Obina revela sonho de despedida com a camisa do Flamengo; entrevista completa

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Com a aproximação do Clássico dos Milhões, a reportagem da Super Rádio Tupi bateu um papo com Obina, o folclórico atacante rubro-negro, que hoje está atuando no futebol japonês, no Matsumoto Yamaga. Com a camisa do Flamengo, o jogador fez gols decisivos no Campeonato Carioca, Copa do Brasil, gol que evitou o rebaixamento do clube para Série B.
O baiano, de 33 anos, revelou o sonho de uma despedida com a camisa rubro-negra, de preferencia em um Flamengo e Vasco, quando a carreira estiver chegando ao fim.
“Eu não tenho, assim, um momento que eu quero me despedir. Acho que quando se trata de um Flamengo e Vasco, é especial. Por tudo que eu passei dentro dos clássicos, sempre fazendo gols com a camisa do Flamengo no clássico. Então, seria assim, a despedida ideal. Mas a gente sabe que é muito difícil acontecer. Ia ter um contrato, talvez eu possa sair daqui um pouquinho mais tarde do que imagino. Eu estou muito feliz aqui também. Mas assim, tenho um amor e um carinho muito grande pelo Flamengo e isso ninguém vai tirar de mim. E esse respeito eu vou levar para o resto da minha vida.”
Flamengo e Vasco se enfrentam neste domingo, às 17h, em São Januário, em partida válida pela quarta rodada do Campeonato Carioca. Em 2005, no último Clássico dos Milhões disputado no estádio cruz-maltino, vitória do Vasco por 2 a 1, Obina estava em campo. O ex-rubro-negro falou sobre aquela partida e afirmou que o Flamengo terá dificuldades, mas que a partida só será decidida em campo.
“É meio difícil pelo clima que se coloca no clássico. Pela maneira que o Flamengo é recebido em São Januário. Naquela ocasião a gente acabou sendo surpreendido, tinha muito spray de pimenta dentro do vestiário. Mas clássico só é decidido dentro de campo, não tem outra maneira. Na hora que coloca 11 contra 11, aí vê quem é quem, quem é melhor e quem vai sair conseguir sair de lá com um bom resultado. São detalhes que acabam atrapalhando, mas espero que dessa vez não tenha isso, que possa ocorrer um grande futebol e possa vir a ter um clássico de paz”
Confira a entrevista na íntegra: 
Ganhou mais do que perdeu para o Vasco
“Com certeza. Eu, no meu momento de Flamengo, tive muito mais vitórias do que derrotas. Essa foi uma derrota (2005 em São Januário) que, por ser o primeiro clássico e a situação que a gente  passava naquele ano, de muita dificuldade no Campeonato Brasileiro, então a gente teve essa derrota. Mas das outras vezes eu tive um pouco mais de sorte. A gente conseguiu algumas vitórias importantes. Mas clássico é dessa maneira, aquele que erra menos sai com a vitória. Então, naquele dia, o Vasco errou menos e acabou conseguindo a vitória. Mas a gente também se recuperou dentro do campeonato, conseguimos manter o Flamengo na Série A, como sempre tem que ser, como sempre foi. E isso que importa, que acabou tudo bem, todo mundo voltou para casa bem e, claro, com um sentimento ruim de derrota, mas com a cabeça erguida que cada um fez o melhor.”
Carinho e saudade do Flamengo e da torcida rubro-negra
“Sempre. Eu fico feliz que o torcedor ainda me trate assim, com esse carinho todo. Isso mostra que meu trabalho foi bem feito, bem reconhecido pelo torcedor. Ele sabe que quando eu vesti a camisa do Flamengo, eu me dedicava ao máximo, eu sempre dava o meu melhor. E isso deixa qualquer atleta feliz, por saber do reconhecimento que está tendo, por tudo que veio a acontecer. A saudade é sempre muito boa do Flamengo. O carinho do torcedor flamenguista é diferenciado. Não desmerecendo as outras torcidas de onde passei, mas o Flamengo é inesquecível para mim, por tudo que eu passei dentro do clube, da equipe, da maneira que consegui meu espaço. Então, isso me deixa muito feliz. E eu agradeço muito o torcedor por ter esse reconhecimento e espero que, um dia, a gente possa estar vestindo a camisa do Flamengo, quem sabe na despedida. É tudo que eu queria.”
Pensa em voltar para o Brasil?
“Aqui eu ainda tenho um contrato de mais um ano. E sempre como eu fui em outro clubes, gosto de cumprir o meu contrato, ser o mais honesto possível. É claro que ainda me vejo jogando em alto nível. Quando você sabe que não dá mais, a gente tem que dar um basta e parar. Eu acho que sempre temos que estar fazendo a felicidade daqueles que vão ao estádio, que sempre querem ver um alto nível. No Brasil ainda mais, que a cobrança é bem maior. Aqui no Japão eles respeitam muito o jogador que tem 33 anos, 34, que ainda conseguem jogar em alto nível com uma certa idade. Então, eles se respeitam. E é como você falou, eu acho que hoje, 33 anos é novo, ainda tenho muita lenha para queimar aí, ainda mais que sou um cara bem tranquilo, caseiro, procuro me cuidar. Mesmo com essa cobrança que o Obina sempre engorda bastante, mas procuro treinar bem, procuro ficar logo em forma para ficar sempre em alto nível. Mas estou cada dia mais aprendendo, me cuidando, e sempre procurando estar bem para poder jogar o meu melhor futebol.”
Gols mais importantes com a camisa do Flamengo
“Um foi o jogo do Paraná. O juiz deu um minuto de acréscimo e eu acabei fazendo o gol e a equipe venceu de 1 a 0, que acabou livrando o Flamengo do rebaixamento. E o gol na final da Copa do Brasil, contra o Vasco, que eu acabei entrando no jogo depois que o Renato Silva se machucou, e acabei, na primeira bola, acertando um chute no ângulo. Eu acho que foram os dois gols mais importantes, porque foram momentos inesquecíveis para mim.”
Flamengo bem servido com Guerro e palpite para o clássico de domingo
“Está bem servido. O Guerrero é um grande atacante. Tem o Cirino também. Um bom treinador que é o Muricy. Então, está muito bem servido. Eu aposto no Flamengo, 1 a 0.”

Fonte: Rádio Tupi

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  • seria legal um jogo de despedida do Obina … daqui há alguns anos, quando tiver um jogo contra o Vitória, que se faça uma homenagem ao Obina. Assim, como aquela feita ao Ronaldo Angelim em um amistoso contra o Icasa

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