Do outro lado! Gegê e Ricardo Fischer reencontram ex-equipes na estreia do NBB

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O Novo Basquete Brasil está de volta! Neste sábado, às 14h (de Brasília), Flamengo e Bauru se enfrentam no ginásio Panela de Pressão, em Bauru (SP), pela estreia da competição. Além de marcar a reedição das últimas duas finais de NBB, o duelo também terá o reencontro de dois jogadores com suas ex-equipes. Gegê Chaia e Ricardo Fischer trocaram de lado e agora vivem a expectativa de encarar os times que deram tantas alegrias a eles nas últimas temporadas.

O carioca Gegê foi formado na base do Tijuca Tênis Clube e chegou à Gávea pela primeira vez em 2010, quando foi campeão da edição de estreia da Liga de Desenvolvimento, torneio sub-22. Após retornar ao Tijuca por um ano, ele voltou ao Fla e começou a escrever uma longa história de conquistas. Quando deixou o Rubro-Negro após o fim do NBB 8, o armador somava 11 títulos, entre eles, quatro NBB, uma Liga das Américas e um Mundial.

O ex-camisa 19, então, resolveu apostar no projeto do Rio Claro, que iria disputar o NBB mais uma vez. No entanto, o clube se viu sem investimentos para a nova temporada e encerrou as atividades no basquete profissional. Com essa notícia, Gegê decidiu fechar com o Bauru.

– Apostei bastante no projeto de Rio Claro. É uma cidade que respira basquete. Infelizmente não deu certo e não foi da maneira que eu imaginava, mas os quatro meses que passei lá posso dizer que fui muito bem recebido e bem tratado. Só posso agradecer tudo que eles fizeram e por terem apostado em mim. Vou levar isso para o resto da vida – afirmou o armador.

– Fiquei muito feliz quando soube da proposta de Bauru, que é uma equipe que vai brigar por título e vem fazendo um grande trabalho nos últimos anos. Espero poder ajudar o time a continuar o trabalho vitorioso e dar conquistas. Pelo pouco tempo que estou aqui, já senti que a cidade gosta muito do esporte. Tenho certeza que a trajetória vai ser muito boa.

Os quatro anos no Bauru deram a Ricardo Fischer o posto do melhor armador do Brasil na atualidade. Não só isso. No período em que atuou pelo clube paulista, o jogador de 25 anos também conquistou uma Liga de Desenvolvimento de Basquete em 2012/13, a Sul-Americana de 2014, a Liga das Américas 2015 e duas vezes o Paulista (2013 e 2014).

Além disso, ele teve a chance de disputar a pré-temporada da NBA, quando conseguiu um histórico triplo-duplo em pleno Madison Square Garden, contra o New York Knicks, e um vice do Mundial contra o Real Madrid.

No entanto, sua despedida da equipe bauruense não foi das melhores. Em partida contra o Flamengo pela Liga das Américas, Fischer sofreu um rompimento no ligamento cruzado anterior do joelho direito e passou seis meses longe das quadras. Nesse tempo, ele assinou com o Fla, voltou a jogar e teve um estiramento na parte posterior da coxa esquerda. Por isso, ainda é dúvida para o confronto de hoje.

– É muito difícil voltar de lesão. Quem se machuca diz que não consegue fazer as coisas e é verdade. Você fica com o psicológico muito afetado durante o jogo, melhora, mas toda hora fica pesando. Essa lesão de agora me atrapalhou, porque era o momento que eu estava crescendo. Todo mundo falou que isso é normal – comentou Fischer, que, se não atuar nesta partida, deve voltar contra Franca, na segunda rodada.

– A comissão técnica montou um cronograma em cima do que estamos buscando, que é Liga das Américas e a reta final do NBB. Começamos tarde a preparação, mas as lesões foram inesperadas. Isso acabou sobrecarregando os jogadores mais experientes. Estamos atropelando as coisas. Mas daqui a pouco o grupo estará todo junto e bem fisicamente.

BATE-BOLA

Qual é o sentimento de estar do outro lado da quadra logo na partida de estreia do NBB?

Gegê: É um sentimento especial, diferente. Passei quatro anos no Flamengo de muita felicidade. O destino quis que eu seguisse em frente e está sendo bom para mim. Acho que nada é por acaso e vou estrear logo contra eles. Estou feliz de estar em Bauru, espero poder ajudar aqui da mesma forma que ajudei no Fla.

Ricardo:Vai ser um pouco estranho, porque ainda é recente e eu fiquei muito tempo lá. Já passei por isso uma vez quando saí de São José. Mas dentro da quadra temos que ganhar, principalmente porque é um adversário direto.

Você viveu grandes coisas no clube anterior, conquistando títulos importantes. Qual é sua melhor lembrança desses anos?

Gegê: Vivi grandes momentos dentro do Flamengo. Foram quatro anos vitoriosos. Definir apenas um é difícil, pois foram muitos. Se eu tiver que dizer um é a final do Mundial, a invasão da torcida na quadra foi algo que mexeu muito comigo. Terei isso na cabeça pro resto da minha vida.

Ricardo: Diria que foram dois grandes momentos. A Liga das Américas, que realmente elevou Bauru para um outro patamar, e a vitória sobre o Real Madrid. Lembro que o time ficou no hotel até seis horas da manhã pensando nisso. Esses dois foram os mais mágicos.

Qual dica você pode dar para os seus companheiros sobre o time do Flamengo ou do Bauru?

Gegê: Não vou saber dar uma dica (risos). Acho que meu forte é ajudar a equipe de Bauru a sair com a vitória. O que não vai faltar é disposição e garra durante todo jogo para sair com a vitória. Acho que isso vale mais do que qualquer dica.

Ricardo: O pessoal aqui já conhece bem o time lá, mas dei uns toques. Falei algumas artimanhas do Bauru para ver se conseguimos sair com a vitória.

Por fim, qual é a sua expectativa para esse confronto de estreia e o NBB 9?

Gegê:Expectativa é a melhor possível. Espero fazer um grande trabalho junto aos meus companheiros aqui no Bauru. Essa temporada promete bastante não só no NBB, mas na Liga das Américas também. Espero me adaptar o mais rápido possível, conseguir o entrosamento, pra que sábado já comece a temporada com a mão direita em uma grande vitória.

Ricardo: Ainda estamos vindo de algumas lesões e não estamos 100%. O grupo não está tendo muito tempo para treinar, então acredito que não estamos em nossa melhor forma. Mas vai ser um grande jogo, chegando lá será cinco contra cinco. Acho que Bauru está em um melhor momento, mas tudo se decide na quadra.

Fonte: Lance

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