Fonte: Extra
A frieza dos números de vendas de produtos e bilheteria que indicam o sucesso de Guerrero no Flamengo não dão a medida exata da idolatria. O depoimento singelo e ingênuo do pequeno Vitor Hugo, 11 anos, atacante da categoria pré-mirim do clube, sim:
— Guerrero joga muito. Ele não perde gol de cara, o domínio dele é sensacional. Sou fã dele — exalta.
Ultimamente, no Ninho do Urubu, esses são os comentários da garotada da base rubro-negra sobre o centroavante, mais uma vez esperança de gols e até recorde de público, hoje, contra o Santos, no Maracanã.
— Acho muito legal, fico feliz de ser exemplo. Por isso mesmo tenho que ter um comportamento adequado, para que eles sejam disciplinados e tenham sucesso na caminhada para se tornarem jogadores profissionais. Quero ser exemplo — declarou o peruano ao Jogo Extra.
A chegada de Guerrero ao Flamengo ainda não provocou uma procura mais significativa de jovens jogadores tentando usar o atleta como exemplo para escolher a posição de centroavante. No entanto, a inspiração dos que já estão no clube aumentou.
— A gente passou a se inspirar no Guerrero. A gente tenta imitar ele nos treinos — confessa Vitor Hugo.
O coordenador da base do Flamengo, Carlos Noval, atesta um novo comportamento dos garotos. Segundo ele, o contato com o ídolo, que não vinha acontecendo no clube, é fundamental.
— Já existe sim uma influência da chegada do Guerrero nas divisões de base. Os meninos do Pré-Mirim e do Mirim, por exemplo, vêm treinar no Ninho e quando veem o Guerrero fazem questão de estar próximos dele — relata o profissional do clube, feliz com a reação do jogador: — O Guerrero, por sua vez, é sempre atencioso. Essa integração com um ídolo é muito importante para o futuro das novas gerações — destacou Carlos Noval.
A rotina de integração inclui uma espécie de camarote improvisado ao lado do campo um do Ninho do Urubu, onde os meninos da base assistem ao fim do treino dos profissionais. Os olhos estão vidrados em Guerrero. O jogador, quando deixa a atividade, já sabe que precisa fazer uma parada para atender aos meninos, com quem conversa, tira fotos e dá autógrafos. O assédio recentemente extrapolou os limites do centro de treinamento. Mesmo com endereço distante até para protestos de torcida, o CT tem recebido todos os dias jovens em sua portaria, no aguardo de Guerrero. Na última quinta-feira, o jogador parou o carro após a cancela, abaixou o vidro e concedeu autógrafos e fotos “selfie”.
Na sexta-feira, Guerrero recebeu uma equipe de televisão do Peru. A repercussão na América do Sul da chegada do ataque foi tanta, que o Flamengo recebeu sondagens para a abertura de escolinhas no país de Guerrero. Em campo, o atacante tem 100% de aproveitamento e três gols em quatro partidas, sendo dois em três jogos no Brasileiro. Hoje, no Maracanã, Guerrero precisa arrastar os rubro-negros de todas as idades para nova vitória.
Maldição da camisa nove chega ao fim
Guerrero deu fim a maldição da camisa 9 no Flamengo. O número, que já foi usado por ídolos como Nunes e Gaúcho, caiu em desgraça por um longo período, e recentemente teve Deivid como representante de centroavantes que tinha a má sorte caminhando ao seu lado em relação ao gol. O sucesso relâmpago de Hernane, o Brocador, foi o respiro mais recente da camisa nove, negada por Vagner Love em 2012, quando o jogador preferiu a camisa 99.
Antes de Guerrero, a camisa nove estava sendo usada por Alecsandro, que não caiu nas graças da torcida e foi negociado ao Palmeiras. Guerrero chegou, acabou com o caô com gols logo no início, e parece ter sepultado de vez a maldição recente.
— É um jogador de muita experiência, um craque decisivo, impõe respeito e preocupação aos adversários. E confirma no campo. Vai continuar sendo decisivo — comemorou o técnico Cristóvão.
Obs ao texto: alecgol honrou mt o manto e fez seus gols e tem nossa admiraçao sim! Era pra estar no Mengao ainda onde poderíamos contar com ele nesses jogos de eliminatorias da copa. SRN ?⚫️