Claro e objetivo: o Flamengo tem a obrigação de vencer o Sport, neste domingo, no Maracanã. Caso isso não aconteça, corre o risco de ver a liderança escapar pelos dedos, mas muito pior, perder o crédito da torcida, o que provocará um círculo vicioso – desânimo da galera, time desmotivado, estádios vazios, queda na tabela, e por aí vai. Não dá para ficar entre o astronauta e o príncipe. O negócio é descartar a realeza e abraçar imediatamente o homem do espaço, porque este, afinal de contas, tem a prerrogativa de voar. Pode ir à lua, com ou sem eclipse, que é, enfim, aonde o Rubro-Negro carioca quer chegar após as 38 rodadas.
A equipe pernambucana apresenta campanha absolutamente irregular, com cinco vitórias e seis derrotas em 15 jogos. O caminho até aqui foi tortuoso: ganha, empata e perde, perde, empata e ganha, em casa e fora, não importa o lugar. A desigualdade passou a ficar mais acentuada nas últimas cinco partidas: apanhou quatro vezes e ficou no 0 a 0 com o Grêmio, na Ilha do Retiro. Após vencer o Palmeiras e o Atlético Mineiro, em sequência, na sétima e oitava rodadas, marcou apenas quatro vezes nos sete compromissos seguintes. Claro e objetivo: pelo que fez, até aqui, o Sport briga contra o rebaixamento: conta apenas três pontos de vantagem sobre o Z-4, saldo de gols negativo, 16 a 19, e mesmo em Recife tem dificuldade para ganhar.
Alguém dirá que o time que tem campanha irregular é assustador, pois é sempre surpreendente, nunca se sabe exatamente como vai se apresentar. E que no futebol tudo pode acontecer, notadamente na Série A do Brasileiro, onde o equilíbrio entre as equipes é fato. Mas jogando no Maracanã, diante de sua torcida, como líder do campeonato, e com o discurso de brigar pelo título, não há outro resultado para o Flamengo além da vitória. O time tem que jogar com a velocidade e a precisão de um foguete. Claro e objetivo. Não há tempo a perder com príncipes.
Reprodução: Roberto Assaf | Rua Paysandu
Que pessimismo
Tem que ganhar.