O futebol nacional passou as últimas semanas repetindo, baseado nas estatísticas do Brasileiro, que o melhor caminho para vencer é não ter a posse de bola. Mas um técnico colombiano ensina que é possível sim ter um aproveitamento espetacular e ter uma defesa sólida com a essência da modalidade: a bola.
Já são quatro jogos do Flamengo sob o comando de Reinaldo Rueda, com três vitórias, um empate e nenhum gol sofrido. E os números do TruMedia, a ferramenta de estatísticas da ESPN, são um tapa na cara de quem acha que a melhor estratégia hoje é entregar a bola para o adversário.
Com o colombiano, o Flamengo tem média de 56,6% de posse de bola, quase três pontos percentuais a mais do que nos tempos de Zé Ricardo. Em todos as partidas com ele o clube carioca ficou mais tempo com a bola: variando dos 52,2% da vitória deste domingo sobre o Atlético-PR até os 59% no triunfo sobre o Atlético-GO.
Veja mais:
- André Rocha: “Flamengo com Rueda: sem “mágica”, só o impacto da mudança. Por enquanto”
- Flamengo chega a quatro jogos sem sofrer gols
- O Exterminador de Mitos
- Fora da Copa do Brasil, Rhodolfo e Diego Alves pedem para ir pra BH
O número de troca de passes aumentou de 498 para 527 com Rueda. E nunca a quantidade de passes longos (quase sempre chutões) passou dos 15% do total.
E algumas coisas óbvias quando um time fica com a bola acontecem no Flamengo sob o comando do ex-treinador do Nacional de Medellín. A média de faltas cometidas caiu dos 15,6 por jogo com Zé Ricardo para 13,5 com o colombiano.
A queda no número de finalizações dos rivais também caiu de forma considerável. Com Zé Ricardo, o Flamengo sofria, em méda, 11,1 finalizações por partida, Com Rueda, são apenas 9.
As ricardetes estão tão caladas ultimamente…