Se César for confirmado no gol do Flamengo, no decisivo jogo contra o Atlético Junior, nesta quinta-feira, pela semifinal da Sul-Americana, a desconfiança será o ingrediente a mais no coração da torcida do Flamengo. Sem jogar há dois anos, o goleiro viverá a mesma experiência de colegas de profissão do passado que tiveram a agonia do banco como companhia. E a falta de ritmo como rival.
Cantarelli teve idas e vindas nos anos 80, enfrentando disputas internas no Flamengo com Raul, Fillol e Zé Carlos. No fim da década de 90 e virada do século, Márcio Cazorla era ofuscado no Vasco pelo ídolo Carlos Germano. E, entre 2005 e 2011, Bosco foi banco do imortal Rogério Ceni no São Paulo.
Do trio, Márcio foi quem mais sofreu. Ficou um ano sem jogar e, quando teve sua chance graças a uma lesão de Carlos Germano, pagou o preço da eliminação da Libertadores de 1999: em São Januário, o Palmeiras venceu o Vasco por 4 a 2 nas oitavas.
— Germano ficou um ano se me dar brecha. Quando chegou minha vez, faltou ritmo de jogo. Falhei. Nessa hora, a confiança vai embora — lembra, ainda remoendo o passado: — Depois de tudo, até assisti ao vídeo do jogo. Mas não gosto de ver, não.
Já Bosco teve seu maior jejum em 2007: seis meses sem jogar.
— Não era qualquer dor que tirava o Rogério do jogo. E ele dificilmente tomava cartão. A dificuldade que você encontra é no início, nos 15 primeiros minutos. Você tem que se adaptar ao jogo, adquirir ritmo, mas tudo depende muito da primeira bola. Se pegar firme a primeira bola, isso dá confiança para o resto do jogo. No decorrer, a tensão vai embora. Ficam a atenção, a adrenalina, a concentração. E aí você pode com certeza fazer uma grande partida — alerta Bosco, atualmente treinador de goleiros do Fortaleza.
Cantarelli nem sabe qual foi seu maior jejum sentado em um banco. Mas guarda como troféu a lembrança da boa atuação na vitória por 3 a 0 sobre o Atlético-PR, no Maracanã, na semifinal do Brasileiro de 1983, que seria conquistado pelo Flamengo.
— Passei o campeonato inteiro sem jogar. Na véspera daquela partida, o Raul teve um problema na coluna. Entrei e me saí bem.
Cada um com suas lembranças do passado, amargas ou não, Márcio, Bosco e Cantarelli estão na torcida por César. Eles alertam para as dificuldades, mas não descartam o sucesso.
— Se chegou no Flamengo é porque tem virtude e pode fazer sucesso — diz Bosco. — Eu espero que dê certo porque não é fácil jogar em um momento como esse. O César deve estar já pensando em tanta coisa nesse momento, estudando o adversário e o posicionamento de sua equipe. Tomara que dê certo, que o Flamengo tenha mais uma opção de goleiro.
Cantarelli apela para que César mantenha o pensamento positivo:
— Quem escolhe essa posição tem que estar sempre preparado e não pensar que vai dar errado.
Já Márcio não tem dúvida de que, apesar da falta de ritmo, César é a melhor opção.
— Ele vai sentir. Mas tem que encarar como uma grande oportunidade. O Muralha chegou a uma situação que não dá mais. Tem que dar oportunidade a outro.
Fonte: Blog Extra-Campo/Extra
Novo Júlio César vai ser nesse jogo qe ele vai se consagrar ?
Esquece esses Fracassos César, tenho certeza que vai brilhar, tem que ter estrela, se entrar em campo vibrando, já é meio caminho andado
Victor Hugo tem que ser dispensado.
Só no Flamengo do Bandeira que profissional péssimo se cria.
Não me canso de repetir isso. Flamengo tem que ter um time B jogando as preliminares dos jogos que for mandante, dando rodagem a todos do elenco. Numa hora dessas o técnico saberia se pode contar ou não com cada jogador. Pq será que é tão difícil organizar o que parece ser tão simples? Base tem que ser base do profissional, não um lugar pra fazer feira pra enxertar o time principal. SRN
Quanto ao César: O que pode ser pior que o Muralha nessa hora? Pode colocar até o Gabriel. Lamento, mas Muralha acabou!!SRN
César agarra muito senhores. Fiquem tranquilos.
Fico imaginando a cabeça do Cesar agora. É o jogo da vida dele, ele já mostrou que é um bom goleiro, além disso podemos ir para os pênaltis. O Futebol é impressionante pela capacidade de criar heróis e vilões.
Muralha recebeu várias chances de retornar das cinzas, desperdiçou todas. Aí no último ato aparece uma chance inimaginável para o Cesar. Acho que vem coisa boa por aí…
Brincadeiras a parte, aquela aparência do Muralha está mais para vilão mesmo.
#euacredito#
Nossa sorte é que ele estava sendo treinado pelo preparador da ferroviária.
É o alento.