Maracanã reabre entre confusão e festa: veja o que deu certo e errado

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Depois de 168 dias, desde as finais do Campeonato Carioca, o Maracanã reabriu na tarde do último domingo após o período em que esteve cedido exclusivamente ao Comitê Olímpico. Em campo, um gramado novinho em folha, um jogão de quatro gols e um 2 a 2 entre Flamengo e Corinthians que frustrou muito mais os anfitriões, que brigam pelo título do Brasileirão, do que os visitantes, que ficaram duas vezes à frente do placar. Mas e fora das quatro linhas? O GloboEsporte.com rodou o estádio para saber o que funcionou e o que precisa melhorar.

Joinha (Foto: Editoria de Arte)SEGURANÇA

Foram 280 policiais do Gepe e 206 do 4º Batalhão da Polícia Militar, contingente 15% maior do que foi utilizado na final do Carioca, entre Vasco e Botafogo. Não houve confronto entre as duas torcidas organizadas na chegada do estádio. Horas antes da cena impressionante de corintianos revistados e sem camisa na arquibancada do Maracanã, eles vieram escoltados em 15 ônibus desde Piraí, a aproximadamente 95km do Rio de Janeiro, e fora do estádio foi montado uma área de isolamento em frente ao Portão B que foi respeitada, apesar das provocações de flamenguistas que transitavam no local.

Negativo (Foto: Editoria de Arte)Porém… Se a polícia evitou confrontos com flamenguistas, falhou feio dentro do estádio. Entre provocações e xingamentos dos dois lados, apenas três policiais tentaram conter os corintianos que se aproximaram da separação com os flamenguistas e terminaram agredidos. Segundo o major Silvio Luis, comandante do Grupamento Especial de Policiamento em Estádios (Gepe), o efetivo precisou ser dividido devido a tentativas de invasões nos portões de acesso ao estádio, pois havia muita confusão na entrada e muita gente sem ingresso. Ao todo, 70 torcedores foram detidos e encaminhados para a Cidade da Polícia após a partida. Do lado de fora do Maraca, houve tensão e relatos de furtos – policiais tentaram em vão parar torcedores momentos antes do ônibus do Flamengo chegar ao portão 2. Cambistas também agiram livremente.

Joinha (Foto: Editoria de Arte)ACESSO

A movimentação do lado de fora do estádio foi intensa desde o início da tarde, e as filas eram grandes nas bilheterias, que realizavam apenas as trocas dos ingressos comprados pela internet – os bilhetes já estavam esgotados há quatro dias. Mas apesar do fluxo de 65.743 pessoas, não houve grande demora para entrar no estádio. Improvisadamente, havia dois tipos de acesso. Uma, na base do tumulto, com torcedores se espremendo e entrando rápido. A outra, mais lenta, com filas ordeiras. Mas no geral foram poucas reclamações. Um fato que colaborou para isso foi que os torcedores chegaram cedo e logo se dirigiram a seus lugares.

Negativo (Foto: Editoria de Arte)Teve gente que não conseguiu entrar? Teve. Afinal, o próprio Gepe revelou a presença de ingressos falsificados em diferentes portões de acesso, mas as tentativas de invasão foram coibidas. O pouco número de guias também chamou a atenção negativamente. O Flamengo contratou algumas empresas terceirizadas para comandar a operação nos acessos, elevadores e com seguranças particulares. Na final do Carioca, vários funcionários ficavam no entorno com caixas de som orientando a entrada de cada setor, o que não aconteceu desta vez. A própria entrada da imprensa mudou de portão e deixou muitos repórteres perdidos.

Joinha (Foto: Editoria de Arte)INTERIOR DO ESTÁDIO

Para um jogo com quase 70 mil pessoas, evidentemente que haveria superlotação em bares, banheiros e corredores, mas nada que tenha causado maiores problemas. A circulação de torcedores nos anéis do Maracanã esteve tranquila no intervalo, e os relatos dos bares é de que o atendimento era rápido. Outro fato que ajudou no atendimento ao público foi a presença de carrinhos/isopores como ponto de venda exclusivamente para bebidas.

Negativo (Foto: Editoria de Arte)Em compensação… Não foram vistos ambulantes circulando na arquibancada, o que fez muitos torcedores se dirigirem aos bares. O maior problema ali foi o banheiro ao ar livre. Como as filas dos banheiros estavam grandes, vários homens não tiveram paciência e transformaram o anel do Maracanã em um verdadeiro mictório. Quem circulava por ali no intervalo via enormes poças e poderia imaginar que havia chovido, já que o dia estava nublado. Só que na verdade era urina.

FESTA

Joinha (Foto: Editoria de Arte)A torcida do Flamengo matou a saudade com uma linda festa, com direito a várias músicas e um mosaico em todo o setor Norte que levou a mensagem: “Tua glória é lutar!”. Os rubro-negros empurraram o time em campo, mas saíram frustrados pelo resultado que não aconteceu, aliado à vitória do líder Palmeiras que deixou o sonho do título brasileiro muito distante. Antes do jogo, ao som de Roberto Carlos (“Como é grande o meu amor por você”), casais se beijavam para delírio da torcida no Maracanã.

Negativo (Foto: Editoria de Arte)Mas também houve vacilo. Na comemoração dos jogadores do Corinthians após o gol de Rodriguinho, no final do primeiro tempo, foi atirado um copo da torcida do Flamengo que atingiu o braço de Marquinhos Gabriel. Fato que pode levar o clube ao STJD. Após a partida a assessoria de imprensa do Rubro-Negro comunicou que identificou os dois torcedores e os encaminhou à delegacia. Reveja abaixo.

Fonte: GE

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