Projeto de união de clubes em 2016, a Primeira Liga enfrenta ataques de seus próprios clubes filiados e o esvaziamento por times reservas. Isso ocorre justamente no ano que os ganhos com televisão quintuplicaram com um contrato com a Globo, e os públicos se mantém em alta. O aperto do calendário é a principal explicação para a contradição entre as duas realidades na explicação da cúpula da liga.
A Chapecoense chegou a ter um jogo em dois dias seguidas contando o Catarinense, e a liga. O técnico do Fluminense, Abel Braga, alegou que não entendia a Primeira Liga. O Grêmio chegou a mandar um time que nem contada com o comando do técnico Renado Gaúcho para enfrentar o Flamengo.
”Botar time reserva ou dar declarações é uma coisa de cada clube que não cabe a mima falar. Mas qualquer dinheiro dpara a liga é para os clubes. Não temos uma estritura pesada. Todo mundo acaba prejudicado com essas situações”, contou o executivo da liga, José Rodrigo Sabino.
A explicação da primeira liga é de que o calendário muito mexido do futebol brasileiro acabou resultado em uma primeira fase com jogos apertados em poucos espaços. Isso gerou a escalação de reservas, e as reclamações.
”É difícil isolar a liga do futebol brasileiro. O calendário ficou muito apertado. Tivemos as mudanças das competições sul-americanas, um Estadual com 20 datas como o Catatienense, a tragédia da Chapecoense que impactou o calendário. Não é para justificar, mas é a realidade”, afirmou o executivo da Liga, José Rodrigo Sabino.
Ao mesmo tempo, a Primeira Liga tornou-se um campeonato mais rico do que no ano passado. O valor do contrato de televisão saltou de R$ 5 milhões para R$ 23 milhões. Houve venda de placas superior ao ano passado. A Globo aposta no torneio e tem tido boas audiência tanto que incluiu o campeonato no pay-per-view.
Em relação ao público, a primeira rodada acabou com uma média em torno de 12 mil pessoas, com o clássico entre Atlético-MG e Cruzeiro como melhor público da temporada. O Flamengo também teve público acima de 20 mil no Mané Garrincha. Mas, ao mesmo tempo, a rodada desconjuntada deixar um time com apenas um jogo enquanto um outro fará o terceiro.
A cúpula da liga espera que, com os mata-matas, a competição engrene e saia do aperto do calendário. Os obstáculos, no entanto, ainda são bem grandes. Ainda mais se pensarmos que para a temporada de 2018 haverá uma Copa do Mundo, o que tornará o calendário ainda mais apertado.
Ao mesmo tempo, os prêmios para o campeão chegam a R$ 2,5 milhões, somado a cota fixa da maioria dos gandes isso pode lhes dar R$ 4 milhões no total. Mais do que Estaduais como o Catarinense e Paranaense, menos do que os do Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Rio de Janeiro. É com isso que a Primeira Liga conta para perdurar nos próximos anos, já que o plano de enfrentar a CBF e realizar um Nacional, pelo menos no momento, está bem distante.
Fonte: Rodrigo Mattos | UOL
Falo sobre isso na coluna hoje.
Revise os erros de português.
Infelizmente os clubes sulamericanos querem saber apenas de dinheiro fácil, não de se organizarem e trabalharem para capitalizar seu produto (o futebol). Claro que não é fácil enfrentar uma CBF e uma Conmebol, somente juntos terão forças. Aí temos hoje uma reformulada Libertadores que continua com atos extra campo ridículos.
Façamos como Jack, vamos por partes…
1) Se a primeira liga se firmar, quais serão os maiores derrotados? R. Em primeiro lugar, todos os presidentes de Federações, cujo poder depende das negociações dos contratos de TV. Se a TV resolver não bancar mais os Estaduais, porque tem um produto (primeira liga) melhor, como as Federações manterão seu poder? Lógico, que os presidentes de Federações tem todo o incentivo em sabotar a liga, marcando rodadas para conflitar com as rodadas da liga.
2) O segundo maior interessado em destruir a liga é a CBF. Uma vez destruídas as Federações, quem será a bola da vez, correndo inclusive o risco de perder a organização do brasileiro?
3) Técnicos, na melhor das hipóteses, são inocentes úteis… Abel, por que no te callas?