Super-Raio X: “Flamengo entra para a lista e cariocas somam mais da metade dos prejuízos do Brasileirão”

Compartilhe com os amigos

A partida entre Flamengo e Atlético-GO no último sábado, registrou um dos dez piores públicos do Fla nos últimos anos no Brasileirão, mas não foi só. Essa baixa procura pelo jogo na Ilha do Urubu causou um prejuízo de mais de R$ 100 mil para o clube, que era o único carioca a não ter renda negativa nesta edição do Campeonato Brasileiro.

Esse fato só reforça um problema corriqueiro dos clubes do Rio de Janeiro neste Brasileirão. Todos eles já tiveram prejuízo em suas partidas como mandantes. Para se ter uma ideia, 18 dos 34 jogos que registraram renda líquida negativa tiveram um dos quatro cariocas como donos da casa. (Confira a lista de jogos com prejuízo dos cariocas na galeria acima)

O Fluminense só não teve prejuízo em dois de seus 11 jogos como mandante no Brasileirão. Vale lembrar que em um deles a renda foi dividida com o Flamengo, em clássico no Maracanã. O Tricolor das Laranjeiras soma mais de R$ 1,6 milhão de prejuízo acumulado na competição e “lidera” com facilidade o quesito.

A porcentagem de despesas com bilheteria de cada clube no Brasileirão-2017

Já o Vasco, desde que foi impedido de jogar em São Januário, teve prejuízo em todos os seus jogos como dono da casa. Até aqui, foram quatro oportunidades que causaram um rombo de quase R$ 500 mil.

Para completar o quarteto, o Botafogo que, assim como o Vasco, teve quatro jogos com prejuízo. O Fogão lucra, em média, R$ 35,9 mil por partida em que é mandante. Apenas 11,7% do que arrecadou na competição com bilheteria não foi destinado ao pagamento de despesas das partidas.

Número de prejuízos por clube no Brasileirão-2017

Juntos, os quatro grandes do Rio somaram R$ 21,9 milhões em arrecadação no Brasileirão, porém somente R$ 3,2 milhões ficaram como lucro para os clubes, ou seja, R$ 18,7 milhões foram utilizados para custear a realização de 42 jogos no estado neste Campeonato.

Relação entre Renda Bruta e Renda Líquida dos cariocas no Brasileirão-2017

Fonte: Super-Raio X

Compartilhe com os amigos

Veja também

  • Não confio nesses dados…..

  • O melhor é esquecer o Maracanã, muito difícil de ser administrado. Já é o segundo jogo que vou esse ano que tem confusão e invasão. Contra o Atlético PR e esse último, faltando poucos minutos para o início as catracas pararam de funcionar, o que fizeram?, abriram os portões. Virou maior zona lá dentro. Estava no Leste inferior e presenciei isso. Apesar de não ter havido confusão. Sem falar numa quantidade enorme de cadeiras vazias no lado sul, muitas cadeiras. Verdadeiro prejuízo. Agora, a Ilha não é de fácil acesso e é pequena. Além de não se poder vender a carga toda, pois temos a “gratuidade” , um dos motivos dos altos preços dos ingressos. Como se diz: “Não há almoço de graça”. SRN

  • Flamengo necessita da sua arena própria…

  • Nossa diretoria arrebenta em todos os assuntos de gestão… Mas basta entrar no futebol que dá merda. Os caras já estão a 5 anos e não conseguem resolver a questão da bilheteria. O ingresso é caro, o estadio não lota, o custo é alto, a renda líquida uma vergonha. Já deu tempo de fazer melhor que isso…

  • Reportagem fraca, sem argumentos que a fundamentem o suficiente para ser levada a sério. Como explicar o CUrintia não sendo o último colocado DISPARADO quando todos sabem que eles nunca pagaram um tostão pelo estádio e já devem quase 1,4 bilhão de reais nesse ítem? Ou existem dois tipos de contabilidade nessa tabelinha, pessoal?

    • Porque não tem nada a ver. Na tese, o Corinthians nem toca na renda da Arena. Mas o ponto é que jogar lá tem baixo custo operacional, ela tá sempre lotada e os ingressos são caros. O menor público da história da Arena foi de 12 mil pagantes. Assim como a Arena do Grêmio e do Palmeiras. Elas são baratas de jogar quando você exclui o custo do financiamento. São computadas no estudo apenas os custos operacionais.

      E outra, mostra que a coisa toda precisa de ajustes. Os porcos tem 30% de custo operacional, nós temos isso de lucro. Tá certo que o Fla ainda está aprendendo a gerir a Ilha, mas mostra que estádios maiores conseguem jogos mais lucrativos não só porque tem mais gente mas porque tem mais gente pra ratear as depesas fixas.

  • Bom,

    O caso da Ilha do Urubú ainda está em fases de ajustes, e assim permanecerá até o final do ano na minha opinião. O Maracanã é o descalabro que todos conhecemos.

    O que me causa maior espanto no ranking é a situação do Botafogo. O Engenhão então possui um custo operacional altíssimo?

    Será que poderiam estar contribuindo para tais situações impostos que só incidam nos borderôs do RJ, impostos mais altos em relação aos demais entes federativos, os tais 5% a mais que a FERJ cobra, alguma potencial evasão de renda através de velhos “esquemas” do passado, a gratuidade que acaba reservando ingressos que independentemente do seu consumo não podem ser comercializados, etc, etc?

    A matéria bem que poderia ter abordado uma outra questão que diria respeito à quantidade de público que empataria em média (existem jogos com precificação diferenciada) a receita com a despesa.

    SRN

Comentários não são permitidos.