Num estádio sem gente, um cenário peculiar, triste, é natural que o jogo ganhe também contornos diferentes do esperado. Uma lógica que valeu para o primeiro tempo, em especial, que reforçou os clichês de que uma partida sem torcida perde boa parte de seu apelo emocional. Foram 45 minutos frios, tão tristes quanto o ambiente ao redor. E pobres em futebol. Contrastantes com um segundo tempo de ânimos exaltados, truculência, faltas violentas e dramaticidade pelos quatro gols que decretaram o 2 a 2 entre Flamengo e River Plate no Nilton Santos. Só uma coisa não mudou: a partida seguiu sendo mal jogada.
O resultado não condena o Flamengo no grupo 4 da Libertadores. Foi só a estreia. Mas obriga o clube a fazer algo diferente de 2017, quando não pontuou longe do Rio. E mais, provoca uma reflexão importante: ao Flamengo de bom controle da bola, da troca de passes que lhe dá a rédea do jogo mesmo quando lhe falta agressividade contra o gol rival, faltou justamente a capacidade de controlar a partida e se defender com a bola nos pés quando tinha a vantagem. Num jogo em que foi melhor até a metade da segunda etapa, sofreu o empate a três minutos do apito final e terminou contra as cordas.
O Flamengo tem algo a reclamar. Foi prejudicado com um gol em impedimento do rival e um pênalti não marcado. Réver viu a bola tocar em seu braço em lance importante, mas duvidoso.
De bom, o Flamengo teve Lucas Paquetá. Quando o time controla, mas a característica de sua linha de meias — os quatro jogadores que atuam por trás de Henrique Dourado — parece carecer de lances em profundidade, foi o jovem que encontrou soluções. Em parceria com Éverton. O passe para o segundo gol, que poderia ter valido a vitória, foi magistral.
Quando não há gente, o estádio lotado, a alma, perde-se muito do fator campo, tão valorizado em uma Libertadores. Como se o jogo não variasse seu humor em função do público. Com isso, restam apenas os argumentos futebolísticos. As ideias de jogo, a qualidade técnica, as estratégias. E tanto a Flamengo quanto a River Plate, faltaram argumentos.
Com a bola, o rubro-negro reforçou algumas preocupações levantadas no início de temporada. Com laterais contidos, talvez em função de o time atuar com um meio-campo leve e uma defesa não tão veloz, há poucas jogadas de profundidade, de infiltração. Tem opções de passe pelo centro do campo, com Diego e Éverton Ribeiro, além de Paquetá, buscando a zona de armação. Mas raramente conseguia ganhar as costas da linha defensiva rival. Talvez pela falta de homens de velocidade, talvez pela ausência do homem que enfrente a marcação e busque o drible.
Acuado no fim
Sem a bola, continha bem o adversário. Só oferecia espaços pelo lado direito, onde Diego e Éverton Ribeiro tendem a buscar o meio para armar e recompõem sem tanta agilidade. O River Plate também era um vazio de ideias, uma decepção diante de um investimento razoável.
Lances um tanto fora do roteiro mexeram o placar no segundo tempo: o tolo pênalti em Diego, convertido por Dourado, e a cabeçada de Mora, impedido, após cobrança de falta na área.
Veio o melhor momento do jogo. A parceria Paquetá-Éverton é a que mais tem conseguido romper defesas. Assim veio o 2 a 1, em belo passe do jovem. Mas o Flamengo abriu mão de sua ideia, algo fatal em futebol. Perdeu retenção da bola, e as mudanças de Carpegiani não ajudaram. O jogo pedia uma mistura de troca de passes, defender-se com a bola, e uma alternativa de velocidade que poderia ser Vinícius Junior. Mas entrou Arão, que não jogara ainda em 2018 e teve 10 minutos terríveis. A saída de Éverton tirou o escape de velocidade, ainda que ele já estivesse cansado. A bola passou a rondar a área rubro-negra até Mayada chutar de longe e vencer Diego Alves.
Reprodução: Carlos Eduardo Mansur
Não consegue se classificar nem quando ganha todas em casa imagina agora.
Acho muito difícil segurar o Paquetá, Se eu fosse um presidente de clube europeu. Compraria ele hoje!
