A torcida do Flamengo é conhecida no mundo todo por duas características muito peculiares: seu tamanho e a sua paixão.
Somos movidos por vários sentimentos que nos torna desprovidos de qualquer racionalidade, é assim que somos e não iremos mudar, a torcida do Flamengo é movida a raça, amor e paixão em todos momentos. São esses sentimentos que queremos ver em campo e não importa mais nada, transbordamos esses sentimentos para o gramado, somos puramente coração não nos importa técnica, tática ou algo semelhante, só importa o que está dentro do nosso coração. Queremos que eles corram ao limite, mesmo que quando fisicamente não é possível, queremos que eles se doem de corpo e alma, assim como fazemos nas arquibancadas, que eles sangrem como nós sangramos, mas como não entramos em campo só nos resta fazer uma única coisa, clamar… e quando clamamos “Vamos Flamengo!” todo nosso sentimento é transferido para dentro do gramado e uma energia surge de forma sobrenatural e milagres acontecem, que energia é essa? É um sentimento? É natural? Isso se chama a fé rubro-negra e a Biblia diz: Hebreus 11:1 “Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que se não veem.”
É baseado nesse sentimento de fé que vimos coisas acontecerem como o gol de Pet, o gol de Marcio Araújo no final ambos contra o cruzmaltino, gols importantes que levariam qualquer jogador a condição de ídolo, mas como disse inicialmente, com a torcida do Flamengo não existe racionalidade, Marcio Araújo é cobrado até hoje, como controlar essa mistura de sentimento. Raça, amor, paixão, fé, ódio e tantos outros sentimentos em um mesmo coração, coração que bate no ritmo do som que vem da arquibancada. O Maracanã pulsa como se estivesse vivo, contagiando a todos e empolgando milhões, essa euforia é contagiante e chega à atingir mais de 40 milhões de pessoas no país a fora, todos os outros sentimentos se tornam um único: euforia. Como conter 40 milhões de apaixonados com sede de gritar “é campeão”?
É preciso ter um líder que tenha características diferentes da torcida Rubro-negra e a história nos ensina que esse é o modelo mais comum no Flamengo, lembremos: Paulo César Carpegianni, Carlinhos, Jayme de Almeida, Andrade, Ney Franco, “Zé Ricardo” . O que esses nomes tem em comum? São todos movidos pela serenidade, racionalidade e coerência, como poderiam fazer as escolhas corretas se tivessem as mesmas características da torcida? Portanto, continuemos a expressar todo nosso sentimento chamado Flamengo, mas vamos deixar o Zé tomar as decisões que ele queira, deixemos ele nos conduzir como um pastor conduz suas ovelhas.
O que nos resta é fazer as arquibancadas pulsarem e acreditar até o final. Nos empolgar, cantar mais alto, pois nosso canto ecoa no gramado e o nossos guerreiros jogam por nós.
Então Nação, chegou a hora de cantar mais alto.
Vamos continuar sendo como somos em nossa essência, pura emoção, sem nenhuma razão. Assim tem dado certo ao longo dos anos e vai dar certo agora.
Clainvalter Alcântara
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Cristóvão Borges também é conhecido pela serenidade, Jayme de Almeida ganhou um título mas também não é das graças da torcida, não creio que isso serenidade sempre signifique que eles saibam o que estão fazendo, mas no caso do Zé dá pra ver que ele entende do bagulho. SRN
Fé no Zé!