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André Rocha: “Fla é 100% em resultado, mas não evoluiu o desempenho em jogos grandes”

Os três primeiros jogos oficiais contra equipes de menor expressão no Carioca deixaram a impressão de que o objetivo maior de Zé Ricardo na temporada começava a ser alcançado: tornar o Flamengo mais criativo, imprevisível.

Por isso a escalação de Mancuello como ponta articulador para tornar o 4-2-3-1 mais móvel e criar espaços dentro de uma ideia de propor o jogo, ocupando o campo de ataque com posse de bola.

Foram 11 gols marcados e um sofrido em três partidas. Protagonismo, trocas de passes, mobilidade, pressão na saída de bola dos adversários. Mancuello saindo da ponta e Pará, Arão, Diego e até Guerrero aparecendo pela direita. Um repertório mais amplo.

Mas bastou enfrentar dois times grandes, com elencos mais qualificados e com postura defensiva por conta do contexto para o time rubro-negro repetir um equívoco dos momentos mais complicados do Brasileiro de 2016: a insistência em tocar a bola até abrir o jogo e levantar na área.

Foram 25 cruzamentos diante do Grêmio nos 2 a 0 pela estreia na Primeira Liga no Mane Garrincha e mais 31 nos 2 a 1 sobre o Botafogo no Engenhão que garantiram classificação para as semifinais da Taça Guanabara e os 100% de aproveitamento na temporada.

Mesmo considerando que é um reinício de trabalho com pouco mais de um mês e jogos seguidos, sem muito tempo para treinamentos, não deixa de ser algo a ser observado e corrigido. Principalmente porque sem espaços e diante de oponentes mais atentos e bem posicionados, Mancuello apareceu pouco.

Porque o time, na dificuldade, ainda procura o flanco para efetuar o cruzamento. Usando pouco as diagonais, as tabelas no centro. Sem ideias. Toca, toca, toca e joga na área. Neste cenário, a função de Mancuello perde o sentido e a equipe uma peça para as combinações com Pará e Arão.

Não por acaso, o argentino deu lugar a Berrío no segundo tempo das duas partidas e Everton seguiu em campo. Confortável com a proposta antiga, o ponta velocista foi destaque com dois gols e boas jogadas.

Diego segue com liderança, inteligência, presença de área e bons passes. Mas o toque de primeira para fazer o jogo fluir, furar as linhas de marcação e acionar o companheiro que se desloca em situação mais confortável não acontece. Na proposta de Zé Ricardo é fundamental para criar a brecha na retaguarda postada. Missão para o meia criativo.

Há também falhas defensivas de quem joga com a última linha adiantada e não consegue ter intensidade para manter a pressão sobre o adversário com a bola em boa parte do tempo. Contra o Bota, erros de posicionamento em cruzamentos que ocasionaram duas finalizações no travessão de Leandrinho poderiam custar o empate com os reservas do rival que só pensa em Libertadores.

As cinco vitórias transmitem confiança e tranqüilidade para o trabalho seguir. Mas a seqüência precisa de evolução. Nos dois jogos maiores até aqui o Flamengo que se viu foi o estagnado, que sofreu e, na reta final, deixou de disputar o título nacional do ano passado. O que Zé Ricardo não quer ver em 2017.

Fonte: André Rocha | UOL

Coluna do Flamengo

Ver comentários

  • O problema e tatico, o esquema do 4-2-3-1 com pontas marcadores não consegue furar o bloqueio de esquemas como o 4-4-2 com 3 cabeças de area ou o 4-5-1, isso vem desde o ano passado. A razão é que os pontas recuam muito para ajudar os laterais e acabam jogando num posicionamento onde sempre teremos o Guerrero isolado na frente, e os pontas tendo que vencer 3 a 4 adversarios. O esquema precisa ser adaptado, se mudar para um 4-4-2 com homens de area vai jogar muito melhor contra os times que jogam fechados e no contra-ataque. Esse é a maior critica ao Zé, ele só joga em um esquema tático e isso tem atrapalhado muito a forma de encara os times que jogam atras.

  • mas que saco estes comentaristas,que eles querem que o flamengo
    de goleada sempre?tem que ver que do outro lado tem 11 jogadores

    também,se ganha de um time pequeno é porque é pequeno se ganha
    de um grande não evoluiu assim não da

    • O placar nao foi o problema, mas sim a atuaçao, ele só disse a verdade

  • A verdade é que o time não jogou bem e foi mostrado os mesmos problemas e vícios do ano passado. O esquema já está manjado e fácil de ser anulado. Continuam as jogadas áreas, aquela correria pelas pontas e um meio campo sem criação de jogadas.

  • Temos um elenco muito forte e variado pra ficar só nisso ai. O time continua sem ambição de ampliar mais o marcador quando está na frente. Sinceramente eu não gostei.Aguardemos os próximos jogos.

