Eu gostaria muito de dizer que acho legal um jogador caro e que ainda não rendeu o esperado em campo, partir para um jogo decisivo e chegar na casa do adversário fazendo reverências respeitosas. Mas eu não acho.
Não gostei mesmo da declaração do Vitinho. Queria babar ovo? Ficasse quieto, marcasse o tal gol, que aliás ele ainda não marcou em time nenhum e não comemorasse. Eu continuaria não gostando, mas estaria feliz com o gol e a parada babaca passaria batida.
Mas não, Vitinho falou antes. Ele literalmente chutou uma colmeia e pode se arrepender amargamente por isso. O clube paga seu salário, te dá toda estrutura, te repatriou e tu mete essa pequeno Vitor? Sugiro rever seus conceitos.
Pra quem é “rubro-negro desde criancinha”, sinto gosto de vacilo no ar. Mas, já que nosso maior reforço decidiu homenagear o antigo empregador, que não o faça em dois, três gols marcados e com um dedo deprimente apontado pro céu.
Queria eu ter essa frieza no sangue, o meu sim, bem vermelho e preto, de marcar o meu primeiro gol, num momento importantíssimo e conseguir ser respeitoso com o ex-chefe. Mas eu não sou. Marcaria, chutaria a bola já dentro da rede, correria pra Nação, dançaria, gritaria meia dúzia de palavrões que a tv rebolaria pra não mostrar e explodiria de felicidade. Mas isso sou eu…
Que venham os gols. Comemorados ou não, eu quero todos!
ISSO AQUI É FLAMENGO!!!
Em tempo: Dourado teve uma puta passagem no Fluminense e até ceifou. Diego era um dos maiores craques, menino da Vila e comemorou contra o Santos. Enfim… #prioridades
Saudações Rubro-Negras!!!
Renata Rosa Graciano
Twitter: @regraciano
Reprodução: Futebolzinho
Vitinho é um jovem de 24 anos, aparentemente oriundo de família bem humilde, o que pode ter limitado um pouco a capacidade de ponderação.
Vitinho estava na Rússia e não deveria estar tão confortável, longe de seu país. O Inter foi lá e trouxe o jogador, que ficou nas terras gaúchas por 2 temporadas. Em 98 jogos, marcou 29 gols. A média de gols não chegou a ser empolgante, mas a qualidade do futebol apresentado, principalmente no primeiro ano de Inter, bem como a plasticidade de alguns gols (fez um, contra o Mengão, batendo num lindo voleio), empolgou sim, a apaixonada torcida colorada. Foi aplaudido e querido e, é plenamente normal que guarde carinho e respeito pela torcida do sul.
Se não vibrar em gol contra o Inter, não partirá nenhum coração rubro negro e nem manchará a sua história no CRF.
Tomara que a “lei do ex” se faça presente em Porto Alegre e que Vitinho apenas não queira vibrar (e que isto ocorra várias vezes, nesse jogo). Deixe que a Nação vibre por ele!