Maracanã, pipoca e água fresca

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O mundo muda o tempo todo. A vida é uma grande roda gigante, tem hora que você está por cima… No jargão futebolístico, podemos dizer que a vida, assim como o futebol, é uma caixinha de surpresas.

Pense que este reles colunista há duas semanas compartilhava com vocês a frustração de assistir ao pior Flamengo de todos os tempos. Sim, esse foi o título da minha coluna após o lamentável e amargo empate contra o Santa Fe aqui no Maracanã (clique aqui para ler).

Expus aqui toda a minha indignação contra um time que parecia fadado ao fracasso, sem vontade, sem identificação e principalmente sem honrar as tradições de um clube que sempre buscou a vitória independente de qualquer circunstância.

A torcida, assim como eu, não suportou esse descompromisso, e se manifestou. Não vou citar e dar ênfase àquilo que não condiz com o papel do torcedor, vou focar no que está dentro do nosso direito: cobrar que respeitem o nosso manto.

E a torcida assim o fez, representada pelo banho de pipoca jogado naquele aeroporto, que em algumas religiões significa algo como um descarrego, se manifestou mexendo com os brios de um time que até aquele momento parecia não ter se encontrado.

E não é que de lá para cá as coisas mudaram? Claro que não está tudo na conta do tal banho de pipoca, passa pela recolocação de Paquetá em sua posição de origem, da efetivação de Vinicius Jr. na ponta esquerda, da liberação de Everton Ribeiro para flutuar pelo campo, mas principalmente da atitude tomada após aquele episódio.

Podemos dizer que o banho de pipoca transformou esse Flamengo. O que temos visto desde então é um time aguerrido, intenso, focado. Aquela vontade que tanto cobrávamos, voltou! E o resultado veio junto.

Hoje mais uma vez acordamos líderes. Ainda é cedo, mas em um campeonato onde a primeira rodada vale tanto quanto a última, liderar é sempre importante.

Vimos uma festa como há muito não víamos, um Maracanã lotado, uma sinergia incrível, uma simbiose entre a magnética e o maior do mundo.

O orgulho voltou. O povo voltou. Até o Guerrero voltou! Rsrs

O Flamengo volta a ser protagonista. Volta a ser do povo, e esse povo volta a ser um mais um em campo. Vai ser difícil de nos segurar se essa sinergia continuar.

Sem oba-oba. Sem salto alto. Esse time ainda nos deve grandes conquistas. Mas parece que finalmente o trem entrou nos trilhos.

E com pipoca ou sem pipoca, o que essa nação mais precisa é de motivos para sorrir. Continuem nos dando esses motivos. A Roda gigante girou. É hora de marcar posição na parte de cima. É hora de voltar a ser o Flamengo, afinal, esse sim é o Flamengo que eu conheço, o Flamengo que me fez tornar rubro-negro.

SRN!

Jerônimo Simeão Júnior

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  • Não quero parecer pessimista ou contra o meu querido Mengão, mas vamos analisar com calma e sermos realistas. Concordo PLENAMENTE que o futebol apresentado ultimamente foi BEM melhor do que o vimos na duas partidas contra o Santa Fé. APESAR DISSO, nota-se que ainda temos MUITAS carências, principalmente nas laterais, na zaga e no banco, ontem e quarta por pouco não sofremos um empate, graças a sorte, incompetência do adversário e ao Diego Alves. Indiscutivelmente nossos últimos adversários eram MUITO FRACOS, todos nível série B (Ponte, Inter, Ceará, América-MG, Santa Fé e Vitória). O Palmeiras está sobrando em campo e no BANCO, atropelou o Boca na Bombonera, o Atl-PR em casa. O Grêmio nem se fala, goleou na Liberta, ontem deu um show no Santos. O Cruzeiro tá voltando a apresentar um bom futebol, com um ataque forte. Na minha opinião, sensata e sem paixão, ainda estamos um pouco abaixo desses três em termos de desempenho e elenco.

