GE: “Venda de camarotes e patrocínio ampliam caldeirão de R$ 100 milhões do Emelec”

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O conceito de caldeirão é vasto no futebol sul-americano. Num ambiente de Libertadores às vezes se espera campos acanhados, muito antigos e mal preservados. A nova casa do Emelec, adversário do Flamengo nesta quarta-feira, às 21h45 (horário do Brasil), vai na contramão. O estádio George Capwell ficou dois anos e meio fechado para reabrir como orgulho dos elétricos.

Na quarta reforma desde a inauguração em 1945, “la caldera” não é um estádio de luxo. E nem precisa ser. Mas tem praticamente tudo que precisa para ajudar na construção da alma de um bom time sul-americano: torcedores perto do campo, acústica apropriada e boas instalações, com mais conforto para quem quer – e pode pagar por mais – e arquibancadas livres – e de pé – para quem não aguenta ver seu time do coração sentado na tribuna.

A reinauguração em setembro de 2016 foi possível graças à demanda acumulada que a diretoria do Emelec enxergou na sua antiga casa. Foram vendidos em um mês 400 camarotes – que eles chamam de suítes -, que ficam distribuídos nas entradas Rua General Gomés – o primeiro edifício de arquibancada construído nos anos 1940 –, na Rua Juan Pío Montúfar, na avenida Quito e na entrada San Martín, a mais recente, mais alta e mais moderna.

– A construção se deu em dois pilares: a venda de “suítes”, que chegam a ter de oito a 28 lugares, com bar, banheiro particular, sala, e o aporte do patrocinador, o Banco del Pacífico, que explora a publicidade do estádio. A demanda de camarotes era altíssima e correspondeu a 50% de todo investimento – explica o arquiteto Oxmer Lavayen, que desenhou o projeto do novo Capwell.

Arquiteto Oxmer Lavayen desenhou o projeto: ideia era criar acústica no estádio com quatro torres (Foto: Raphael Zarko)

O custo total da reforma é estimado em US$ 30 milhões – cerca de R$ 100 milhões. Além dos camarotes, foram vendidas duas mil cadeiras para sócios proprietários. O número de associados não é grande se comparado aos do futebol brasileiro, mas cresceu de quatro mil para quase oito mil, informou a assessoria do clube. A média de pagantes é de 22 mil por partida desde a reinauguração.

Fachada do estádio de 42 metros: material importado da Alemanha e dos Estados Unidos (Foto: Raphael Zarko)

No projeto, as torres de 42 metros, além de fechar a acústica do estádio, para ter efeito de caldeirão, também servem como escritórios administrativos do clube – que hoje funciona todo dentro dos 200 metros quadrados de área do estádio George Capwell. Do lado de fora, há lojas de lanchonetes e outros comércios também. No novo desenho do estádio os alambrados também foram retirados – o torcedor fica a seis metros do campo em três das quatro linhas. Na arquibancada do banco de reservas, um metro mais distante.

– As torres e a fachada unificam todo o estádio, fecham a circulação. Tudo para gerar um microclima dentro do estádio – contou o arquiteto “emelecista” de 38 anos.

O banco de reservas do Emelec. À prova de torcedores mais corneteiros (Foto: Raphael Zarko)

Reprodução: Globo Esporte

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  • O ideal seria fazer algo parecido com a arena do Grêmio. Cabem 56 mil torcedores (são 60 mil, mas os bombeiros não liberaram a capacidade total) e custou a metade da arena do Palmeiras, que é menor. Não precisa de luxo, do jeito que é a arena do Grêmio ja ta bom.

  • Cara, eu fico aqui pensando…

    O Flamengo tem um potencial monstruoso, uma torcida gigante e, mesmo assim, não tem estádio até hoje.

    Vejo aqui nos anos anteriores pessoas muito capacitadas como Wrobel e Prakownik que participaram de outras gestões como a do Edmundo Santos Silva, Patrícia e etc, mas não tiveram toda a amplitude e organização necessárias de uma Diretoria séria, transparente e de moralidade pra realizar o trabalho tão bem feito como hoje está sendo feito.

