Únicos campeões da história do NBB, Brasília e Flamengo protagonizam há quase uma década o principal clássico do basquete nacional. Que terá mais um importante capítulo escrito neste sábado, a partir das 14h (de Brasília). Após quatro anos, os rivais voltam a duelar na ponta da tabela. Líder da temporada, o rubro-negro é perseguido de perto pela equipe da capital federal, que contará com o apoio das arquibancadas do Ginásio Nilson Nelson para tentar vencer o confronto direto e encostar de vez.
Em quadra, a principal esperança candanga é Guilherme Giovannoni, capitão e referência da equipe há quase oito temporadas. Mas o Flamengo também tem seu fiel escudeiro: Marcelinho Machado. Aos 41 anos – quase 10 deles vestindo a camisa do Fla -, o veterano ainda é a principal arma do time nas bolas de três.
Absolutamente identificados com seus times, Marcelinho e Giovannoni são os jogadores que há mais tempo defendem a mesma equipe no NBB. O rubro-negro disputou todas as oito edições do campeonato pelo Flamengo, sendo o responsável por levantar os cinco troféus conquistados pela equipe carioca. Já Guilherme chegou ao Brasília no início da segunda edição do NBB, se tornando peça fundamental na conquista do tricampeonato do time candango.
– A gente já sabe tudo aquilo que acontece, não só dentro de quadra, mas com a organização. Isso é um fator importante para quem fica muito tempo em uma equipe. Você já sabe como pisar e onde pisar em todos os cantos da quadra. É uma vantagem que não se pode desprezar – afirmou Giovannoni.
– Nunca escondo de ninguém, é um orgulho muito grande jogar no Flamengo. Ainda mais por tanto tempo. Hoje em dia sabemos o quanto é difícil um jogador seguir por tanto tempo numa mesma equipe. Acho que isso se deve primeiro a sequência de resultados com a camisa do Flamengo e ao amor que tenho por jogar com essa camisa. Realmente é um prazer muito grande e fico feliz de dar sequência em dez anos – completou Marcelinho.
Perto de completar 42 anos, o camisa 4 do Fla vem mostrando que ainda tem combustível no tanque. Na atual temporada, é jogador do Fla com maior tempo em quadra – média de 32,3 minutos por partida. Marcelinho é ainda o segundo principal pontuador (média de 19 por jogo) e vice-líder de toda a Liga em bolas de três convertidas (média de 3,18 por partida).
Também veterano, Giovannoni segue sendo o principal nome do Brasília, aos 36 anos. Como Marcelinho, é o jogador com mais minutos no time (29,8 por jogo), além de ser o mais eficiente (17,62 de média). O ala-pivô também é segundo maior pontuador do Brasília (13,8), segundo em rebotes (7,3) e líder em aproveitamento da linha de lance livre (95,7%).
Neste sábado, os fiéis escudeiros de Brasília e Flamengo estarão frente a frente pelo NBB pela 16ª vez. Marcelinho leva vantagem mínima no duelo: oito vitórias do rubro-negro contra sete de Giovannoni. Apesar da rivalidade entre as duas equipes, os dois veteranos são velhos amigos dos tempos de seleção brasileira e pregam o respeito entre as equipes.
– O Marcelinho é um exemplo que a gente tem que ter. Com a idade que está, ainda jogando no nível que joga, é só para admirar. Com tudo o que já fez, a história dele na seleção e no Flamengo, é muito legal. Sem dúvidas, um amigo que admiro muito – elogiou Guilherme.
– Jogar com o Guilherme é sempre muito difícil. Ele é um cara muito inteligente e quando veio para o Brasília fortaleceu muito a equipe dele. Começou a conquistar títulos. Sempre que entramos em quadra é um confronto. São dois jogadores vitoriosos, que gostam sempre de ganhar. E lógico, tirando essa questão de quem vai ganhar ou não, é um prazer. Quem gosta de basquete gosta de grandes jogadores – retribuiu Marcelinho.
Além de colocar frente a frente os únicos campeões do NBB, líder e vice-líder da atual temporada e os dois jogadores que há mais tempo vestem a mesma camisa, outro atrativo de Brasília Flamengo é o duelo entre a melhor defesa contra o melhor ataque. Cedendo apenas 75,15 pontos por partida de média, o Brasília vem tendo na marcação a base para a boa campanha, enquanto o Fla tem como carro-chefe a força ofensiva, com média de 90,2 pontos por jogo.
O duelo também é fundamental para a briga pela liderança. Desde 2013, quando terminaram a fase de classificação em primeiro e segundo, respectivamente, Flamengo e Brasília não se enfrentavam ocupando o topo da tabela. Com apenas uma derrota em 12 jogos, o Rubro-Negro lidera o campeonato, com o Brasília na cola: 10 vitórias em 13 partidas.
Prováveis escalações:
Brasília: Fúlvio, Deryk Ramos, Pilar, Guilherme Giovannoni e Lucas Mariano
Flamengo: Olivinha, JP, Marcelinho, Marquinhos e Rámon
Fonte: Globo Esporte