A única verdade é a realidade. Andrey na sua inocência apaixonada foi discípulo do filósofo grego Aristóteles, bem ali, no templo sagrado do futebol, o Olimpo rubro-negro. Aluno de Platão, professor de Alexandre – o Grande – Aristóteles é o mais rubro-negro dos filósofos gregos. Mais metafísico, lógico, poético, dramático, retórico que o Flamengo, impossível. O menino Andrey sabe disso. Ele não assiste o Flamengo pra se distrair. Ele vive o Flamengo. Ele não vai ao Maraca pra fazer um selfie. Ele está ali pra ser menino, ser criança, ser torcedor. Tipo eu, exatamente como você. O Flamengo, essa estranha loucura, faz de todos nós pequenos Andreys, ou faz de nós grandes Andreys.
Se há um deus que regula o futebol, esse deus é sobretudo irônico e farsante. Só Drummond explica. Fecho os olhos e SINTO o gol do Paulinho. Uma pintura. Uma explosão. Um gozo eterno rubro-negro. E me sinto realizada, feliz, plena. Não busco explicações, mas elas existem. Dispensamos o aprendiz de técnico. Contratamos um profissional da área. Celebramos jogadores que estavam no cativeiro. Agora, torcemos até para que paguem o resgate do Cirino, e ele “volte” para o meio de nós. Temos meio-campo. Repito essa frase em voz alta. Repito essa frase de frente para o espelho. Agradeço aos deuses gregos e repito Aristóteles: a única verdade é a realidade. E a realidade diz: deixou chegar. Complete.
Meus onze leitores me questionam sobre o ano eleitoral. Sobre Guerrero, Kayke, Jorge. Meus onze leitores exaltam o MONSTRO Alan Patrick. E eu? Eu apenas suspiro. Isso é MAIS que Flamengo. Isso é a realidade. A verdade. Vencemos a sexta partida no Brasileiro. Atenção, eu não escrevo o Flamengo venceu. Nós vencemos. Ou melhor, nós sobrevivemos ao BANDO em campo. Ao Cristóvão e seu complexo de inferioridade, leia-se incompetência. Sobrevivemos ao rodízio de técnicos. A herança maldita do Luxemburgo. Aos gerentes-diretores-pseudo-entendedores do departamento de futebol. NÓS sobrevivemos. E seguimos invictos. Não tremo mais por bolas na área. Na nossa. Posicionamento adequado e acertado pelo Oswaldo. Pasmem vocês. Isso é bem mais que Flamengo. Isso sou eu acreditando em título depois de MESES no limbo rubro-negro.
E agora? O que vivemos? Sou discípula do menino Andrey. Vivemos o Kairós, que na língua grega significa “o momento oportuno” , “certo” ou “supremo”. Vivemos o Kairós de Kayke. O Kairós do Flamengo. Na mitologia, Kairós é filho de Chronos (deus do tempo e das estações). E nós acreditamos no tempo, no kairós, no kayke, no K do menino. No sonho, na taça, no hepta. Nós acreditamos no FLAMENGO.
Pra vocês,
Paz, Amor e Uma Vaga na Libertadores.
Fonte: Vivi Mariano / República Paz & Amor
Ow…parabéns,.. Que texto mais massa!!
Uma delícia de se ler!!! SRN!!!!
Alto nível Vivi!! Muito bom ler este texto inteligente, caloroso ou seja,enxerguei nele a razão de uma paixão de nós. todos rubro negros!!!!
Otimo texto! Parabens!!!