    • O calendário nos ajudará, pois não tenho dúvidas nos classificaremos para as próximas fases da Copa do Brasil e Libertadores, e enfrentaremos apenas a Chape, Vasco, Atl-MG e Bahia antes da Copa, dá pra ganhar 3 e empatar 1 (10 ptos), temos chances de permanecer em 1o durante a parada da Copa. Vamos torcer para que na janela consigamos trazer reforços para melhorar o elenco. Torço pela venda do Trauco no pós Copa, eu se fosse dirigente proporia uma troca de ER mais uns caraminguás pelo Scarpa, ele se encaixaria como uma luva nesse time, o Palmeiras está enrolado financeiramente com seu patrocinador, o Flu está fludido, esta é a hora de agirmos, não podemos perder essa oportunidade, ele só tem 23 anos, foi o 1o em assistências no ano passado. Será um bom negócio para ambos. Provavelmente VJ vai embora e temos o risco da perda de Paquetá, eventuais problemas que correremos no pós Copa. Em ambas as hipóteses receberemos uma boa grana nessas transações (1/3 de VJ e 140 MM (?) por PQ), completaremos as deficiências que temos nos demais setores e banco. De uma coisa eu tenho certeza, Geovânio não dá nem pro banco, o cara errou todas ontem e nos jogos que entrou, não entendo essa insistência nele.

      • Serão 12 rodadas até a copa. Além dos adversários que você citou, teremos:
        3/jun – Corinthians em casa;
        7/jun – Fluminense fora;
        10/jun – Paraná em casa;
        13/jun – Palmeiras fora.
        Ou seja, até 13/jun tem jogo todo fim de semana e todo meio de semana… vamos precisar de ELENCO. Certamente teremos que usar mais do que 11 jogadores nesse período.

        • Para mim interrompia em maio. Você tem razão, vai ser difícil segurar a liderança até lá com este elenco cheio de deficiências.

  • Não há explicações plausíveis, o mundo dá voltas, o vento às vezes sopra para um outro lado, no momento as coisas estão acontecendo à nosso favor, que permaneça assim por um bom tempo….

  • A troca do Correria pelo Vinícius.
    A nova função do Paquetá sendo o que o Paulinho foi no Corinthians/é na seleção.
    Ribeiro voltando pra sua posição de origem/Sendo afastado do Diego pra não baterem mais cabeça.
    Foram as mudanças fundamentais na sequencia de três vitórias, com a volta do Guerrero abrindo ainda mais espaço para o Ribeiro/Paquetá/Vinícius o ataque vai crescer ainda mais de produção (A Dobradinha com o Vinícius ontem deu uma amostra do que está por vir.)

    Mas a mudança de postura alinhada a esses consertos táticos foi fundamental, o time agora vibra e vai pra briga tbm, sempre corre atrás do gol só parando quando consegue.O time que empatou os 2 jogos contra o Santa fé teria só uns 5/6 pontos a essa altura ou menos.

  • Já se atentaram ao fato que o Flamengo melhorou com as saidas de Everton e Diego? Não por questões táticas ou técnicas, mas principalmente pela influência das lideranças e mudança de atitude. Funcionário que não está feliz, que não tem um desafio, não rende bem.

    • Acho que o Diego tem lugar nesse time. Desloca o ER para no lugar do Geuvânio, e o Diego joga por dentro. Se o Diego não tiver a obrigação de vir buscar a bola dos zagueiros (Cuellar e Paquetá fazem isso), o futebol dele rende. Jogamos assim contra o Ceará, e funcionou bem.
      Em relação ao Everton / VJ, não há dúvida que ganhamos MUITO com a utilização do VJ.

      • Também acho que tecnicamente Diego sempre tem espaço no time. Minha preocupação é com a questão física e principalmente com o emocional. Diego é um atleta já consagrado, não sei se ele ainda tem tanta fome de glórias. Ele parece muito acomodado nas derrotas. Precisamos do Diego a ponto de bala e com a faca nos dentes. Se ele não consegue mais, está na hora de tomar banco para quem ainda tem essa gana. Abs

  • Como a água se transforma em vinho de uma hora para outra…O comentário que acabei de ler demonstra isso. Porque na hora amarga não souberam colocar uma pitadinha de açúcar para adoça-la? É bom vencer, é bom ser o primeiro. Mas… e se perder uma ou duas (não somos invencíveis); nenhum time desse brasileirão vai conseguir ficar sem perder. É nessa hora que gostaria de ler um comentário, sem ironia, sem palavras saídas de um lamento indescritível (de ironia). Vamos aguardar…!

  • O posicionamento da equipe mudou bastante. Quando Guerrero e Diego voltarem, nas vagas de Geuvanio e Dourado, a troca de passes aumentará mais, confundindo assim os adversários.
    A saída do Éverton sequer foi notada.

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