Arenas, torcida única, ingressos caros. Selfies, filmagens de pênaltis, tchauzinhos pro telão. Os já exorbitantes dólares, euros e libras valem mais que no mundo real para, a cada dia, diluírem a essência que fez do futebol a paixão que é.
“A coisa mais importante dentre as menos importantes”, máxima em tom surreal até que um ente querido vá embora, ou que aconteça uma catástrofe em nossas vidas. Nessas horas, o futebol não salva, mas alivia. No nosso caso, através das cores do Flamengo. Único capaz de nos fazer sorrir nos piores momentos, assim como transformar alegrias em reles efêmeros sorrisos.
Tempos e conceitos mudam, o papel do torcedor também. Aos mais saudosistas, machuca ver a conjuntura de fatores que fez do Flamengo Flamengo ficando para trás, não sendo levada ao presente. Vai contra a índole, vai contra a história. Só não vai contra o amor. Este se mantém intacto, embora cada vez mais exclusivo dos que vestem a camisa para torcer e não para jogar futebol.
Diego é dos gritantes casos de jogadores que se esqueceram do amor. Desembarcou na Europa com apenas 19 anos, ficou até os 31. Não virou ídolo por lá, foi sumindo do radar da Seleção por aqui. Manteve-se apenas na memória do torcedor brasileiro e no coração do santista. Pouco para ele.
Nos últimos anos, sempre cogitado por clubes brasileiros. Todos o queriam, o Santos mais que qualquer um. Não voltara, ninguém na América do Sul tinha o que o interessava: as tais cifras em níveis estratosféricos. Era caso perdido. Quase.
Quase porque havia uma solução: entregar-se à maior paixão que existe no planeta Terra. Por mais que – a princípio – incauculadamente, foi o que Diego fez. O Flamengo das derrotas no gramado e vitórias nas finanças tinha o dinheiro. O Flamengo dos milhões de corações rubro-negros sempre terá amor.
Com o avançar das negociações, é impossível que Diego não tenha sentido isso. Hoje, confirmado na Gávea, escreveu a nós:
”A grandeza do Flamengo dispensa apresentações, mas mesmo assim me surpreendeu. Nas redes sociais, nas ruas, nas mensagens dos meus amigos, todos que falaram comigo fizeram o mesmo pedido: ‘vem ser feliz no Mengão’.
Eu vim. Eu vou ser. E vou me dedicar ao máximo para fazer cada um de vocês também muito feliz.”
Pelos altos valores, pelo peso com que Diego vem, a Nação não espera apenas por um “bom jogador”. Ele terá de ser muito acima da média, fora de série, extraordinário. O que Zizinho, Rubens, Zico, Júnior e Petkovic foram lá atrás.
Pelas palavras escritas, pelos sorrisos proporcionados e por ter aceitado fazer parte do maior clube do mundo, parece que o meia entendeu. O dinheiro é bom, como para qualquer um. Mas nenhuma pessoa é completa se deixar de lado o amor. E aqui tem de sobra, Diego.
Sou dos saudosistas, que lamentam o esquecimento do passado e o rumo segregacionista que tem tomado o futebol. Mas mantenho o amor desses 120 anos de história, como toda a Nação Rubro-Negra. Nação que espera e acredita que, com Diego na Gávea, a vida volte a desfrutar do que o esporte pode proporcionar de mais belo: o Flamengo campeão.
Não gosto das redes sociais, nem conheço a maioria de suas hashtags e siglas. Mas se for para o nosso bem, Diego, vamos nessa.
TMJ! SRN!
Fonte: Nosso Flamengo
O Amor pelo Flamengo não tem Explicação só quem Sente para Saber! FLAMENGO AMOR INCOMPARÁVEL! Belo TEXTO!
Virou ídolo sim, no Werder Bremen, e no Atlético a torcida adorava ele. O cara passa 12 anos jogando em campeonatos fortes, ou 10 anos se excluir a Turquia, que ainda tem um campeonato mais competitivo que o Brasileiro, mas falam como se tivesse jogado a vida toda na Ucrânia, Japão, China ou países árabes. Não vejo como uma opção meramente financeira ter passado tanto tempo na Europa, mas também esportiva e mesmo de qualidade de vida.
Refleti e critiquei esses pontos assim como você ao ler este texto do “Nosso Flamengo”. TMJ e SRN