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GE: “Com jogos do Fla na mira, governo do DF critica fim do mando fora do estado”

A decisão dos clubes da Série A de proibir os times de mandarem jogos do Campeonato Brasileiro fora de seus estados de origem desagradou o Governo do Distrito Federal (GDF). Secretário de Esporte, Turismo e Lazer da capital federal e responsável pela gestão do estádio Mané Garrincha, Jaime Recena criticou bastante a medida, que prejudica a agenda de eventos da arena candanga. Segundo ele, já havia negociação avançada com o Flamengo para a realização de três a quatro jogos do Rubro-Negro em Brasília pelo Brasileirão.

– É uma decisão muito ruim. E na minha opinião, equivocada. Fere principalmente o torcedor. Fere principalmente o torcedor. Não prejudica somente os estados que não vão mais poder receber jogos. Mas prejudica o torcedor daquele estado, que vão ter cerceado o direito de ver seu clube na sua casa… O Flamengo estava encaminhado para alguns jogos do Campeonato Brasileiro em Brasília, já tínhamos até fechado esse compromisso. Com essa decisão, vamos renegociar tudo – disse Recena.

Entre os 20 times da Série A, 14 foram favoráveis ao fim dos mandos fora do estado de origem. O Flamengo foi um dos seis contrários. Brasília era uma das cidades mais beneficiadas por jogos do Brasileirão. Em 2016, foram sete partidas na capital federal, com mandos de Flamengo (4), Fluminense (2) e Botafogo (1).

Para o secretário de Esporte do DF, os jogos fora do estado de origem são uma estratégia importante de fortalecimento das marcas dos grandes clubes país afora.

– Se o Flamengo quer mandar o jogo fora do Rio de Janeiro, qual o problema nisso? O Flamengo tem torcedores em outros estados. Todos os times da primeira divisão têm torcedores em outros estados. Se alguns clubes tem como fortalecimento de suas marcas os jogos fora, porque cercear isso ao torcedor?

A principal alegação dos clubes que votaram para a proibição do fora do estado de origem foi a venda de partidas por alguns times, o que poderia caracterizar inversão de mando. O secretário Jaime Recena concordou que medidas fossem tomadas para evitar esse problema, mas sem uma proibição total.

– Se tem clubes que enxergam dessa forma, por que não fazer uma liberação com regras? Foi oito ou 80. Por que não discutir uma medida alternativa? Dizer, por exemplo, que cada clube tem direito a “x” jogos, ou que não pode mandar fora na reta final (regra aplicada nas cinco rodadas finais do Brasileirão de 2016).

O representante do Governo do DF entrou em contato com a CBF para tentar discutir a proibição aprovada nesta segunda-feira. Porém, a resposta que obteve não foi animadora.

– Ficaram de olhar no estatuto, para ver o que seria possível fazer. Mas disseram que é uma decisão difícil de ser revertida. Foi uma votação e a maioria dos clubes optou por não autorizar.

Libertadores entre as possibilidades

O secretário Jaime Recena fez questão de ressaltar que a proibição de receber jogos do Brasileirão não acaba com as possibilidades para o Mané Garrincha. Os clubes de fora da capital federal ainda podem levar jogos de outras competições para o DF. Este ano, o Flamengo já jogou duas vezes na cidade pela Primeira Liga e nem jogos da Libertadores estão descartados.

– A gente perde uma possibilidade, que é o Campeonato Brasileiro. Mas ainda existem outros campeonatos que não têm proibição ainda, como a Copa do Brasil, a Libertadores, a Copa Sul-Americana. Com o Flamengo, vamos ter que renegociar tudo. Conversamos sobre essas possibilidades. Tem outros campeonatos, talvez Libertadores. É muito difícil, uma coisa para se discutir mais para a frente, mas não descartada – afirmou.

Além dos jogos de outros campeonatos, o secretário lembrou ainda que o estádio não depende apenas de partidas de times de fora do Distrito Federal. Jaime Recena destacou que a arena recebeu um total de 68 eventos em 2016 entre jogos de futebol, shows e atividades culturais, e alcançou uma arrecadação para os cofres públicos de R$ 1.709.270,54.

– Nosso modelo não está montado apenas em cima dos jogos de futebol. Temos uma série de outras iniciativas realizadas no estádio para torná-lo uma coisa viva, que as pessoas frequentem. Temos mais eventos culturais que jogos. Praticamente toda semana temos algo no estádio, tem programação de visitas guiadas e pré-agendadas de escolas, de organizações internacionais, embaixadas – justificou.

Construído para a Copa do Mundo de 2014, o Mané Garrincha foi um dos estádios que recebeu mais críticas por conta do alto custo – mais caro do Mundial, estimado em mais de R$ 1,8 bilhão -, e da capacidade para mais de 70 mil pessoas, completamente fora da realidade do futebol do Distrito Federal, que não tem times nas Séries A, B ou C do Brasileirão.

Coluna do Fla

Ver comentários

  • Decisão ridícula, não se pode limitar a autonomia dos Clubes de decidirem o que é melhor para si! Decisão que não só interfere na arrecadação de clubes menores que muitas precisam vender seus jogos para manter suas equipes, como tenderá a tornar cada vez mais obsoletos Estádios que já são pouco usados, como a Arena da Amazônia por exemplo.

