Marcus Alves: “Por que o seu clube pode faturar muito mais com receita de TV”

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Dona dos direitos de transmissão, a Rede Globo investe mais de R$ 1,5 bilhão na Série A do Brasileiro.

A maior parte dessa cifra ainda está concentrada na TV aberta. A briga entre a Globo e a sua concorrente Esporte Interativo alavancou os valores na fechada e o próximo horizonte será o pay-per-view, que gera crítica de parte dos cartolas por causa dos critérios estabelecidos para o seu rateio e também da fatia que fica com a emissora carioca: 62% contra apenas 38% dos clubes.

Outros itens passam praticamente despercebidos nos contratos televisivos.

Em iniciativa ainda sem precedente no futebol brasileiro, o clássico Atletiba transmitido no Youtube chamou a atenção no começo do mês para a comercialização dos direitos de transmissão também na internet.

O percentual pago pela Globo na plataforma não corresponde nem a 5% do total arrecadado pelos times nos acordos.

A mesma situação se repete com a negociação do campeonato no exterior e também na telefonia móvel.

O ESPN.com.br teve acesso a tabela que destrincha cada item do contrato (veja abaixo).

O exemplo, no caso, mostra os números do Coritiba em 2015. As cifras mudaram a partir da entrada em vigência de novo acordo com duração entre 2016 e 2018, porém, somente serão apresentados em seu portal de transparência após envio a seus conselheiros para votação de prestação de contas.

Em linhas gerais, o total saltou de R$ 35 milhões para mais de R$ 50 milhões.

De qualquer forma, eles ilustram a divisão dos valores.

Uma das maiores reclamações dos clubes gira ao redor da penetração reduzida da Série A no exterior. Diversas medidas foram tomadas, caso da mudança do nome do campeonato fora do país de Brasileirão para Brazilian League por causa da dificuldade na pronúncia da primeira.

Ainda assim, o Coxa recebeu apenas R$ 816 mil com a sua venda em 2015.

Uma comissão de clubes foi montada neste ano para mudar esse panorama. Flamengo, Santos, Atlético-PR e Palmeiras fazem parte dela.

A briga entre Globo e Esporte Interativo também estimulou outras novidades, como a possibilidade de parte dos clubes usarem o replay de seus lances na internet e também de negociarem por conta própria a venda das placas de publicidade estáticas. Elas entrarão em vigor a partir de 2019.

Com um movimento cada vez maior de recuo na TV aberta, deve demorar um pouco para que esses produtos despertem a atenção dos clubes após comprometerem a maior deles até 2024.

Fonte: Marcus Alves | ESPN

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  • Já que a ESPN gosta tanto de falar de verba de TV, e já que seus comentaristas vivem cobrando os clubes a brigarem com a CBF, por que ela não meteu a mão no bolso e comprou os direitos da primeira liga? Se ela tivesse comprado a transmissão da primeira liga, que é uma competição cheia de vários dos principais clubes do Brasil, e pago um valor decente, os clubes poderiam ter deixado de lado os estaduais e peitado as federações, o que seria o passo mais importante para enfrentar a CBF.
    A ESPN fala, cobra, posa de rebelde, mas na hora de ajudar os clubes de verdade se tornando parceira deles, ela refuga.

    • Não precisava nem comprar os direitos sozinha… podia fazer parceria com algum canal aberto. Na época de negociação fica falando que não tem chance porque os clubes não deixam, mais tá ai o Esporte Interativo pra provar o contrario. Nem na Libertadores a ESPN teve coragem de investir, teve que um canal de desenho e series bater de frente com o Sportv

      • Verdade, as melhores parcerias comerciais são casamentos de emissoras de canais fechados com canais abertos

  • Globo e PFC internacional sao uma merda! Nao vejo a hora de o Fla passar a transmitir os jogos pela internet.

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