A punição do STJD a Flamengo e Palmeiras por conta da briga entre as torcidas no Mané Garricha, em Brasília ainda gera discussão. O jogo deste sábado entre São Paulo e Flamengo é o pivô do momento. Na última terça-feira, o rubro-negro enviou uma notificação, em tom amigável, ao Tricolor avisando que não exerceria o direito de vender a cota destinada aos seus torcedores, mas alertando para o fato de que o clube paulista poderia vender os ingressos aos torcedores comuns rubro-negros para o setor de visitante de acordo com decisão do Tribunal.

O verbo “poder” não foi usado por acaso. Foi aplicado justamente porque o São Paulo tinha esta opção, mas também tinha a opção de vender as entradas para os seus próprios torcedores. O Tricolor optou por não vender aos rubro-negros e destinar o espaço reservado aos visitantes no Morumbi aos são paulinos. Não está errado, segundo a decisão.

No texto abaixo (retirado do ofício enviado pela CBF aos clubes), o que vem após a vírgula é o que dá ao São Paulo a opção de escolha.

“Fica proibida a venda e/ou repasse da carga de ingressos prevista no artigo 80 do RGC/2016 – CBF, para o CR Flamengo nas próximas 3 (três) partidas em
que for visitante, podendo o clube mandante da respectiva partida vender a carga de ingressos aos seus torcedores”;

A mesma interpretação vale para os adversários do Palmeiras.

Flamenguistas disfarçados

Se o SPFC pode vender aos são paulinos, não está infringindo decisão do Tribunal. Mas, alheios a essa discussão, dezenas de flamenguistas já estão com seus ingressos em mãos para a partida no Morumbi. Irão disfarçados, como aconteceu no jogo contra o Palmeiras no Allianz Parque. O São Paulo não tem como fiscalizar essa conduta. Nem o Flamengo. Um dos argumentos do clube carioca era justamente este.

Sábado é o dia do aniversário do Cícero Pompeu de Toledo, o Morumbi. Na data em que completará 56 anos, o estádio não terá convidados, vai comemorar em família. Se os animadores da festa farão um bom espetáculo em campo… já é outra história.