O que era batalha restrita aos bastidores da CBF virou uma guerra declarada, pública. Vice-presidente da confederação para a região sul, Delfim de Pádua Peixoto abriu fogo contra Marco Polo Del Nero, presidente da CBF. No dia em que trezes clubes (doze da Série A e um da Série B) criaram a Liga Sul-Minas-Rio, que desafia o poder das federações estaduais – e, por consequência, da CBF – Delfim deixou claro que está do lado dos clubes e não da confederação.
– Eu não sei se o fato de eu ser vice da CBF facilita ou dificulta, porque eu não jogo no mesmo time [de Marco Polo Del Nero]. Eu posso até jogar no time reserva, mas não no mesmo time. Eu já fiz ao presidente, na frente dele, não por trás, todas as críticas que tinha para fazer. Na última reunião de diretoria da CBF, na semana passada, ele demonstrou que não estava interessado em apoiar a Liga Sul-Minas-Rio – declarou Delfim.
E disse mais. Para o dirigente, o presidente da CBF faria uma “burrice” em tomar uma posição contrária a dez grandes clubes do país:
– Ele tem que entender que, se não apoiar a Liga, vai enfrentar dez clubes fortes, 50% do Brasileiro da Série A. Eu vou apoiar a Sul-Minas-Rio, esse direito ele não pode me tirar, porque eu fui eleito, tive tantos votos quanto ele teve. É a posição que já apoiei no passado, quando fizemos a Copa Sul-Minas e não tivemos nenhuma oposição do então presidente Ricardo Teixeira. Espero que o atual presidente não vá fazer a burrice de tomar uma posição contrária, contra dez grandes clubes, que representam cinco estados fortes do futebol brasileiro.
Fonte: GE
Esse é macho.
se ficar contra os clubes boicota tudo da cbf
ja vi esse filme em 87..se for um sucesso como foi a copa uniao .cbf entra no meio do torneio querendo a parte dela e mudando. as regras do jogo
Acho que é outro contexto amigo. Na época era o equivalente ao Campeonato Brasileiro. A proposta da liga é um torneio a meu ver, que substituiria os estaduais…é mais por ai. SRN.
Não é tão simples quanto parece, mas agora não tem mais volta. Acho que a CBF não tem posição contra declarada, mas tem medo de perder o apoio das Federações estaduais, essas sim com um grande abacaxi nas mãos. A Ferj no Rio vai retaliar de toda a forma que pode, e não porque é contra em principio mas porque vai perder dinheiro da TV, que já manifestou interesse positivo na Sul-Minas. Se esvaziar o estadual, como deve acontecer, o Rubinho perde a boquinha, a grana e o poder de aparecer na midai por 6 meses do ano. Se fossem inteligentes não teriam peitado Fla-Flu em favor do Vasco e seus asseclas. Essa guerra ainda tem muita batalha pela frente, mas começou com o pé direito para os clubes que buscam a melhoria do futebol brasileiro.
Pra mim é a oportunidade de acabar com estaduais de vez. Tendo apoio da Globo, CBF…o que vão fazer as federações? E a criação da liga esta previsto na Lei Pelé. Vão é deixar de ganhar grana dos clubes, como o Fla que tem que pagar 10% a essa desgraça de FERJ, que nada faz pelos clubes. Apoio inteiramente a liga, e será um Marco no futebol brasileiro.
Almir, eu sou contra o fim dos estaduais, mas também sou contra o formato de hoje. O ideal era um estadual em turno unico com 8 datas, e aqui no Rio com 10 times no maximo, começando no final de Janeiro e termnando no Inico de Março, depois um torneio regional com outras 8 datas (Sul-Minas) e por fim o Brasileirão e a Copa do brasil, isso sim seria ótimo para os clubes (em renda, TV, promoção e atraçao) e para os torcedores, pois seriam mais torneios durante o ano e muitos jogos atrativos com grandes clubes nos classicos dos estaduais e nos grandes clássicos regionais. A verdade é que quem mata os estaduais são as próprias Federações, e nesse sentido eu concordo contigo que os estaduais vão morrer de inanição em função da gula demasiada dos cartolinhas de Federações falidas como a Ferj no rio.
Na minha opinião, os Estaduais deveriam qualificar para os regionais que, por sua vez, qualificariam para o Brasileiro (ou Copa do Brasil). Ou seja, o campeonato seria por qualifying, não por séries. As séries são uma espécie de qualify para o ano seguinte, que só eliminam 20% dos participantes e também só qualificam 20% da série inferior. Isso é injusto. Além de reduzir a qualidade do evento.
Nosso clube, por exemplo, vem há anos se "qualificando" para a Série A do ano seguinte com desempenhos medíocres. Outros tantos fazem isso. Que estímulo esses clubes têm para se organizarem, terem uma boa base e formarem um bom elenco? O raciocínio natural do dirigente é "ano passado deu para permanecer na série A, então esse ano vamos apenas fazer ajustes pontuais no elenco". E assim se cria essa cultura de "apenas permanecer na Série A (ou B, C etc). Enquanto que todos deveriam ter ânimo para vencer o campeonato ou ter o melhor desempenho possível para se qualificar para o campeonato seguinte.
Mas, não vejo ninguém interessado no evento, na qualidade dos jogos, na adoção de horários confortáveis para os torcedores etc.
Como já propaguei aqui, sou favorável ao equilíbrio competitivo, em que há igualdade de oportunidades aos clubes (deem um Google em Teoria do Equilíbrio Competitivo do Esporte). Parece que os grandes saem perdendo, mas o que as ligas americanas têm mostrado não é isso. Além disso, cria maiores chances de internacionalização do campeonato, o que atinge mais os maiores clubes. Não se pode esquecer ainda que os grandes clubes, com grandes torcidas, tendem a sempre estarem em vantagem no aspecto faturamento.
Ou seja, ficamos nos importando com a verba de TV, de patrocinador esportivo etc, que têm sua importância, é claro, enquanto que o pote de ouro está no equilíbrio e na consequente internacionalização. Qual garoto no mundo não iria adorar um craque brasileiro que joga no Brasil, em um campeonato de alto nível, transmitido e acompanhado pelo mundo inteiro?
Enquanto isso, por aqui, transmitimos MLS, Campeonato Russo, Português etc.
Abç e SRN!
gente o estadual não acaba, o que acontece é que flamengo e fluminense e os que estiverem na sul-minas-rio, colocaram jogadores reservas, nos estaduais!!