Verdade, ele está jogando muito!
Começou o sofrimento.
O Fla não aprende a contratar e consequentemente não aprende a jogar libertadores. No máximo temos um batedor de penalte.
Tirando a arbitragem que foi uma lástima, Diego Alves, arao, Rômulo e ribeiro foram tristes.
amigos nunca vi time preguiçoso ganhar libertadores, e olha que vejo libertadores ha 38 anos.
Mas a pior constatação vem quando a gente vê que o problema do Guerrero não era simplesmente sua má pontaria e sim que o resto do time não ajuda. Ceifador ontem só trombou, foi uma versão piorada do Guerrero em campo, mas ele não tem culpa, ter laterais e meias que não sabem chegar na linha de fundo e cruzar uma bola, que não conseguem fazer uma infiltração decente, nem com o Romário em campo sairia alguma coisa.
Não é terra arrasada mais vai ter que buscar uma vitória fora.
Mais oq não dá pra entender oq Rômulo e Arão estavam fazendo no banco de reserva?
Se o time já vem jogando numa sonolência só , imaginem quando jogar na altitude.
Carpegiani mexeu mal , não digo nem pelo Rômulo , e sim pelo Arão que estava completamente sem ritmo de jogo e colocar num jogo importante desse é brincadeira né?!
Independente do jogo de ontem, o Flamengo vai ter que pontuar fora de qualquer jeito. Isso é fato.
No ano passado o San Lorenzo nos 3 primeiros jogos fez 1 ponto, e no final ainda passou em 1º do grupo.
melhor que sofra no começo pra dar tempo de abrir os olhos, ano passado o time fez um partidaço no primeiro jogo, deslumbrou a todos e depois passou vergonha, esse ano ainda dá tempo de fazer alguma coisa.
Arão e Romulo entraram mal, mas Arão foi pior entre os dois. No segundo gol, o jogador que chegou livre de marcação era dele. Sem contar que faltou ritmo de jogo. Porém, como disseram abaixo, não é terra arrasada ainda. Como está no início, dá uma dimensão da dificuldade que será o grupo e consequentemente tempo de reação. Considerando que houveram três falhas cruciais da arbitragem, a vitória seria nossa. (Sim, digo 3 porque teve o impedimento, o penalti não marcado e o jogador deles que deveria ser expulso. O mesmo que tomou cartão amarelo pela falta no Ribeiro, foi que arrumou confusão no penalti, mas no penalti quem tomou cartão foi outro)
De qualquer forma, a vitória que deveria vir em casa (porque o ideal são 3 em casa), terá que ser fora. Se conseguir superar a altitude contra Emelec e arrancar uma vitória lá, já compensa a falta de vitoria nessa partida.
Mudando de assunto, como a torcida faz falta né? Não digo pelo time jogar bem ou mal, mas pelo clima gostoso para quem assisti de casa.
Diego alves is the new muralha.
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
Carpegiani técnico medíocre, igual o Zé Ruela!
doente
San Lourenzo 2×1 Flamengo: 0x1 Zé Ricardo vai lá tira dois atacantes e coloca um volante e um zagueiro.
Flamengo 2×2 River Plate: 2×1 Carpegiani vai lá e substitui um atacante por um volante.
Já foi comentado isso ai embaixo, ainda da tempo de arrumar. Mas o Carpegiani tem q se ajudar ,senão vai morrer na praia com suas invenções, Rômulo e Arão não eram as únicas peças que ele tinha.
Recuar e partir pro bumba meu boi com 20 do segundo tempo? Será q não aprenderam nada do jogo contra o San Lorenzo ano passado?
O Problema é que o nosso técnico é do mesmo nível do Zé Ricardo!
Vai ser difícil ser campeão quando se tem Rômulo e wilian Arão como solução para segurar jogo. Não sei porque a necessidade de segurar jogo quando se está ganhando sem grandes pressões ate aquele momento.
Fazendo uma ressalva ao diego Alves, parece que ele espera ter certeza que nao haveria desvio do último jogador do River para pular. Não vi falha.
Juan não esteve bem na partida, acho que ele vai melhorar com o decorrer da temporada.
Apesar de tudo isso da para ganhar do Emelec e do Santa fé fora de casa com tranquilidade.