    E tem gente ainda que fala mal do EBM, o líder de toda essa gestão, tem que ser muito mal intencionado mesmo e ainda uma pessoa dessa se diz um rubro-negro.

    É uma vergonha e uma tristeza ver que o Flamengo não tenha estádio até hoje, tudo fruto de anos gestões duvidosas e incompetentes, geridas por pessoas que nunca deveriam estar lá representando toda uma Nação e o Flamengo.

    Agradeço muito por EBM e Cia terem tomado as rédeas do Flamengo e terem mudado a história de um clube falido e na lama que disputava apenas Carioca.

  • Parece que o terreno em Manguinhos foi pro espaço, pois ninguém comenta mais, nenhum canal, nem o clube, nem a grande mídia.

  • Flamengo só terá estadio quando o maracanã ruir, pois o estado fará de tudo para atrapalhar.
    EBM saudosista ainda sonha com essa bobagem de “o maraca é nosso” o que dificulta ainda mais.
    Que a próxima adm possa quebrar esse vinculo e brigar com o estado para ter seu próprio estádio.

  • Um projeto semelhante a este, para uns 25 mil pessoas caberia na Gávea. Construiriam 1 arquibancada por vez e as outras 3 seriam estruturas provisórias, semelhante à ilha do Urubu.
    À medida que fossem concluindo as arquibancadas permanentes iam retirando as provisorias.
    Para jogos grandes, finais, etc alugaria o Maracanã ou Mané Garrincha

    • Soa economia com o terreno já pagaria uma parte importante da obra

    • Acho que é pensar muito pequeno para um clube como o Flamengo… e mais não resolveríamos o nosso problema de jogar em estádio alugado as decisões e grandes clássicos.
      Acho que a solução é encontrar um terreno viável e tocar a construção para no mínimo 55 mil pagantes.

      • Eu já assisti a jogos no Maracanã com mais de 100 mil pessoas.
        O Flamengo tem sim capacidade para lotar um estádio grande.
        Mas, vai fazer um estádio para 55 mil pessoas aonde? No favelão da avenida Brasil? Sem transporte de massa, quem será doido de parar de carro ali? E quem vai querer sair dos jogos numa quarta feira à meia noite?
        Vai confiar na PM do RJ para dar segurança?
        Um estádio ali seria um fiasco.
        Então, onde construir um estádio bem localizado para 55 mil pessoas no RJ? Não existe!
        O RJ é uma megalópole extremamente violenta, espremida entre o mar, as montanhas e as favelas, e que é pior, quase não tem transporte de massa…
        Por isso, a solução mais simples seria sim esticar o estádio da Gávea ao maior tamanho possível e alugar, ou quem sabe até ganhar a concessão do Maracanã para jogos decisivos…

    • Associação de moradores da Gávea e Leblon nunca deixaria isso acontecer. Foi um parto para aprovar a arena de basquete, com incríveis 3500 lugares, imagina um estádio pra 25k?

      • As licenças para a Arena realmente demoraram por causa da BURROCRACIA brasileira…
        Mas, saíram e a obra só não saiu ainda por causa de divergências no contrato do Mac Donalds com o Flamengo.
        Ou seja, a burrocracia atrapalha, mas uma hora as licenças saem.
        Um estádio para 25, ou 30 mil assentos resolveria boa parte dos problemas do Flamengo…

  • O que falta é só uma coisa: tirar a bunda da cadeira e se mexer…aliás o carioca em si,parece nao ter na perseverança uma qualidade,pois nao partem para um projeto pq,a prefeitura nao dará as licenças nao vao ao estádio,pq concorre com a praia,o sol,a chuva,a novela,o cinema… Espero muito que a chapa verde vença e de esse passo sonhado,bandeira nao o fará..

  • Parabéns pelo estádio. Mas, quem quer jogar libertadores tem que estar preparado para coisa muito pior. Acredito na Vitória.#ForçaMengão

  • Gávea poderia ser nosso “mini caldeirão” mas enfim, se não fizeram até agora não farão jamais.

    Negócio é partir pra outro terreno e fazer o definitivo.

