Advogado de Willian Arão explica situação do jogador com Botafogo

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Após polêmica com o Botafogo, que tinha interesse em renovar com Willian Arão, o jogador fechou contrato de três anos com o Flamengo. O clube Alvinegro confia na cláusula contratual que garante a renovação em caso de pagamento da quantia de 400 mil reais, que foi feito, porém devolvido duas vezes pelo atleta. Arão e o Botafogo ainda não chegaram a um acordo e o volante entrou a justiça para se desvincular do clube. A justiça deu ganho de causa em primeira instância, mas a diretoria alvinegra ainda pode recorrer da decisão. Em entrevista exclusiva à reportagem da Super Rádio Tupi, o advogado do jogador, Bichara Neto, explicou a situação sobre a cláusula do contrato.

“Muito se falou que o Botafogo tinha direito de opção para renovar por dois anos, não era bem isso que o contrato previa, o que tinha era que até o dia 30 de novembro o clube poderia adquirir mais 20% dos direitos econômicos do Willian Arão. Cada um tinha 50% quando assinaram o primeiro contrato. Só que no meio do caminho a regra da FIFA mudou e impediu que os jogadores de serem donos dos seus direitos econômicos. Em razão dessa mudança do regulamento da FIFA, a cláusula do contrato, que previa que o Botafogo podia comprar direitos econômicos do William passou a ser ineficaz, já que o atleta não tinha mais direito econômico nenhum para comprar.”

Para Bichara Neto, a decisão foi correta e acredita que a juíza vai manter, mesmo se o Botafogo pedir revisão.

“A gente está falando de uma disputa judicial, o processo está começando agora. A liminar, a tutela antecipada, é uma decisão que não é definitiva ainda. A juíza que decidiu foi muito cautelosa, ouviu os argumentos do Botafogo e do jogador. Teve um decisão muito bem fundamentada, se houver recurso do Botafogo tentando a revisão, acredito que é uma decisão que vai ser sustentada.”

Perguntado sobre o caso do Leandro Amaral, que era jogador do Vasco e também entrou na justiça para se desvincular do clube e assinar no Fluminense, Bichara Neto explicou que a situação do Willian Arão é diferente.

“Acho improvável, a situação é muito diferente. No caso do Leandro Amaral, o clube tinha opção unilateral de renovar contrato após o término dos primeiros 12 meses, dando aumento de salário, o jogador preferiu não aceitar e aí houve o litígio. Já no caso do Arão, a condição para que o Botafogo pudesse ter um novo contrato de trabalho com o jogador, deixou de existir.”

Fonte: Rádio Tupi

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  • Mas a questão é: a lei mudou no meio do contrato, mas o contrato é anterior. A lei é retroativa? Se não for, o contrato do botinha ainda estaria valendo mesmo com a mudança da lei…

  • A impressão que eu tive após pensar um pouco é ao seguinte (se alguém souber ao certo pode corrigir):
    Os 50% do passe que o botinha comprou valeriam somente durante a vigência do contrato. Caso o jogador fosse comprado na vigência iria metade do valor pra cada um, clube e jogador. Ao final do contrato, sob certas condições, o mesmo poderia ser prorrogado e foguinho teria 70% e jogador 30% durante a vigência do contrato renovado. Assim, como o contrato acabou, ninguém é mais dono de seu passe e nem pode mais receber pela venda, e na lei atual, nem o próprio mesmo, que não poderá cobrar para um clube um valor pela sua própria venda, mas estará livre pra jogar onde quiser.
    O que não quer dizer que um novo contrato como um novo clube não possa garantir ressarcimento em caso de rescisão antecipada.

    • Pó cara valeu pela explicação.
      Acho que ficou claro agora.

      Mandou bem de mais.

  • Até agora não entendi nada

    Botafogo então não pode comprar mais 20%

    E os 50% que o Botafogo tem, já era ?????

    O jogador ficou com 100% ?????

    • Acima coloquei o que eu acho que é.

      • O que o advogado alega é que a cláusula nao foi aceita devido o jogador nao possuir mais o seu direito economico, portanto o chororo nao poderia comprar os 20%.

        • Cabe entender para onde foi ou com quem fica os 50% do jogador, a porcentagem que o botafogo tem, continua sendo dela, pelo menos foi o que entendi, SRN

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