Fabiana de Oliveira, ou apenas Fabi, nunca escondeu o seu amor ao Flamengo. É normal ver a ex-jogadora de vôlei vestindo o Manto Sagrado e apoiando o clube no Estádio Jornalista Mário Filho, o Maracanã. Porém, esse rubro-negrismo incondicional vem de berço e, ao tornar-se atleta profissional, encontrou dificuldade quando defendeu o Vasco da Gama.
A ex-líbero participou do programa Zona Mista, do SporTv, e, após declarar-se ao seu clube de coração, disse que o Cruzmaltino foi importante para a sua carreira. No entanto, Fabi revelou as dificuldades em encontrou, pois os seus pais são tão flamenguistas quanto ela. A ex-atleta não podia lavar as roupas de treino do Vasco ou se lavasse, não podia estender, tendo em vista que os pais impuseram essa regra.
— Sou flamenguista. Sou rubro-negra doente, fanática mesmo, daquela que acompanha e vai ao estádio, mas eu preciso admitir que, como uma rubro-negra doente, o Vasco foi importante, teve uma importância na minha vida, mas era difícil. Por exemplo: lavar roupa do treino em casa era impossível, meus pais não deixavam. Poderia até lavar, mas não podia estender, essa era regra —, disse a ex-líbero.
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Flamenguista fanática, Fabi revela que foi importante jogar no Vasco, mas tinha um problemão: seus pais não a deixavam estender o uniforme em casa. #ZonaMista
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— ge (@geglobo) July 6, 2018
Fabiana foi formada na categoria de base do Flamengo e rodou por Macaé e Vasco, até chegar no Rexona-Ades, time em que ela conquistou quatro vezes a Superliga nacional, a Copa do Brasil de vôlei e o Campeonato Carioca. A Fabizinha — como é conhecida pelas ex-companheiras de seleção — foi considerada, por muitos críticos do voleibol, como a melhor líbero do mundo.
Multicampeã, Fabi passou a defender a seleção brasileira em 2001 e passou por várias etapas com a amarelinha. Desde o insucesso do Brasil no Mundial de 2002 — quando a equipe terminou em sétimo lugar, apesar dela ter sido eleita a segunda melhor defensora do torneio —, ao pentacampeonato do Grand Prix (2005, 2006, 2008, 2009 e 2013), sem mencionar as medalhas de ouro nos jogos olímpicos de Pequim, em 2008, e nos jogos olímpicos de Londres, em 2012.
O Flamengo não tem um time profissional de vôlei desde 2014, quando participou do Campeonato Carioca. Pela Superliga — maior competição nacional do esporte —, o Fla não entra em quadra desde a temporada 2005/2006. Contudo, o clube deve anunciar, após a Copa do Mundo da Rússia, que vai participar do Carioca deste ano e da próxima Superliga B — espécie de segunda divisão.
Alexandre Dantas, que já trabalhava no Mais Querido, será o técnico do novo sexteto. Ele foi treinador de diversas equipes da base da Gávea e, em 2017, gerenciou o departamento de voleibol. O novo comandante também assumiu a supervisão das seleções de base masculinas da Confederação Brasileira de Voleibol.
Segundo o site especializado “Melhor do Vôlei”, o Fla fechou com oito atletas: a levantadora Rafaela Lima e a líbero Fernanda Oliveira, ambas estavam no Fluminense, as ponteiras Natasha Valente e Nayara Félix, que estavam no Country Club de Valinhos, as opostos Angélica, que estava no Hapoel Kfar Saba, de Israel, e Fran Lemos, do Orpo, da Finlândia. Já as duas centrais são Ju Mello, ex-Osasco, e Luiza Scher, ex-Botafogo.
Para completar o time, o Rubro-Negro deve apostar em algumas revelações da categoria juvenil da categoria base do Mengão. A oposta Allana Capella, da seleção brasileira da categoria, é uma delas. Ainda segundo o “Melhor do Vôlei”, há conversas em andamento com outras atletas e é possível que o time ainda seja reforçado.
Inclusive, um dos nomes mais comentados nos bastidores da Gávea é o de Fabi. A jogadora se aposentou neste ano e fizera seu último jogo no dia 22 de Abril. No entanto, os dirigentes tentam convencer a ex-campeã olímpica a retornar às quadras. Como a ex-líbero é flamenguista doente, a comissão de voleibol do Flamengo crê que ela poderia ser a líder do time que visa recolocar a equipe na elite do esporte.