Zé Ricardo 1×0 Zé Corneta

Zé está começando a acabar com oque nos tirou o título que na minha visão estava fácil em 2016, Sério que os “cornetas” que estavam errados?então Pq o MA não é mais titular?Pq o Gabriel começou o ano no banco?Pq o Cirino não é mais nem lembrado? Pq o Guerrero não fica mais isolado no ataque?Pq o Mancu está tendo a sequência que merece?…Eu critiquei acho até que muito ano passado ele,mas nunca viram eu o criticar pela roupa que estava vestindo,ou pelo seu corte de cabelo,ou pelo jeito que ele anda,critiquei oque hj ele tbm viu que tinha erros,ele e um cara de qualidade sempre falei isto, o problema é que é cabeça fechada em alguns momentos e dar preferência a “gente boisse” da pessoa do que a qualidade.

Engraçado…

O articulista titula a matéria com o virtual placar “Zé Ricardo 1 X 0 Zé Corneta” e sua argumentação me induz à conclusão de que o mais correto seria intitulá-la “Zé Corneta 10 X 0 Zé Ricardo”. Senão, vejamos.

As principais modificações verificadas na equipe que estreou no carioqueta, em comparação com aquela que terminou o último brasileirão, foram:

1) a substituição do Jorge pelo Trauco, forçada pelas circunstâncias e de menor impacto na melhora de performance da equipe;

2) a substituição do MA pelo Rômulo, que, embora alguns argumentem ter aumentado a fragilidade defensiva do time, o qual teria perdido no atributo marcação do adversário, sem dúvida potencializou a sua capacidade ofensiva, pela maior velocidade e superior qualidade do passe na transição da defesa para o ataque;

3) finalmente, a escalação, na equipe titular, do Mancuello, em substituição à dupla Gabriel/Cirino, cumprindo uma função tática diversa e muito mais eficaz que aquelas desempenhadas pelos dois atletas que até então o preteriam, por questão de critérios subjetivos de preferência do técnico, o que permitiu ao Diego, mais aliviado na tarefa de criação das jogadas, para a qual o Mancuello também tem vocação e qualidade técnica, pode enfim, por sua própria iniciativa e inteligência tática, dar termo ao isolamento do Guerrero, na luta inglória e desgastante que anteriormente travava contra os volantes e zagueiros de área dos times oponentes, ocupando espaços mais próximos ao gol adversário e ampliando, juntamente com o próprio Mancuello, o poder de finalização da equipe, antes praticamente restrito ao nosso bravo centroavante.

Vale ressaltar que a escalação do Rômulo praticamente se impôs pelo histórico de desempenho do jogador, que conferiu o necessário respaldo à sua contratação, não restando ao técnico qualquer argumento razoável para a sua barração, sem oportunidade de mostrar sua atual condição de jogo. Foi o suficiente para que ele pudesse demonstrar, mesmo que ainda lhe falte algum condicionamento físico e ritmo de jogo, o quanto o seu futebol é superior ao apresentado pelo até então titular da vaga, pelo menos na minha opinião.

No que diz respeito ao aproveitamento do Mancuello, atuando em posição mais avançada, pela faixa direita do campo, ele se explica pelo justificado inconformismo do referido jogador com a irredutível insistência do técnico em forçar a atuação da equipe segundo um modelo tático que considera o melhor, mesmo não dispondo de atletas que possuam as características mais adequadas para o desempenho das funções táticas exigidas pelo referido modelo, e ainda que, para isso, deixe de utilizar jogadores mais bem dotados tecnicamente, optando pela escalação de outros menos talentosos, porém mais adaptáveis ao seu esquema ideal.

Uma vez mais, a bem da verdade, é preciso que se diga que o aproveitamento do Mancuello não resultou de uma decisão peremptória do técnico, e sim de uma atitude cooperativa do próprio jogador, que teve a iniciativa de procurar o treinador e com ele conversar sobre a sua confiança em conseguir adaptar-se àquela posição e poder desenvolver seu bom futebol em prol de um melhor rendimento da equipe.

Assim, continuo convicto de que o Zé Ricardo, menos que um bom entendedor de futebol, é um sujeito de muita sorte, e torço para que a sua estrela continue, cada vez mais, brilhando. SRN!

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