No córner…

O afastamento temporário de Rubens Lopes da presidência da Federação, por ora sob pretexto da participação em um seminário na Itália, tem merecido atenção especial de dirigentes de Flamengo e de Fluminense, opositores do indefensável cartola.

Para os mais influentes, a tentativa de aproximação da Ferj é evidente e inequívoco sinal de enfraquecimento político de Rubens Lopes e o acordo de paz a essa altura é visto com reservas nos dois clubes.

Pois o momento é propício para a resistência.

Por estes dias, o repórter Vicente Seda do site Globoesporte.com mostrou que a Fazenda Nacional e o Ministério Público do Trabalho estão de olho na Cooperativa de Árbitros de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (Coopafer) e também na Comissão de Árbitros de Futebol do Rio de Janeiro (Coaf-RJ).

O ex-árbitro Jorge Rabello, presidente da Coaf-RJ e diretor da Coopfer, é dos fiéis escudeiros de Rubens Lopes.

Segundo a reportagem, a Coopafer é alvo de execução judicial da Fazenda que já chega a R$ 357 mil por conta de não recolhimento do INSS dos árbitros.

E a Coaf-RJ é alvo de investigações do MPT que apura supostas irregularidades nos sorteios dirigidos e escalas de árbitros na CBF.

Ao que parece, quer saber direitinho porque alguns árbitros são mais escalados do que outros.

Sérgio Correa, presidente da Comissão Nacional de Árbitros de Futebol (Conaf) diz desconhecer o inquérito.

Mas o presidente da Coaf-RJ já foi convidado à prestar esclarecimentos.

Jorge Rabello, aliás, é também o presidente do Sindicato dos Árbitros Profissionais do Rio (Saperj).

E o mais estranho, como mostra o texto do repórter Vicente Seda, é que a Coopaferj é registrada em Saquarema, mas atende na mesma sede do sindicato presidido por Rabello, em Vila Isabel.

Talvez seja porque ele (Rabello) é diretor da Coopaferj.

Agora, vejam vocês: Messias Pereira, presidente da Coopaferj, é membro da Coaf-RJ, presidida por Rabello, que é também presidente do sindicato da classe e diretor da Coopaferj.

Demais, não é mesmo?

Fonte: Gilmar Ferreira