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Mércio Querido: “Ano trágico”

E não é que não deu de novo, nobre frequentador do Boteco?

E como sempre no pós-jogo, técnico e jogadores ficam buscando algum tipo de explicação para mais um revés. Faltou finalizar, faltou intensidade, faltou ligação do meio-campo com o ataque, faltou sorte, faltou não marcarem o pênalti (que não existiu mesmo), faltou sair na frente no placar, blá, blá, blá… Isso nem é o Pacote Irritação completo. Afinal precisamos lembrar que após as declarações dos diretamente envolvidos, hoje ou amanhã aparecem as explicações dos responsáveis pela direção do treco, que certamente virão no formato de alguma Planilha Excel ou matéria sobre resultados financeiro-aministrativo-tecnológicos (ainda bem que eu não preciso perguntar nada na Gávea).

Pra resumir bem resumida a pelada da noite dessa segunda: um primeiro tempo inexistente com uma cabeçada pra cada lado e uma segunda etapa “melhorzinha”. Pelo menos pro time deles, já que para o nosso lado teve só a finalização do Paquetá que nem na direção do gol foi.

O Rueda conseguiu ver “coisas positivas”. Que bom. Pelo menos alguém viu isso. Aliás… Esse tipo de comentário após um jogo ruim não lembra as entrevistas de um certo técnico que passou recentemente por aqui? Profe disse uma coisa que me deixou meio com a pulga atrás da orelha. Questionado sobre a falta de finalizações, saiu com “é uma coisa que só se encontra quando conseguirmos os resultados”. Pro povo mais “véio”… Não fica parecendo uma questão meio Tostines? A gente vai voltar a finalizar mais quando começar a ganhar ou vai começar a ganhar quando voltar a finalizar?

De positivo mesmo só a atuação do Diego Alves, que pegou pênalti usando de todos os recursos possíveis. Catimbou, avançou 500 metros antes da cobrança e PULOU para o lado direito. Fora isso ainda fez excelente defesa em outro lance. Claro que esses momentos deixaram em todos nós aquele sentimento do “e se…”, pensando se nosso destino na decisão não teria sido diferente com ele em campo. Mas o que se foi infelizmente já se foi. Seeeeeegueeee o jogo…

Agora estamos distantes do G4 por 4 pontos. Na próxima rodada rola um cruzamento entre os clubes que estão na nossa frente (Grêmio x Cruzeiro). Os demais não têm confrontos dos mais difíceis, mas como disse no texto de ontem, os resultados SEMPRE vêm ajudando rodada após rodada. Mesmo quando não tinha tanta gente na nossa frente.

Dez dias para o Rueda treinar esse povo e para os mesmos botarem a cabeça no lugar e entender a Fundamental Importância de conseguir ficar entre os quatro primeiros e garantir vaga já na fase de grupos da Libertadores 2018. Motivos? Tudo que a gente não precisa, dada a Nutellice Explícita dos nossos atletas, é começar o ano com a pressão dos jogos mata-mata de pré-Libertadores. Uma queda nesse momento iria servir de bengala emocional e talvez comprometer o restante da temporada ainda em janeiro ou fevereiro.

O outro motivo é que… Bem… Vou falar… Sinceramente? Não imagino que em tão pouco tempo, falando da Sul-Americana, essa equipe passe por alguma forma de mudança de atitude para, por exemplo, fazer bons jogos fora em fases seguintes contra alguns dos ainda envolvidos na disputa. Ontem não soubemos bater a Ponte no Moisés Lucarelli. Já imaginaram uma Final contra o Racing com o segundo jogo na casa deles?

Bora torcer.

Isso aqui é Flamengo.


Veja mais:


PETISCOS

 O MISTÉRIO GABRIEL. Mais uma atuação pra lá de apagada. Em algum momento da coletiva, não falando diretamente sobre o rapaz, o Rueda proferiu: “buscamos o melhor momento de cada um pra entrar”. Partiu Ninho do Urubu pra acompanhar de perto esses treinos.

. A MODA PEGOU. Eduardo Baptista destacou a intensidade da sua equipe. O Profe começou com isso e agora todo mundo fala.

. DEFENDEU TUDO. Diego Alves conseguiu defender até o Muralha na noite de ontem. Apesar de que os argumentos “pessoa muito humilde e trabalhadora” e “é um menino que saiu da roça” não sejam exatamente qualificações pré-requisitos para que alguém seja jogador de futebol.

. GRANDES PODERES, GRANDES RESPONSABILIDADES. Muralha andou reclamando da pressão na temporada, que denominou de “massacre”. Bem… O cara agarra na Primeira Divisão do Futebol Brasileiro. No Flamengo. Não tinha como ser diferente. Em escala menor, por exemplo, eu sou “massacrado” por viúvas do Mito Arthur Muhlenberg (que nem morreu) até hoje e acho justa a cobrança.

. PODER DE REAÇÃO. “O jogo estava controlado. Tomamos um gol besta e DEPOIS FICA DIFÍCIL CORRER ATRÁS” (Arão). Faltou explicar porque fica difícil reagir contra a Ponte em crise, pressionada pela torcida e jogando algum tempo com um homem a menos.

. O LUGAR CERTO. Fla-flu do dia 12 confirmado para o Maraca. Que assim seja na Sul-Americana, Flamém.

Fonte: Blog Boteco do Fla | globoesporte.com

Matheus Brum

Ver comentários

  • O Ano de Eduardo Bandeira de Mello como Vice-presidente de futebol.

  • Mercio, cada qual no seu estilo, mas acho vc tão bom quanto o Arthur M.

    Sobre a defesa de penalty, vejo tanta gente falando que Diego Alves se adiantou. Também o Luka da uma paradinha, engata uma marcha a ré, vai para frente de novo e da outra paradinha... Essas paradinhas estavam proibidas antes, agora está uma verdadeira palhaçada...

    • Mércio disse tudo. Falta a vontade de acreditar e ganhar a esse time (???) Sem alma e descompromissado.

  • Concordo com tudo, menos Maracanã.
    Tinha que ser na ilha.

  • O ano é péssimo realmente, vexames após vexames e lá vamos nós escutando sempre as mesmas desculpas com palavras diferentes. Nessa hora todos tem um culpado para oferecer em sacrifício mas ninguém assume a sua parcela. Nós, da torcida, temos nossa parcela e devemos assumi-la agora para em 2018 não sofrermos a mesma mazela de 2017. Quando o Fla ganhou o Euricão 2017 o que teve de torcida festejando, o Zé era genial, MA era essencial, Diego era o NOSSO 10 enfim tudo perfeito no mundo do mais bonito rubro-negro do mundo porém 15 dias depois a realidade acertou em cheio nossa cara, a eliminação da Liberta. Entramos em parafuso e passamos a cobrar a tudo e a todos sem a menor coerência. Entra Vizeu, sai Vizeu depois poe a base pra jogar e nada então a base não prestava mais. Realmente não sei o que fazer ou qual a solução para fazer os caras em campo renderem e jogarem com a vontade que estamos acostumados, só sei que nessa hora o Fla precisa de alguém com saco roxo na gestão de futebol que afaste alguém, de esporro em geral e já avise que em 2018 no Carioqueta vamos jogar como pre temporada para focar em titulos da altura do Fla.
    Pra terminar, queria dizer aos dirigentes do Fla que a torcida não quer só profissionais na gestão, ela quer sim, profissionais com alma que sintam o prazer da vitória e chorem a derrota, como Nós pranteamos a cada vexame do Mais Querido.

  • Concordo,só acho que esses dez de treino não vai mudar praticamente nada para esse time sem vontade e vergonha na cara!

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