    • Não pode fazer na gávea por problemas burocráticos…

      • Tinha o projeto acústico e a prefeitura tinha aceitado todos os laudos, não sei porque não foi a frente.

        • A AMALEBLONnão deixa fazer nada la. E a prefeitura só tinha dito que ia aceitar, não tinha nada de fato resolvido.

    • Na Gávea tem o problema dos moradores que alegam que a construção de um estadio la causaria transtornos para o bairro.

  • Média de público do Emelec: 22 mil pagantes, e o Flamengo?

    • Com esse time sem vergonha dá nem vontade de assistir em casa quanto mais no estádio.

    • O Flamengo está disputando um carioqueta inútil sem estádio. Que tal?

  • “yo ya no tenga la oportunidad de volver a jugar en un equipo grande, que era mi sueño”

  • time pequeno, com 8 mil sócios com estádio gigante, o flamengo tem faca, queijo, presunto… na mão pra fazer o seu, grande, lindo, moderno e acústico, um para 80 mil seria o ideal, com geral e tudo como nos velhos tempos de maraca, camarote, museu, uma inovação como hotel para Sócios torcedores onde torcedores off-rio teriam prioridade em dias de jogos ou para uma viagem com a familia… faria o MUNDO RUBRO NEGRO com museu ao ar livre com estatuas de atletas futebol e olimpicos como : zico, leandro, romario, imperador, oscar schimts, marcelinho, varejão, leila e virna, tande, bernardinho, os hipólitos… É um projeto inclusive q estou a finalizar e enviar a próxima diretoria do clube !!!

    • tao querendo antecipar receita pra pagar uma das grandes cagadas chamado marcelo cirino

      • Acredito que é o correto, pois essa divida seria paga possivelmente com empréstimo a juros elevados até ter caixa para cobrir no fim do ano. l

  • Cada vez que eu vejo essas matérias de estádios , vejo a vergonha que é o Flamengo não ter o seu estádio.

    • Idem…

    • não e nem vergonha do flamengo, vergonha das administrações que passaram por ele, sócio torcedores de apenas 90 mil, jogos com 2,3,4 mil pagantes, venda de camisa baixíssimo, fica anos sem participar de competições internacionais, isso tudo leva o clube a andar pra trás.

      • Tudo isso é fruto, na minha opinião, da elitização do futebol brasileiro e do Flamengo.

        Em 2009, menos de 10 anos atrás, o Flamengo vendia 1 milhão e meio de camisas em apenas seis meses e colocava 80 mil pessoas no Maracanã por jogo. Em 2010 caímos nas quartas da Libertadores, a melhor participação em anos.

        Aí acabaram com o Maracanã, o manto agora custa 350 Reais e só classe média pode ter direito de assistir ao jogo.

        O Flamengo sem sangue em campo é outro reflexo disso. Estão matando a alma do clube.

        • Nada haver, somente em 2009 na arrancada para o título aconteceu isso, paguei 180 na camisa do Fla/olk e foi a único ano que o Fla colocou uma média de 60mil

          • Em 2007 e 2008 também. Isso que eu me lembro.

            • 2007 e 08 não vendeu mais de um milhão de peças, não só camisa, peças

                • Vc crava que foi essa média o ano todo, eu afirmo que não.

                  • Baseado em quê? Intuição? Eu não cravo nada, a fonte do que eu estou dizendo está ali na matéria.

                    • o flamengo vende muito, mas o ápice foi em 2009 mais de 1 mi de PEÇAS vendidas.

                    • Claro, eu falei, em 2009 foi 1,5M de peças em seis meses por causa do fernômeno Imperador. Mas nos outros anos o Flamengo também ultrapassou a marca de 1 milhão, como eu te mostrei, mas você estranhamente se recusa a acreditar nisso.

    • Vergonha do país que gasta 2 bilhões pra construir um estádio para quase 80 mil pessoas em um lugar que não tem futebol (Mané Garrincha)

      • o do lugar que tem futebol tem o mesmo problema não tem jogo, maracanã, não estou defendendo o gasto apenas ampliando o mal uso do dinheiro publico.

    • até a portuguesa de são paulo tem

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