membros que abandonaram o barco sustentam um acordo entre as partes para o revezamento na cadeira mais desejada do clube.

Os principais aliados do presidente refutam veementemente o tal combinado. Ao lado de Bandeira estão os vices jurídico, Flávio Willeman, de administração, Cláudio Pracownik, de secretaria geral, Pedro Iotty, do Fla-Gávea, Rafael Strauch, e o ex-vice de futebol, Alexandre Wrobel.

Já a corrente dos dissidentes tem Wallim e Rodolfo Landim como cabeças de chapa. No entanto, o principal articulador político do segundo tom de azul é Luiz Eduardo Baptista, o BAP, ex-vice de marketing, e que deixou o cargo em fevereiro depois de sentir-se esvaziado pelas decisões de Bandeira.

Dirigentes da gestão atual definem em qual das correntes se posicionarão. O vice de comunicação Gustavo Oliveira seguirá a linha dos dissidentes. As dúvidas estão em torno do vice de finanças, Rodrigo Tostes, e do vice de negociação da dívida, Carlos Langoni, que devem abraçar o caminho do companheiro. O vice de esportes olímpicos, Alexandre Póvoa, ainda não manifestou apoio publicamente.

O terceiro tom de azul deve surgir através de Gony Arruda. Deputado estadual no Ceará, ele fez parte do grupo original e por pouco não se candidatou em 2012. O político está alinhado e tem o apoio de ex-presidentes e de Grandes Beneméritos. Jorge Helal, Jorge Rodrigues, Márcio Braga, Kleber Leite e Marcos Braz são alguns dos nomes conhecidos.

Oposição pode se unir

Outro grupo aparecerá na disputa e também promete ter peso considerável. Boa parte dos integrantes está ligada a ex-presidente Patricia Amorim e apoia Cacau Cotta. As correntes de oposição têm reunião na próxima terça-feira (28) para definirem um candidato único. Apoiadores de Gony Arruda também participarão do encontro.

Oficialmente, duas candidaturas foram lançadas: Gonçalo Veronese, do Fla Tradição, e Lysias Itapicurú, do Flamengo Nova Geração. O primeiro está na Justiça para reverter a suspensão aplicada pelo clube e prosseguir com os planos políticos. Caso não tenha sucesso, deverá apoiar Cacau Cotta.

Ainda restam pouco mais de quatro meses para a eleição, porém, o caldeirão político está a todo vapor e o clima amistoso da Chapa Azul ficou no passado. Sabe-se apenas que os três tons ditam as cores nos bastidores da Gávea.

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  • Só não pode voltar aquela máfia de ex-presidentes, liderados por Cacau Cotta

  • Com a Lei de Responsabilidade Fiscal do Fla já em vigor eu ñ me preocupo, e também o Wallim, o EBM e o Bap todos sao extremamente competentes.

  • estão dando espaço para os ladrões aparecerem

  • Com certeza, estamos com EBM

  • Estamos com Bandeira!!!! Sucesso..

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