Extra: “Corvo e urubu, mascotes de Fla e San Lorenzo, chamam a atenção pela característica em comum”

Compartilhe com os amigos

Flamengo e San Lorenzo, adversários de hoje da Libertadores, têm coisas em comum. Seus mascotes, aves de cor escura, se destacam por características peculiares: são carniceiros, ou seja, se alimentam de animais mortos. É o que afirma o professor Marcos Raposo, professor adjunto da UFRJ e um dos curadores de aves do Museu Nacional.

— O corvo (do San Lorenzo) é um pássaro, enquanto o urubu (do Fla) é um parente dos gaviões. São de famílias diferentes, mas têm a alimentação carniceira em comum. O corvo ainda pode ter uma alimentação mais variada, mas com o urubu é só carniça mesmo.

Corvo, mascote do San Lorenzo

Seria improvável, no mundo animal, que um urubu e um corvo se enfrentassem por um alimento. Ainda mais porque não vivem nas mesmas regiões: os corvos não estão presentes na América do Sul, ou seja, não há existem na Argentina. O apelido veio porque, na terra dos hermanos, os sacerdotes são chamados de corvos devido à roupa escura que utilizam. Como o San Lorenzo ganhou o nome em homenagem a um sacerdote, o apelido pegou.

Mesmo assim, Raposo arriscou um palpite num hipotético embate entre as aves:

— Acho que o corvo sairia em vantagem. Ele tem uma natureza um pouco mais agressiva. Ainda que o urubu seja um pouco maior, o corvo é mais ágil e mais inteligente.

A fé no santo de cada equipe

Um foi apóstolo, e o outro um dos sete primeiros diáconos. São Lourenço e São Judas Tadeu, os santos associados com os dois times, deram a vida pela causa santa em que acreditavam.

São Judas Tadeu, o mais antigo, era primo de sangue de Jesus Cristo. Frequentemente confundido com seu xará que traiu Jesus (Judas Iscariotes), o padroeiro do Flamengo foi assassinado porque converteu muitos pagões na Pérsia, enfurecendo os sacerdotes locais. A morte foi a golpes de machado — que hoje é o seu símbolo.

Também é o caso de São Lourenço, santo associado com a equipe argentina — este tem como símbolo a grelha, usada em sua morte. Por ser quem administrava os bens da igreja, recebeu um pedido de Valeriano, imperador romano, para que entregasse toda a riqueza que ela possuía. Quando recusou, ele e o Papa, Sisto II, foram assassinados. Sisto foi decapitado e Lourenço, carbonizado cruelmente.

Reza a lenda que, para provocar seus assassinos ao ser queimado na grelha, ele indicou, valente, que um de seus lados ainda estava inteiro.

Fonte: Extra

Compartilhe com os amigos

Veja também