O Flamengo calcula riscos para se manter inteiro na briga pelo heptacampeonato brasileiro, mas sem abandonar de vez a Copa Sul-Americana. Por isso, aposta contra o Palestino, nesta quarta-feira, às 21h45 (de Brasília), no Estádio Monumental, na força da camisa. Assim, espera, mesmo com time misto, voltar ao Rio vivo na competição.
A distância entre Flamengo e Palestino é medida em números. Enquanto os rubro-negros são os vice-líderes do Brasileiro e têm a terceira maior folha salarial do país — R$ 7,5 milhões —, o Palestino ocupa a nona colocação no Campeonato Chileno e tem o sétimo elenco mais bem pago no país — folha de aproximadamente R$ 900 mil, segundo informações do jornal ‘La Tercera’.
Só Guerrero, que deve voltar nesta noite ao time para adquirir ritmo de jogo, ganha salário de R$ 600 mil. O atacante, com as luvas, terá recebido, ao final do contrato de três anos, cerca de R$ 40 milhões. Apesar disso, a memória recente dos rubro-negros não guarda momentos felizes em terras chilenas. Das últimas cinco vezes em que atuou no país, perdeu quatro e ganhou somente uma.
A única vitória, porém, teve sabor de derrota, já que os 2 a 1 sobre a Universidad de Chile (Vagner Love e Adriano, com Montillo, de cobertura, anotando um golaço para os chilenos) não foram suficientes para garantir a classificação para a semifinal da Libertadores de 2010, já que havia sofrido mais gols em casa: perdeu a partida de ida, no Maracanã por 3 a 2.
O grupo do Flamengo chegou na terça-feira a Santiago. À noite, Zé Ricardo comandou treino fechado no estádio onde será realizada a partida. O Rubro-Negro só atuou duas vezes na história no local. Na primeira fase da Libertadores de 2010, perdeu por 2 a 1 para a Universidad de Chile. Em 1999, pela Copa Mercosul, antecessora da Sul-Americana, goleou o Colo Colo por 4 a 0 (dois gols de Rodrigo Mendes, um de Fábio Baiano e outro Romário).
Na fase anterior da Sul-Americana, a fórmula de usar time misto na partida de ida deu certo. O Rubro-Negro perdeu para o Figueirense por 4 a 2, mas conseguiu, com o time titular, a classificação no jogo de volta. Mais uma vez, a comissão técnica assume o risco. Afinal, a torcida está preocupada mesmo é com o cheirinho do hepta.
Fonte: O Dia