FOTO: GAZETA PRESS
Não é impossível que o Flamengo vença o campeonato brasileiro desse ano. Estamos na 5ª colocação com 4 pontos atrás do líder num torneio de pontos corridos onde ainda faltam 11 rodadas para o fim, então o cenário, ao menos do ponto de vista matemático, ainda soa viável. Uma vitória fora de casa aqui, um empate do líder ali, ainda temos confrontos diretos contra 3 dos times que estão na nossa frente, então mesmo se ele estivesse usando uma camisa do Vasco por baixo do terno, o matemático Tristão Garcia precisaria admitir que cientificamente ainda é possível que o time da Gávea conquiste seu 7º título da liga nacional em 2018.
Ainda assim, é complicado acreditar que isso realmente vá acontecer. Seja pela queda significativa do rendimento do time no pós-copa, seja pela baixa condição técnica de vários jogadores, seja pela decisão de trazer para motivar o time na reta final do Brasileirão um técnico que não é especialista em motivar atletas e muitos em vencer competições nacionais, o título que a matemática ainda pinta como possível soa bem mais distante diante de uma análise prática e simbólica da situação.
Por isso, ainda que caiba ao time a responsabilidade de seguir brigando pelas vitórias e ao torcedor o direito de seguir acreditando num final feliz para a temporada, não é cedo demais para avaliar que 2018 é mais um ano em que o Flamengo tende a deixar escapar o título menos por conta de campanhas brilhantes e irretocáveis de seus adversários e mais em virtude de seus próprios vacilos, erros e desatenção.
Afinal, não que Palmeiras, Internacional, São Paulo e Grêmio não sejam gigantes do futebol brasileiro, que montaram bons times e tem todos condições de levantar a taça e serem vistos como justos e merecedores campeões do Brasileirão, mas se, por exemplo, o Flamengo não tivesse sido derrotado pelo Ceará dentro de um Maracanã lotado, ele estaria empatado com o São Paulo no 3º lugar, a apenas um ponto dos líderes.
Mesmo São Paulo esse que, se não tivesse derrotado o Flamengo nesse mesmo Maracanã, hoje teria apenas 49 pontos, ficando na 5ª colocação, enquanto o Flamengo, se tivesse vencido também esse compromisso obrigatório em seus domínios, estaria atualmente com 55 pontos e lideraria o Brasileirão com 2 pontos de vantagem. E isso falando apenas em 2 jogos, dentro de casa, onde o Flamengo teve mais posse de bola e foi derrotado com um gol em vacilo da sua defesa, sem nem precisar entrar no mérito de partidas como o empate diante do América-MG ou a derrota para a Chapecoense, jogos onde a vitória parecia provável mas o Flamengo fez todo o possível para buscar o resultado adverso.
E ainda que esse tipo de “se” não faça diferença nenhuma no campo da realidade – como meu pai dizia, “se minha mãe tivesse duas rodas você era neto de uma bicicleta” – ele serve para lembrar que um campeonato de pontos corridos é vencido nos grandes duelos, claro, mas também é decidido nessas pequenas partidas, nos pontos que deixamos escapar diante de equipes na zona de rebaixamento, em má fase, nos empates que a equipe leva por recuar demais, nos gols perdidos em momentos críticos.
Como eu disse, o Flamengo ainda pode ganhar esse Campeonato Brasileiro? Pode, claro. Mas em uma noite como a dessa quarta-feira, em que não temos futebol para assistir porque o Flamengo conseguiu perder de 2×0 pra o Cruzeiro num Maracanã lotado, é impossível evitar a sensação de que, através de vacilos bobos, erros bizarros e decisões equivocadas o Flamengo jogou fora um ano que poderia ter sido de vitórias e alegrias e agora, no espaço onde poderiam estar troféus, fica guardado apenas o arrependimento e a sensação de frustração.
Reprodução: João Luis Jr. | Blog Isso Aqui é Flamengo
Texto perfeito. A mesmíssima coisa aconteceu em 2016, onde vacilos memoráveis impediram o Flamengo de ser campeão brasileiro naquele ano. O problema é ainda mais grave porque de lá pra cá se passaram quase dois anos, e não aprendemos nada.
A torcida tem que dar a resposta nos estádios e passar a não ir mais ver esses perebas jogar, pagar ingressos caros pra ver esses perebas e ainda sermos motivos de piadas nas arquibancadas .
Enquanto o Eduardo Banana de Melo mantiver os rodineis, revers, diego “pomba gira” e outros, será isso. Ficar no fedorzinho e aturando gozação da mulambada tordedora de times pequenos (parmêra, curíntia, vasko, florminense, grêmio, etc…) frequentadores assíduos da série 2.
Belo texto!!
Realmente mais eu falar que já sabia todos iram falar, agora tá fácil falar que já sabia, mais quando ví o futebolzinho que meu amor flamengo jogava, logo ví que seria um ano igual aos outros,com futebol de 2° divisão e jogadores caríssimos mais de futebol de 50 centavos,realmente eu não entendo esse departamento de intelijumento do flamengo só traz jogadores ruins e caros ou as vezes são bons mais quando vem pro flamengo ficam ruins ou então fazem que jogam a maioria desses que estão jogando não tão nem ai se o fla perde ou ganha no fim do mês seus altos salários estão lá e nas folgas ganhando ou perdendo vão pra baladas gastar o nosso dinheiro que ganhamos trabalhando duro e não fazendo que trabalha resumo da história a maioria são todos mercenários, esse centro de intelijumento só traz jogadores caros mais sem nem um comprometimento com a nação é revoltante
O QUE FALTOU AO FLAMENGO FOI UM TREINADOR E DIRIGENTES EM SUAS FUNÇÕES QUE COBRASSEM PROFISSIONALISMO, CARÁTER, VERGONHA NA CARA DOS JOGADORES, RAÇA E RESPEITO PELA TORCIDA.
A titulo da errado a verdade e assim poucas vezes em sua historia o Flamengo ficou 3 anos entre os 4 primeiros isso sim seria correto
Estamos a 4 pontos do Palmeiras. E vamos pegá-los em casa, entre os dois jogos contra o Boca que eles vão fazer, ou seja, contra o time B deles. O campeonato ainda está muito possível: precisamos vencer os próximos 4 jogos
– Corinthians (o mais difícil)
– Fluminense
– Paraná (obrigação)
– Palmeiras (provavelmente com o time totalmente reserva)
Empatar com Bahia foi o fim!