Coluna do Torcedor: “A maior torcida do mundo faz a diferença”

Isso é desvio de foco. Antes mesmo da torcida protestar contra o desempenho pífio do time nas principais competições do ano, muitos aqui já cantavam a pedra que o time não chegaria longe da maneira que estava sendo tocado. Escalações bizarras do técnico anterior, time massacrando os pequenos no estadual, mas penando nos clássicos, futebol irregular e basicamente de chuveiros, atacantes que não sabem finalizar e laterais que não marcam, a questão dos perebas que tiveram contrato renovado e fizeram a festa em plena Libertadores etc. Mas eram chamados de “cornetas”, “antis”, falavam “para de reclamar, só temos X derrotas no ano”. Depois que a merda aconteceu, tentaram empurrar com a barriga, falando que não tinha terra arrasada, que o time uma hora ia se acertar. Mesmo capengando pelo Brasileiro, por causa do péssimo futebol que praticado e metade do time composto por perebas, tentaram disfarçar dizendo que o time melhoraria depois que os reforços chegariam. Quem era lúcido sabia que os reforços não resolveriam todos os problemas do time.

O time chegou às semifinais da CdB aos trancos e barrancos, passando por um fio diante do Atlético-GO e Santos. Por pouco também não viu o time ser eliminado nos pênaltis já pelo Botafogo, com Muralha no gol. Se classificaram graças a uma jogada individual que o Berrío jamais acertará outra na vida. Outra vez o time foi um arame liso contra o Cruzeiro na final e foi incapaz de se mostrar merecedor de vencer o jogo nos 180 minutos do tempo normal. Atacou por alguns minutos do primeiro jogo e achou um gol irregular com Paquetá e depois recuou e levou um gol na falha do Thiago. No segundo jogo mesmo sabendo da deficiência do Muralha nos penais foram incapazes de pressionar o Cruzeiro para decidir nos 90 minutos. Só houve duaa jogadas de perigo o jogo inteiro, ambas com Guerrero.

Sul-americana foi menos sofrido, mas os adversários também ajudaram. Enfrentamos Palestino, Chapecoense e Fluminense em crise. Não jogaram nada o segundo contra o Júnior Barranquilla, mas o ataque foi eficiente. Três chances, dois gols. Na final aconteceu o que ocorreu durante o ano inteiro: no jogo de ida o time começa organizado e pressionando até fazer o 1º gol. Depois se desorganiza de forma impressionante, cedendo pressão até o adversário empatar ou virar o jogo. No jogo da volta, a mesma coisa. Fizemos um gol após muita pressão, nos desorganizamos e e cedemos espaços. Levamos o gol. O time tentou fazer o 2º na etapa final, mas todo desprganizado, no abafa. A vantagem deles era mínima, não tinha razão para se desesperarem daquele jeito. O Indepediente esteve mais próximo de fazer um gol do que o Flamengo.

Mas em todas essas ocasiões, a torcida esteve presente e apoiou sim. O time não correspondeu a temporada inteira, porque possui falhas em determinadas posições, como laterais, volantes e atacantes. E principalmente, faltou futebol. E muito. Se tivessem se comportado como um time e não como um bando em 2017, com certeza não teríamos feito o papelão que fizemos na Libertadores, não teríamos cumprido tabela no Brasileiro, a 18 pontos do líder no 1º turno, não chegaríamos capengando nas finais das competições mata-mata e teríamos vencido pelo menos uma delas. Flamengo também não jogou como Flamengo. Um time sem alma, facilmente abatido, em poucos momentos demonstrou aquele espírito de luta dentro de campo, em uma busca incessante pela vitória. Pelo contrário, a maior parte do tempo foi um time apático.