GE: “Monumental mantém raízes e recebe o Flamengo na véspera de seus 80 anos”

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Os setores mais populares sequer têm assentos. Barras de ferro fazem a proteção com auxílio de alambrados. Onde se tem cadeiras, são aquelas de ferro, antigas, corroídas pelo tempo. Se chover, não há proteção nas arquibancadas de cima e, nas noites mais frias, o vento é cortante. Principal palco do futebol argentino, o Monumental de Nuñez completa 80 anos de sua inauguração no próxima sexta e segue sendo um estádio ”raiz”.

Principal estádio também da seleção argentina, o local receberá o Flamengo nesta quarta-feira. O Rubro-Negro não joga ali há quase 18 anos, quando perdeu por 4 a 3 para o River, pela Copa Mercosul de 2000. E não encontrará nada muito diferente de quase duas décadas atrás. Há inúmeros projetos internos para reformulação, além de cobrança por mudanças, mas nada ainda saiu do papel.

Com torcedores ”em pé”, capacidade aumenta significativamente

Monumental de Núñez 6 (Foto: Amanda Kestelman/GloboEsporte.com)

Em um jogo de Libertadores como o de quarta-feira, a capacidade do Monumental pode ser para quase 80 mil torcedores. Com pessoas sentadas nos padrões da Fifa, cabem 60 mil espectadores. Mas nos padrões mais comuns de jogos, onde muitos setores não utilizam cadeiras, entram cerca de 15 mil pessoas a mais.

River quer modernizar, sem perder espaço

Projeto de reforma do Monumental de Núñez divulgado há dois anos: ainda não saiu do papel (Foto: Divulgação/River Plate)

No Brasil, palcos como Maracanã ganharam reformulações para atender o padrão exigido pela Fifa na Copa do Mundo. Ganhou-se em conforto e em visão do campo. Por outro lado, perdeu-se espaço. Há quem diga também que não se tem a mesma mística. E, por ora, isso é algo que o River não está disposto a negociar. Por isso, o projeto de modernização já divulgado prevê melhorias, mas trabalhando para não diminuir sua capacidade.

O estádio passou por apenas uma grande reforma, em 1978, antes da Copa do Mundo da Argentina. Depois disso, foram obras pontuais, sem mudanças estruturais. Com as finanças arrumadas no cenário do país e com principal faturamento local, o River já trabalha com atenções voltadas para seu palco.

Assentos do Monumental de Núñez (Foto: Amanda Kestelman/GloboEsporte.com)

No ano passado, o presidente do River, Rodolfo D’Onofrio, viajou até a Europa, onde visitou alguns dos principais estádios para servir de inspiração no projeto, que ainda está apenas no papel. Ainda tratada com cautela e em segredo, a ideia do clube é deixar o estádio totalmente fechado, com cadeiras mais próximas ao gramado e com capacidade ampliada para 85 mil pessoas.

As tribunas estão longe do campo, tem que aproximar. Também aumentar a capacidade, melhorar as instalações internas. Acreditamos que podemos fazer algo mais moderno. Temos um projeto, um plano financeiro e vamos discutir – disse o presidente do clube, em entrevista recente à imprensa local.

River e Flamengo se enfrentam nesta quarta-feira em busca da liderança do Grupo 4. As duas equipes estão classificadas para as oitavas de final. Um empate mantém os argentinos na ponta da chave.

(Foto: Amanda Kestelman/GloboEsporte.com)

Reprodução: Globoesporte.com

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