Fonte: PVC
A maior novidade do sorteio das oitavas-de-final da Copa do Brasil é não haver o cruzamento pré-determinado até a decisão. Por isso, é impossível dizer que o maior beneficiário foi o Atlético Mineiro, time que luta pelo bicampeonato inédito. Se tivesse o Figueirense como rival das oitavas de um adversário frágil nas quartas, pronto: estaria feito o desenho do bi.
Mas o Atlético não sabe contra quem jogará nas quartas-de-final, porque haverá outro sorteio.
Na Inglaterra, também funciona assim. Mas há uma diferença, em relação à escolha dos adversários nas oitavas. Os times podem se enfrentar independentemente do ranking.
Se a Copa do Brasil é o torneio mais democrático, não precisaria haver sorteio com base no ranking. Podia ter Paysandu x Figueirense, por exemplo.
Mas é claro que ter Flamengo x Vasco, Corinthians x Santos é bem mais legal.
No sorteio com cabeças-de-chave, o pior cenário seria pegar o Palmeiras, nas oitavas. Porque Vasco e Santos — ainda — estão na briga para fugir das últimas posições e, dependendo de como chegarem às semanas das oitavas, terão o Brasileirão como prioridade. O Palmeiras é o mais forte dos gigantes colocados no pote menos nobre. O Cruzeiro não teve a sorte de enfrentar um rival menos significativo, mas poderá decidir em casa.
Marcelo Oliveira, bicampeão brasileiro pelo Cruzeiro, criticado pela torcida mineira por não vencer mata-matas, contra Vanderlei Luxemburgo, bicampeão brasileiro pelo Palmeiras, criticado por não ter vencido nem Libertadores nem Copa do Brasil.
Importante também o confronto carioca. Se o Vasco eliminar o Flamengo, o efeito moral pode ser definitivo para os rubro-negros. Talvez assim o respeito volte. Mas se não voltar, vai ser difícil reerguer a cabeça para jogar o Brasileirão brigando para fugir do rebaixamento.