    Isso deve ter sido iniciativa de Vasco, Botafogo, Galinhas Mineiras e Palmeiras, times que não possuem a capacidade de lotar estádio fora da sua casinha!

  • Nesse caso n pode vender o mando né isso?, Mas no caso o flamengo queira ir para lá e organizar tudo, tb se aplica esse artigo?

  • Quando se pensa que não podem piorar a situação do futebol, acham um jeito. Gente burra com atitude burra. *Lembrando no caso do DF, que o Mané Garrincha fica entregue às moscas, o gramado deteriorado, o Estádio mal cuidado (dinheiro público jogado fora), nem futebol tem lá com raríssimas exceções. Se é uma casa de shows, não pode ser estádio de futebol...claro que isso (proibir a venda do mando), vai prejudicar esses estádios caros e que não se mantém sozinhos (Elefantes Brancos) como Na Amazônia, Maracanã, Brasília...vivendo de shows...legal né. Claro que no RJ os três patetas apoiaram a medida. Clubismo, cada um pensando em si como sempre e prejudicando o Fla, pois não suportam o fato do flamengo ser um Gigante e eles se apequenarem.
    *Quem tem o mando é quem decide aonde quer jogar, isso é um direito natural, agora querer obrigar no caso do Flamengo a jogar no RJ, imaginem o por quê? Maracanã. Para jogos maiores teremos que nos sujeitar ao Maracanã ou o Engenhão...que patifaria gente...agora mais do que nunca o Fla terá que ter o seu estádio mesmo, ou vai ter que se sujeitar a jogar no Maracanã, principalmente no Brasileirão, CDB e jogos da liberta...mesmo tendo a ilha, se passar de fase nas semi e finais, vai ter que ir para um Estádio de maior capacidade. E no Brasileirão, não dá para mandar todos os jogos para lá, vai perder muita receita. Não duvido de mais nada...

    • P o Fla ter seu estádio nossa torcida ter que ser um pouquinho mais inteligente na hora de vender seus votos para corruptos e que torcem p outros times. Na última eleição podíamos melhorar isso, mas cadê a educação, preocupação em se informar melhor do povo?

    • é só para campeonato brasileiro a decisao... tem sentido até certo ponto. Evita que ocorra coisas do tipo q ocorreu com o América mineiro (que até beneficiou a gente) que vendeu mando de campo contra a gente e não contra o santos... mas acho um absurdo!

    • Simples de resolver, time que vender seu mando de campo, só poderá disponibilizar 10% ou ate 15% dos ingressos para o time adversário.
      O problema do brasileiro e ter espirito de porco pensar no próprio umbigo, estão na contramão de divulgação de suas marcas, mas isso não e atoa.

  • E dá-lhe gol da Alemanha.
    Esses caras ao invés de se modernizarem e conseguirem arrecadar mais para saírem dessa lama em que estão metidos sem ao menos conseguir pagar os salários de seus atletas em dia, preferem regredir e inventar essas "bisonhices" só para prejudicar quem está conseguindo fazer o que eles também deveriam.
    Não atoa o público tem perdido o interesse pelo futebol, em uma pesquisa recente foi consta que os que não torcem para nenhum clube já sao maiores que a Nação.
    SRN

  • Uma vergonha...
    Os mandantes não podem escolher onde jogar..
    Que é isso.

    Isso precisa ser revisto CBF.
    Aonde está a liberdade das empresas futebolistas para poderem explorar comercialmente seu jogos???

    Que absurdo!

    • Se vc observar bem o governo do Rj está fazendo a mesma coisa com o carioca. As vezes me sinto como um judeu(apesar de não ser) vivendo em um regime nazista no RJ. Os caras pegaram os salários dos aposentados na mão grande e esse temer não consertou essa injustiça. Ainda bem que tenho dupla nacionalidade(Espanhola tb). To juntando p cair fora dessa terra em que o povo faz represálias ridículas p recuperar o que lhe é de direito. Pelo menos lá sei que vou estar acordando sabendo que não estão surrupiando minha grana dia após dia. SRN

  • Pra quem ainda não entendeu, a CBF não tem a vê com essa nova regra, não abertamente, isso saiu dos próprios clubes, vendo o enorme crescimento do Flamengo, vendo futuramente a renda com sócios que só o fla conseguiria conquistar em todo o Brasil, impuseram essa medida desesperada. O Fla é o prego em destaque, tem que segurar firme, principalmente com apoio da torcida.

    • Foi isso mesmo, mas o Flamengo pode pedir que um torcedor entre na justiça para quebrar a regra com base no estatuto do torcedor, assim isso cairia antes do Brasileirão começar. Se ficar esperando até começar vai gerar prejuizo com certeza, pois o clube precisa mesmo jogar no DF, Cuiaba, Natal, Ceara, Manaus para ter contato com a Nação pelo pais...

  • Cade a lista dos times que votaram a favor dessa besteira?? Alô Coluna..

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