  • No caso dos classicos regionais, acho que o problema eh psicologico. Ontem o time do foguinho tava calmissimo, enquanto o nosso, mesmo ganhando, tava pilhado, nervoso. A mesma coisa nos jogos contra o vice. Precisa ter mais calma.

  • Isso se deve bastante as limitaçoes técnicas do elenco, que nao é essa máquina que alguns pensam, mas o Zé Ricardo precisa achar um jeito de fazer esse time jogar bola. Mancuello nao jogou nada nesses jogos, e ele é o cara que mas faz o time jogar com a bola no chão, eu nunca confiei nele fazendo essa funçao. Também nao aconteceu a mágica que alguns imaginavam de tirar o MA e de repente a saída de bola acontecer naturalmente. Pará errando passes, até o Trauco tem errado bastante, e quando o time chega no ataque nao tem um jogador sequer que possa driblar no mano a mano e criar numa jogada individual, além de como o André Rocha disse, nao saem tabelas e diagonais. O Paquetá deveria ter umas chances agora nessa funçao do Mancu, tem um pouco mais de agilidade, apesar de nao ter ido bem no mundial sub-20, e os volantes precisam se oferecer mais pra receber a bola. SRN

  • *Corrigindo, Mancuello saiu no jogo contra o botinha por contusão no ombro. E vinha bem na partida. Realmente noto o time meio desarrumado mas acredito que seja pelas mudanças de postura e no esquema. Diego está jogando mais nos lados, Arão acho que recuou muito, poderia jogar mais no meio e se juntando a guerreio, vindo de trás para finalizar. Realmente falta mais profundidade e Mancuello rende por dentro, acho a ideia boa do Zé Ricardo em usar o Argentino na direita, mas vido para o meio e recompondo. O lado Esquerdo tem que ter uma maior cobertura, pois Everton e Trauco não são muito de marcar e dão espaço, como vi no jogo contra o botinha. Outro ponto que tem que ser revisto é o Vaz, acho que Donatti tem que ser usado. Zé terá oportunidade de fazer mudanças e testar Donatti, Cuellar e Ronaldo , por exemplo (poupando o Rômulo), mas ai lá vem o Zé com Gabriel e MA ao invés disso...ai ninguém Aguenta. O jogo é contra o Madura, que vai dar trabalho e testar o time. Isso é bom, pois vitórias fáceis contra times menores , são ilusórias. Pés no chão e trabalho duro.

    • Ontem o Mancuello fez um jogo apagado. Tirando duas jogadas em que conseguiu sair bem da marcação, ficou preso ao lado esquerdo e pouco apareceu. Até comentaram aqui que faltou ao time a movimentação dos primeiros jogos, com trocas constantes de posição. Talvez pela sequência de partidas quarta e domingo desde o começo, o que aliás só acontece no Brasil. As equipes ainda estão buscando a melhor forma e já precisam encarar uma sequência de jogos e viagens. Até por isso concordo em testar os jogadores que você citou e vamos ter duas boas oportunidades de rodar o elenco contra América-MG e Madureira. Espero ver o Renê em campo, pois por melhor que seja o Trauco acho que ele ainda vai precisar de um período de adaptação na parte defensiva. De repente pode ser uma boa revezar os dois dependendo das características do adversário. SRN

      • concordo mais particularmente eu acho o Trauco mais meia do que lateral ele gosta de partir pra dentro dos adversários

  • Flamengo ganhando e a pequena oportunidade aparecem os cornetas, o poderoso time do Palmeiras perdeu para um time de série D, deixa o time trabalhar, inicio de temporada ainda. Confio no time e no técnico mesmo não concordando muito com ele as vezes. SRN.

    • Não é corneta, é cobrança. O time não jogou bem contra o time reserva do foguinho. Tem muita coisa pra acertar por isso temos que cobrar, não só cobrar mas também apoiar. Se o time jogar a Liberta igual jogou ontem vai dar vexame.

  • Nos testes mais difíceis até o momento(que são fáceis comparados aos adversários da Libertadores) apresentamos os mesmos erros do ano passado, falta um zagueiro melhor no lugar do Vaz e um técnico com variações táticas.

  • A verdade é que pode contratar os melhores jogadores que tem, e não vai adiantar nada, o Zé não vai abrir mão desse esquema tático e nem dos seus jogadores preferidos,sempre vais ser a mesma substituição, sempre a mesma coisa, ele levou um baile do treinador do foguinho com o time reserva, e outra sabe o que falta no flamengo um jogador de pulso firme,ontem aquele jogador do foguinho foi de maldade no Mancu ele já tinha tocado a bola igual o Fagner foi no Ederson, E vc não ver atitude nenhuma, todos apáticos dentro do campo.assim não dá.

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