Qual o peso de um Flamengo x Vasco para a carreira de um jogador? O Clássico dos Milhões é daqueles capazes de marcá-lo para sempre. Seja pelo brilho efêmero de um Bujica ou Rodrigo Mendes, ou idolatria eterna de Petkovic e Rondinelli. Um duelo pelo Carioca de 2013 teve mais cara do primeiro exemplo, mas certamente muito torcedor lembra bem de Nixon e Rafinha.
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Em elenco com nomes experientes, como Ibson, Cleber Santana, Léo Moura e Renato Abreu, o Flamengo colocou as fichas ofensivas na dupla que vinha das categorias de base, e se deu bem. Com participação direta em três gols da vitória por 4 a 2, Rafinha foi o nome do clássico, com direito a golaço em arrancada para cima do badalado Dedé.
Nixon, que também deixou sua marca, e Thomás, que praticamente encerrava ali sua passagem pelo clube, foram os outros representantes da garotada que vinha à reboque do título da Copa São Paulo dois anos antes. Histórias que se confundem com as dos garotos escolhidos por Paulo Cesar Carpegiani para o jogo de sábado e que seguiram rumos distintos ao longo dos anos.
Rafinha, 24 anos
Grande nome daquele clássico, Rafinha não conseguiu manter o brilho e deixou o Flamengo ao término da temporada. No total, foram 44 partidas e três gols marcados em 2013, com participação no título da Copa do Brasil. Desde então, foi emprestado a Bahia, Atlético-GO, Daejeon (Coreia do Sul), Metropolitano (SC) e Thai Honda (Tailândia) até ter o vínculo encerrado com o Rubro-Negro. Acertou recentemente com o Avaí:
“Flamengo e Vasco é um caso aparte, não é um jogo comum. Aquele clássico foi muito especial para mim, todo mundo lembra. Para o torcedor, também é sempre diferente. Não sei se foi a melhor atuação da minha carreira, mas por ter sido contra o Vasco eu vou lembrar sempre com carinho.
O gol foi o mais importante. Mas não fiquei só ali. Fiz bons jogos depois, senão, não teria mais oportunidades. É um jogo fora do comum e os garotos têm que entrar para mostrar o que tem que ser feito”.
Nixon, 25 anos
Autor de bonito gol ao se jogar na bola de peito naquele clássico, Nixon foi quem mais conseguiu ter sequência no time profissional. Uma série de lesões no joelho, porém, tiraram o espaço. Entre 2012 e 2015, foram 75 jogos e 14 gols com a camisa do Flamengo. A partir daí, foi emprestado a América-MG, RB Brasil, ABC e está no Kalmar, da Suécia, ainda vinculado ao Rubro-Negro.
“Só por ser Vasco x Flamengo já é diferente, né? Clássico de muitos anos, peso que tem. Vestir a camisa do Flamengo também é diferente. Um jogo depois daquele eu machuquei, mas vinha jogando bem. Estava me adaptando, tinha subido quase no final de 2012. Uma adaptação que é normal. Tava com a 10, um gostinho especial. Ainda fiz um gol de peito. Não necessariamente com o peito, mas a gente vinha treinando durante a semana aquela jogada. Toda vez que vejo eu lembro. O Dorival sempre cobrava… O Ibson começa a jogada, dá no Elias, que dá no Rafinha. Quando o Rafinha dá ele eu faço o facão e entro sozinho por trás do Hernane. Na hora pensei em colocar a cabeça, mas coloquei o peito. Um golaço.
Foi um jogo bacana. Clássico, ganhar com um placar como aquele, Engenhão lotado. Foram vários fatores aquele dia. O Rafinha também tinha subido, fez um grande jogo, destruiu o jogo. Participou do primeiro gol, do segundo, deu passe do terceiro e fez o quarto (risos). Foi o garoto do jogo. Merece. Teve aquela coisa do Dedé, que saiu na mídia. Foi muito gratificante. Algo mais especial ainda, foi o primeiro ou segundo jogo que meu estava no estádio”.
Thomás, 24 anos
Substituiu Rafinha aos 23 minutos do segundo tempo daquele clássico, que acabou sendo seu penúltimo jogo com a camisa do Flamengo. Após ser titular com Vanderlei Luxemburgo no time com Ronaldinho, Thiago Neves e Deivid em 2011, foi perdendo espaço e se despediu do clube, apesar de ter vínculo até o fim de 2016. Passou por Siena, Ponte, Seattle, Joinville e Santa Cruz até chegar ao Sport.
Com pouco tempo em campo no clássico, a lembrança que se destaca é a arrancada de Rafinha, amigo que até hoje tem contato.
“Aquele foi jogo marcante, todos os clássicos são assim. Esse eu lembro bem pelo gol que o Rafinha fez no final, foi bem bonito. O Flamengo usou a base, por isso é marcante. Foi tudo novo para mim no clube, o start foi na Copinha e as coisas aconteceram cedo. Vejo hoje o Flamengo e desejo todo sucesso aos garotos que estão tendo oportunidade. Eu conheço a maioria deles, são muito bons”..
Aquele time de 2011 ganhou muito na base da raça.
Muitos tiveram chances e ninguém vingou no clube. O que está melhor é o César.
Mas aquela copinha era sub18 e isso fez muita diferença.
Rafinha era para ser dessa geraçao 2000…kkkkk